Capítulo Trinta e Sete

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Eros Stackhouse:

Meu dia passou rápido, agora estou me olhando no espelho para ver minha roupa.

Braxton falou que o lugar onde vamos é uma festa semi-formal que significava um terno escuro. O único que ele tinha era um Sy Devore vintage preto que era um terno que meu pai usava. Usei só uma vez até o momento, que foi na minha formatura de faculdade. Era forrado de seda e da cor de carvão, e tinha botões de madrepérola no colete. Quando vesti, ficou perfeito e muito bom no meu corpo.

Ouvi algumas risadas e sabia que eram as do Tate e as de Rafael, ambos estavam na sala assistindo um programa de animação qualquer. Foi bom ver ele aqui depois do que contamos para ele e Tatiana, estava até que sendo os mesmos de sempre. Segundo Jeremy, Tatiana também vai vir com alguém para ajudar com algum trabalho em grupo da escola.

Olhei para o lado de fora e embora o ar ocasionalmente entrasse pelas janelas do meu quarto, o frescor do vento que batia em meu corpo era diferente.

— Você está muito bonito, Eros — Jeremy falou.

Me virei vendo meu irmão encostado no batente da porta, usando seus velhos jeans e uma camiseta rasgada.

— Oi, Jeremy — Falei sorrindo. — Nada de fazer besteira hoje, só faça seu trabalho e cuide do Rafael e não deixei ele mostrar os poderes dele para o outro convidado.

Jeremy acenou com a cabeça decididamente. Colocou a mão aberta no meu ombro.

— Não se preocupa com isso, já cuide diversas vezes para o Rafael não usar os poderes e fizemos o mesmo na escola dele. — Jeremy disse. — Só aproveita o seu encontro, hoje a noite é sua. — Diminuiu um pouco a voz. — Vai fazer sexo com o seu namorado.

Olhei para ele que riu, enquanto se virava com precisão e marchava para fora do quarto.

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Fui para o andar de baixo, no instante que bateram na porta abri e a imagem de Braxton vestindo um terno surgiu do meu ponto de vista.

O terno era preto, simples. As linhas elegantes da roupa pareciam subir, fazendo ele parecer mais alto, mais elegante. Pela primeira vez desde que o conheci, todos os pedaços do seu jeito vampiro e desleixado pareciam ter desaparecido por completo. Ele parecia humano. Alguém que sempre foi humano.

Nossos olhos se encontraram, fazendo com que meu coração acelerasse por amor aquele homem.

— Braxton. Você está lindo. — Falei e ele me analisou em silêncio.

— Você está mais lindo ainda — Braxton respondeu estendendo a mão em uma reverência enquanto pegava minha palma e a beijando. — Melhor irmos para o lugar, soube que na cidade vizinha, temos que ir.

Me despedi do pessoal e fomos para o carro, com ele dirigindo atentamente na estrada mais aproveitando quando dava para entrelaçar nossas mãos.

Depois de chegarmos na cidade vizinha e ainda levar trinta minutos depois, viu luzes, néon quente e eletricidade, à frente, a forma de seta de uma placa: clube dos deuses. Entramos numa rua cujo as laterais da rua estavam mais cheias de carros estacionados. Modelos caros — BMWs, Porsches, carros esportivos italianos cujos nomes não vinham à mente. Braxton parou em uma vaga em frente ao prédio e desligou o motor.

Braxton saltou para o lado de fora e estava abrindo a porta para mim, estendeu a mão e me ajudou a descer. As portas do prédio estavam abertas. Luz transbordava pelo chão escuro. Ouvia risos e música, sentiu o cheiro de uma mistura de perfume, bebida e fumaça.

Entramos dentro no meio da confusão, Assim que atravessaram a entrada, a música se elevou a um grau ensurdecedor, música eletreto e pop. O salão era elegante, com teto decorado, janelas arqueadas e portas fechadas, indicando espaço para titãs ou alguma espécie sobrenatural qualquer. Um tapete havia sido retirado para a dança, e casais giravam ao som da música.

Sangue VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora