Capítulo Vinte e Oito

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Eros Stackhouse:

Pela manhã, foi muito difícil querer lutar contra a preguiça, afinal parte de mim tinha certeza de que hoje deveria ser o dia de ficar o tempo todo na cama sem fazer nada.

A lógica não estava do meu lado, nem o bom-senso. Agarrei-me às partes que eu não podia deixar de fazer coisas de casa ou tirar um momento para relaxar. Tinha certeza de que nunca teria essa possibilidade para mim, até que Rafael e Jeremy não morassem mais nessa casa. Do lado de fora de minha janela, havia neblina e estava escuro, absolutamente dizendo que era o dia perfeito para ficar ali em silêncio e completamente aconchegado debaixo das cobertas. Senti um aperto na minha cintura, sabia que Braxton estava ali e me analisava.

— Quer que eu faça o café para o Rafael? — perguntou contra o meu ouvido.

Isso me despertou e olhei para sua direção, enquanto balançava a cabeça em completa negação.

— Não, vai ser necessário — falei levantando.

No início da manhã, sete anos de relógio biológico me forçaram a acordar do meu sono e da vontade da preguiça de me dominar, sentei em transe, esfregando os olhos e saindo da cama e enxaguando como de costume. Tomei um banhos e troquei de roupa. Quando abriu a porta, desci para a cozinha, vendo que meu estômago vazio começou a murmurar.

Fiz rapidamente a comida, Quando Braxton e Rafael entraram na sala de jantar,  encontraram o café da manhã padrão na mesa, panquecas e cereal, achocolatado e café para mim, e ovos mexidos fritos na hora.

Ouvir que Braxton iria fazer a comida me deixou tão chocado que tive que levantar as pressas que até fiz um monte de comida. Não consegui prender a respiração depois de sentir os olhares de Braxton em cima de mim. Ele Sentou-se à mesa ajudando Rafael a se sentar ao lado dele e servido um pouco da comida para o garoto.

Colocou o último prato que era de panqueca com gotas de chocolate em cima da mesa, os olhos de Rafael brilharam ao ver o conteúdo.

— Bom Dia, Rafael — Falei e murmurei um pedido de desculpas para Braxton que riu e mandou um beijo para minha direção.

— Bom Dia! — Rafael disse animado enquanto beijava sua testa. — Porque fez muitos pratos?

— Está bastante motivado — Falei e Braxton riu baixinho.

Me sentei começando a me servir muito perspicaz do jeito que Braxton achou o que fiz muito engraçado mais isso não me perturbou durante a refeição, mas ele se afastou da sala de jantar para começar a fazer alguma outra coisa.

O café da manhã estava tão variado e equilibrado que está apenas sete ou oito cheios depois de limpar tudo da mesa – provavelmente vamos ficar a manhã e o almoço completamente satisfeitos e lotados que nada vai caber em nossos estômagos.

Depois de comer e beber, limpei a cozinha enquanto Rafael ia satisfatoriamente para a sala assistir televisão com Braxton surgindo no batente da cozinha e bagunçando os cabelos do garoto que estava completamente alegre.

Enquanto limpava a cozinha, os olhos dele não saia de cima de mim. Quando comecei a lavar a louça, ele me abraçou por trás e deu um beijo na minha nuca.

— Não estou magoado com você, acha que sou tão emocionado por acharem a minha comida algo horrível. — Ele disse, devo admitir que o mesmo tem uma reputação proeminente e uma base estável, que é comparável a um cavaleiro de verdade. A diferença é apenas que tem uma aura de um santo, mas que escondeu muito bem o seu lado fofinho, delicado e o que faz com que qualquer um se apaixone. — Aquilo até que era esperado, assim que falei.

Desliguei a torneira e me virei para ele que sorriu amplamente.

— Braxton, você me manipulou — Falei e ele fez uma expressão de como tivesse sido pego no flagra.

