Capítulo Vinte e Dois

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Eros Stackhouse:

Olhei para o quarto que um dos empregados dessa casa nos trouxe, era um quarto com uma cama bem grande e uma janela na direção da entrada da frente.

Braxton estava deitado no meio da cama, eu já estava ficando com sono me deitei ao lado dele. Já sabia que não existia uma  diferença do dia para a noite nesse lugar. A luz brilhava calmamente quando o sol chegou perto do horizonte. Eu me perguntei se teria dificuldade para dormir se não houvesse noite ou a luz da lua. Mas não precisava ter me preocupado: Coloquei a cabeça no travesseiro e adormeci imediatamente.

Senti quando Braxton me puxou para mais perto dele, colando meu corpo contra o seu.

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Na manhã seguinte, Braxton me acordou delicadamente.

— Eros — ele disse me chamando, e me virei para sua direção. Ele estava olhando para mim intensamente, pelo menos, seus olhos prolongando-se nos meus lábios, em meu cabelo. Então ele balançou sua cabeça como se para dizer que esse não era o momento. — Quer conversar sobre o que aconteceu na floresta ou quer saber sobre o que senti Naquela situação?

Ele exigiu finalmente.

— Não, quero fazer isso se for contra a sua vontade. — Falei imediatamente e sem hesitação. — Eu já disse que não quero forçar nada para cima de você. — acrescentei simplesmente. — Eu não quero falar Sobre isso, Logan é um tabu para você e se como deve ter ficado ao rever aquele cara novamente, mais é doloroso ver a pessoa que eu amo…… — parei abruptamente.

— Você me ama. Eu te entendo. — Braxton concordou, parecendo tanto compreensível quanto de algum jeito mais fofo do que alguém que ouviu o que sempre quis ouvir.  — Olha, Eros, não vou mentir dizendo que ainda sinto algo em relação ao Logan. Mas eu não o amo a muito tempo, ele destruiu a minha vida e do meu irmão. O único sentimento que tenho aqui sobre ele é o ódio e a raiva por ter entregado meu coração para aquele demônio. Foi doloroso ver que foi eu que deixo que ele fizesse isso, mas agora não desejo deixar que ele dite a minha vida ou pensamentos. Quando olho dentro dos seus olhos, sento como se estivesse em paz finalmente, numa ligar calmo e que me deixa feliz por estar ali, Você é o brilho da vida para mim, e só agora compreendo como desejo tê-lo e o acolhe em meus braços. Unindo nossos corpos, mostrando que nossas almas e corações são um só. Com você não exista pesadelos do meu passado, medos não me dominam. Uma paz inexplicável surgi dentro de mim

Podia ver que realmente estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por esse homem perfeito, que me deixa cada segundo ainda mais encantado por ele.

Seus braços se apertaram ao meu redor convulsivamente. Então ele se afastou lentamente; podia sentir a distância entre a gente se tornando maior. Ela viu o olhar frio e correto se juntar em seus olhos. Puxei a boca dele para a minha.

Por um momento não houve resposta, e então ele estremeceu, e o beijo tornou-se abrasador. Seus dedos se embaraçaram em meus cabelos, fazendo meu coração acelerar. Nada mais existia exceto a gente, e a sensação de seus braços ao redor de mim, e o toque de seus lábios nos meus.

Eu sabia que em poucos  séculos mais tarde iríamos nos separaram, ambos temiam isso. Mas nossos olhares permaneceram conectados, e vi que os olhos dele estavam dilatados demais mesmo para a luz desse lugar; havia um pequeno brilho ao redor de suas pupilas escuras. Ele parecia estupefato, e sua boca estava inchada.

Me afastei pela falta do ar, com ele sorrindo como um bobo. Tentou recuperar a compostura.

— Eu acho — Ele falou, e podia ouvir tentando ao máximo controlar sua voz. — que é melhor tomarmos cuidado quando fizermos isso aqui, nessa casa.

Isso fez com que soltasse uma risada, mas também lembrando que não escovei os dentes.

Levantei em um pulo da cama, indo até a porta.

— Alguém pode trazer uma escova de dentes, por favor. — pedi e em segundos um empregado surgiu rapidamente e me entregou. — Obrigado.

Corri para o banheiro que tinha no quarto, ouvindo por fim a risada de Braxton atrás de mim.

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Depois de fazer minha higiene dental, resolvi saber um pouco sobre o que estava acontecendo com Maxuel. Rictiln me levou até a enfermaria, lá dentro estava Maeru olhando para os movimentos de Maxuel que pegava um pouco do sangue de uma bolsa.

Lauhar estava anotando algo e olhando para o Maxuel como se esperando que tivesse uma piora. Braxton acenou para meu tio, que sorriu limpando a boca com um pequena pedaço de pano.

— Como está se sentindo? — perguntei me aproximando da cama.

— Um pouco cansado, parece que voltei a ser mundano. — Maxuel disse forçando um sorriso. — Mas me conta como foi passar a noite nesse lugar? Muito iluminado.

Ele riu e tossiu um pouco, Maeru deu um passo a frente e Lauhar jogou o caderno para longe, literalmente se jogou no irmão.

— Lauhar, estou perfeitamente bem — Maxuel disse. — Não tem que ser uma irmã protetora.

— Uau. Você não deixa de ser teimoso, não é mesmo? Aquele veneno literalmente iria te matar de vez. — Lauhar falou pegando o caderno do chão foi sentar no seu lugar novamente. — Aprendi a não deixar nada passar, então vou ficar de olhou até que possa saber se está se curando corretamente.

Ambos então começaram uma batalha silenciosa, o clima tenso que ambos faziam poderia ser cortado com uma faca. Dei um passo para trás, nenhum dos dois iria ceder.

A porta abriu e Damaiel entrou no recinto brincando com uma pequena na faca entre os dedos, sorrindo todo orgulhoso. Na cintura pequenas facas ou qualquer tipo de arma para se usar em batalha. Maxuel e  Lauhar se viraram para sua direção, então Damaiel se encolheu com os olhares.

Peguei Braxton pela mão saindo da enfermaria.

— Já foi dito inúmeras vezes para não entrar aqui com suas armas. — os gritos ficando atrás da gente.

Congelei e me senti tonto põe alguns segundos, então andei  sem rumo. Quando reparei havia nós levado para o fundos da propriedade, onde o gramado bem-cuidado levava a uma estufa que brilhava. O sol estava alto no céu, a poucos metros estava Taeljama que conversava com um outro rapaz. Meu corpo se moveu e o rapaz apertou a mão no bolso da sua calça, algo estava querendo se libertar.

Os olhos do rapaz saíram da sua conversar e se virou para mim, via o desprezo e desgosto ao me ver. Eram iguais ao daquela noite. Imagens de fogo e Sangue, cheiro de fumaça, lataria de um carro inundaram minha mente, via figuras me circulando, embrulhando a mim e meu irmão que chorava.

Fenixs surgiu em minha mão, algo dentro de mim dizia para pegar o que aquele rapaz estava protegendo. Me forcei a voltar ao normal, Braxton estava ao meu lado completamente preocupado.

Fechei os olhos com força, lutando contra o desejo de sangue de mate aquele rapaz. Eu não sou assim, não quero lutar contra alguém até a morte.

Braxton me tirou daquele lugar, seus dedos firmes me trazendo de volta para a realidade.

— Me leve para longe daqui. — Falei baixinho o suficiente, que mal reconheci minha própria voz.

Braxton me pegou no colo, entrando para o lado de dentro, Fenixs voltou a sua forma de anel.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

Sangue VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora