Eros Stackhouse:
— Você quer dizer aqui? — Jeremy falou hesitante. — Ir a pé?
Descemos do carro, meu irmão murmurando enquanto olhava para o portão dourado, parecendo perplexo. Tínhamos tentado avançar com o carro, mas parecia haver um encantamento nesse lugar que bloqueava sua passagem, forçando-nos a descer do veículo. Pela manhã, contei para onde estávamos indo, para a casa Compton, conforme planejado no convite de Robin. Rafael segurava Oscar em seus braços, seus olhos brilhando com curiosidade enquanto absorvia tudo ao seu redor.
Os portões majestosos se abriram e a figura de Luna apareceu, vestindo uma jaqueta jeans escura com um toque de brilho vinho. Ela se aproximou de nós, parando a alguns metros de distância.
— O que traz vocês aqui? — Ela perguntou, seu rosto exibindo um evidente traço de suspeita, como se estivesse insinuado em sua expressão.
— Olá, a sua mãe me mandou uma mensagem pedindo que viéssemos tomar um pouco de chá com ela. — Falei, fazendo um som de desaprovação com a língua.
Luna bufou, parecendo um tanto irritada.
— Ha, você não pode entrar com um carro Mundano. Se você quiser entrar neste lugar, alguém tem que desfazer a barreira mágica. Nesse caso, minha mãe pediu que usássemos o carro dela para chegar até nossa casa. Terei que ser sua motorista. — Ela disse, ainda exibindo alguma irritação em suas palavras.
Sua reação era intrigante. Luna permanecia imóvel, pernas cruzadas, olhando para mim com uma expressão indiferente, o que era bastante indelicado.
— É assim que a Robin trata seus convidados? Devo perguntar diretamente a ela. — Falei, meus olhos frios fixados nela. Seu comportamento desrespeitoso me atingiu e ela parecia querer me diminuir.
Luna, percebendo sua posição desfavorável, ficou envergonhada e rapidamente corrigiu sua postura. Era evidente que tinha algum temor em relação à mãe.
— Sinto muito... foi um mal-entendido. Não é isso... Estou acostumada a lidar apenas com meus irmãos, e você é tão parecido com eles que acabei sendo rude sem perceber. — Ela falou rapidamente, tentando se justificar.
— Apenas nos leve até o seu carro, a menos que queira abrir passagem para o nosso. — Falei calmamente, ignorando-a enquanto abraçava Rafael e o puxava para mais perto de mim, com Jeremy seguindo atrás de nós.
Ainda nem havíamos começado a nossa conversa ou a reunião para o chá, mas por algum motivo, já estava me sentindo cansado. Tinha a sensação de que o dia seria longo.
— Bem, Eros. — Luna falou, parecendo ansiosa e cautelosa, como se temesse a reação de sua mãe. — O carro...
— Você deveria ter se saído bem desde o início. Agora parece estar tentando ser mais agradável. — Disse com firmeza.
— Sim. — Ela respondeu com um tom de desespero e abriu a porta do carro para nós.
— Uau! — Rafael exclamou, olhando para tudo à sua frente após passarmos pelo portão. — É lindo!
O portão, que devia ter mais de 3 metros de altura, nos impressionou antes mesmo de chegarmos à mansão. Não importava se era ouro verdadeiro ou não, ele irradiava majestosidade sob o sol. Passamos por ele, e a porta do carro prateado, que estava impecável e brilhante, foi aberta por Luna sem o menor defeito. As impressões digitais seriam suficientes para marcar sua superfície tão limpa.
— Por favor, entrem. — Luna disse gentilmente, implicitamente pedindo desculpas em sua maneira de falar. No entanto, eu a ignorei.
O carro começou a se mover com facilidade enquanto estava estacionado. Senti um leve tremor, mas a sensação era de que ele permaneceria no lugar, tão suave era o movimento.
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Sangue Verdadeiro
FantasyEros Stackhous, perdeu os pais ainda jovem e vive resolvendo as confusões do irmão, Jeremy. Certo dia, depois de voltar do horário do almoço, encontrou um rapaz no restaurante, nesse dia conhece Braxton Compton, um homem mistérioso que irá mudar com...