— Rafael, ama a sua comida — Braxton disse se defendendo. — Ele merece comer isso todos os dias, veja como os olhos dele brilham quando faz algo que ele gosta.

Isso arrancou uma risada minha, vendo que Braxton finalmente se tornou um pai babão.

— Esse é um lado seu que nunca pensei em ver tão cedo — Falei e o mesmo me olhou confuso. — Seu jeito de cuidar do Rafael, como um pai cuida do filho.

— Na verdade sempre tive jeito com crianças, mas o Rafael é muito fofo como dizer não. — Braxton disse se defendendo novamente. — Serei um pai babão por completo para ele.

Dessa vez acabei rindo ainda mais alto, fui interrompido quando Oscar surgiu na cozinha olhando para nossa direção ceticamente.

— Acho que para limpar, deveria fazer isso sem que alguém esteja te agarrando por trás. — Oscar falou calmamente e sorriu para sua direção completamente envergonhado. — Junto desse rapaz, em cinco minutos ele poderá desonra a sua capacidade do que é certo e errado.

Lancei-lhe um olhar altivo e com Braxton querendo rir, tem sido assim nos últimos dias. Oscar agindo como o responsável pela nossa relação, sei que Maxuel pediu que fizesse isso quando alguma coisa ruim venha a acontecer entre nós.

Vários momentos de silêncio se passaram. Finalmente Oscar disse:

— Esses jovens que não consegui se segurar. — Ouvindo isso olhei para o gato e corei violentamente.

— Seu gato folgado. — Braxton disse e o jogou algo no Oscar que pulou para longe. — Esperar para ver, vou arrancar esses seus bigodes.

— Pode tentar, vampiro — Oscar disse desaparecendo do nosso ponto de vista.

— Ele está ficando muito engraçado — Falei rindo.

—  é a minha culpa do meu rosto perfeito para que ele tenha medo que possa te levar para o mal caminho — Braxton brincou, me arrancando um sorriso.

— É Mesmo, mas amo esse seu lado. — Falei. — Mais deve saber, que não sou tão frágil assim para deixar que o senhor me faça algum mal que não tenha troco.

— Não é? — ele me contradisse numa voz baixa. Minha espada surgiu e atravessou sua barriga, os olhos dele se arregalaram completamente surpresos por essa reação minha. Em segundos me afastei e o mesmo olhou para a camisa dele. — isso foi muito cruel, amava essa camisa.

— Perdeu porque duvidou do que sou capaz, então agora viu que posso te surpreender muito.  — Falei apontando para seu rosto, olhei para o rasgo que havia feito na camisa. — Até que sou muito bom com a espada.

Estralei a língua, passando por ele que ainda estava em completo choque pela minha reação.

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Mais tarde recebi a vista de Lauhar, ele se sentou a minha frente. Pedi a Braxton para levar Rafael para outro lugar.

Ela me entregou um envelope, preocupa e curioso abri. Li o conteúdo e congelei.

— Eros, ele quer fazer você um exemplo por não obedecer. —  Lauhar disse calmamente. — Se não comparecer nesse duelo com o idiota do Finley, vão declarar guerra contra nossa casa. Como também vão fazer com que Lever a criança mestiça de bruxa para o reino celestial para ficar com o pai verdadeiro para dar a educação correta.

Eu olhei por cima da carta, entendi que ela estava implorando para que aceitasse o duelo ou iriam destruir a casa Gilfina, como também levar Rafael a força para seu pai que iria disciplina-lo que no caso seria a morte.

— Eu aceito o duelo, mas se eu ganhar irá me dar o colar de jade. — Falei depois de segundos em silêncio. — Como quero que todos os presentes ficaram Longe de mim e da minha família para sempre.

Ela Assentiu e me entregou uma agulha, espetando meu dedo indicador e uma gota de sangue caiu em cima do papel que brilhou e se desfez.

— Agora, está tudo feito. — Ela disse e me olhou com pena. — Foi uma sabia decisão.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

Sangue VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora