Capítulo Dezesseis

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Eros Stackhouse:

Os olhos de Ramona estavam flamejando, e suas bochechas estavam enrubescidas à medida que ela se aproximava de mim, movendo-se com uma elegância que chamava a atenção de todos que estavam por perto.

— Ah, quando iria me contar que estava indo até a casa do Braxton? — Perguntou, fazendo com que eu sorrisse para ela, mantendo a polidez, mas relutante em dar uma resposta direta.

Ela abaixou a cabeça com graça, uma aura de intriga pairando ao seu redor.

— Quer dizer... Eu acabei de ouvir a coisa mais selvagem sobre o Braxton. — Ela disse, apontando na direção onde Jeremy estava com o seu grupinho, agora incluindo Luna e Tate, uma cena que eu jamais imaginei ver há muito tempo.

— Já até sei o que você ouviu — falei graciosamente, fazendo com que ela assentisse. — Mas, não estou querendo focar sobre esse assunto que para você é muito interessante."

Ela me encarou incrédula, os olhos expressando sua surpresa e incredulidade.

— Você só pode estar ficando louco? — ela disse, seu olhar parecendo questionar se eu estava realmente falando sério. — Você está brincando, certo?

— Nem um pouco. — Falei, mantendo meu olhar pensativo enquanto ponderava sobre como lidar com a situação. — Tenho outras coisas em mente hoje, como, por exemplo, o trabalho.

Judith, que tinha se mantido em silêncio até então, finalmente decidiu intervir.

— Exatamente, temos que trabalhar. — Ela disse, sua voz surgindo de repente. — A família Compton já é notícia velha, afinal. Vamos mudar de assunto.

Judith abaixou a cabeça e começou a massagear a mão dela, enquanto Ramona me olhava com um olhar suplicante.

— Mas me conta o que aconteceu, esqueceu que quero saber tudo sobre o seu encontro na casa dele. — Ramona disse. — Como eu, você tem curiosidade, afinal, ele é um visitante, e eu queria dar-lhe as boas-vindas à família do jeito certo. Mas é claro que só vou fazer isso se você quiser, afinal sou uma amiga leal.

— Que boa amiga você é. Mas deveria controlar o seu lado fofoqueiro. — Judith disse, levantando suas sobrancelhas e suspirando.

— Eu sou uma boa amiga, só desejo saber mais sobre esse assunto. — Ramona ecoou entusiasticamente. Delicadamente, com o polegar e o indicador, tirei meu celular do bolso, mostrando as fotos que tirei.

— Aqui está um pouco das fotos que consegui tirar... A casa é a antiga mansão que fica fora da cidade. Bem, tudo é completamente fantástico. — Sorri misteriosamente. — Eu não deveria falar mais do que isso, sei que em breve toda a cidade vai saber disso.

Ramona estava olhando as fotos, admirando um corredor lotado de quadros que pareciam incrivelmente caros, e depois a sala de jantar e a de estar.

— Eles são incrivelmente ricos, essa família tem realmente um bom gosto para tudo. — Ela disse com bastante respeito.

— Agora que acabamos com esse seu drama, podemos voltar ao trabalho. — Falei, estralando a língua enquanto minha amiga assentiu.

— Oh, sim. — Ramona falou afobadamente. — Eu não vou contar para ninguém sobre a quantidade de dinheiro da família do seu paquera. Dessa vez, mais do que na última vez, eu demorei para me contar. Ela própria sorriu conscientemente e acenou com a cabeça diversas vezes enquanto se dirigia a uma mesa.

Judith sorriu e voltou para o trabalho dela. Quando ela se afastou, alguém se sentou em frente ao balcão e começou a falar de forma animada.

— Isso irá me matar. Eros, eu vou morrer se não ouvir a fofoca de que meu sobrinho está namorando alguém que, pelo jeito do que ouvi da sua amiga, é incrivelmente bonito e com uma ótima situação familiar. — A figura disse, e eu a encarei. — Prazer, Maxuel, ou, no seu caso, seu tio.

Sangue VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora