Bônus Dois

152 89 0
                                    

Narrador:

Dentro de sua mente Maxuel, lutava contra a dor que o veneno do demônio modificado estava fazendo contra seu corpo. Se debatendo na cama em um delírio de febre e pesadelos, sabia que só sua meia-irmã conseguiria tirar o veneno do corpo e achar uma solução. Os lençóis da cama, retorcidos sobre seu corpo, estavam ensopados de suor, os cabelos grudados às têmporas.

Então seu corpo estremeceu novamente; alguma coisa fria passou por seu corpo, esfriando suas veias. Achou que pudesse estar caída no fundo da sua mente, onde dividiu em duas partes aquela que deseja guarda do mundo e de si-mesmo ou a parte que deixava os outros verem, sua mente se aprofundou ainda mais e então as memórias do seu passado surgiu com tudo.

Tudo era a memória dos seus últimos momentos como Maxuel Stackhouse, em segundos sua vida mudou, tudo havia começado como qualquer outro. Era uma tarde quente em agosto daquele ano, o clima tão opressivo que até mesmo as moscas pararam de fervilhar em volta do estábulo. Os filhos dos vizinhos, que normalmente brincavam de jogos violentos e gritavam enquanto corriam de um lado para o outro, estavam em silêncio. O ar estava parado, como se estivesse segurando uma tempestade muito esperada. Maxuel tinha planejado passar algumas horas montando a sua égua, Mezzanotte, na floresta gélida dos limites da terra da família.

Colocou em sua mochila um livro, e pretendia simplesmente fugir para relaxar. Ouviu uma risada atrás de si, virou para encontrar a madrasta olhando para ele divertida.

— Acho que Esqueceu um pouco de comida. — Ela disse jogando a fruta para Maxuel. — Seu pai, está muito ocupado mais não quer dizer que não sabe que vai a floresta todos os dias. Volte antes do anoitecer, pode ter Vinte e três anos mais ainda tem muitos perigos nesse mundo.

Maxuel sorriu e beijou a bochecha da madrasta. Ela era sua madrasta para os outros, mas para o rapaz era sua mãe humana.

Maxuel sabia sua origem e sempre soube como sua mãe que era uma anjo amava ele do fundo de seu coração e alma. Também entendia a madrasta, que sempre se preocupa com ele por ser alguém que pode se colocar em perigo quando alguém descobrir a Verdadeira natureza de Maxuel.

— Vou voltar um pouco antes — Maxuel falou calmamente.

― Vai ser espetacular! ― Robert, o irmão mais novo de Maxuel, gritou dos limites do estábulo, onde ele estava tentando falar algo sobre a comemoração da cidade será incrível. Logan estava olhando para o irmão adotivo como se fosse uma criança tola de querer se misturar com os outros como se não valesse a pena fazer isso.

Então, a porta do estábulo se abriu, e o patriarca da família entrou. Um homem alto, ele tinha tanta força e presença que facilmente, intimidava aqueles que cruzavam o seu caminho. Seu rosto estava marcado por rugas, o que só aumentava a sua autoridade, e ele usava um paletó formal, apesar do calor.

― Maxuel?  ― Seu pai chamou, olhando pelo estábulo. Saindo da cocheira de Mezzanotte, montado e com a madrasta ao lado sorriu para o pai. — Vai mesmo sair para cavalgar?

— Sim, eu vou e antes que se preocupe já cuidei das coisas dos deveres da família e o que deixou para o Robert e um pouco para o Logan. — Maxuel falou e o pai olhou para ele. — Também já bebi a vitamina para ficar um pouco mais ativo e alerta.

Seu pai olhou para ele preocupado, então o puxou beijando sua bochecha e depois a testa. Maxuel saiu, para fora do estábulo.

Galopando pelo bosque, chutando Mezzanotte para que saltasse troncos, disparasse por arbustos, fazia com que ele se sentisse livre de tudo.

Desde sempre estava sendo supervisionado pelo pai, pela madrasta até pela sua tia Ingrah quando vinha visitar. Todos tratando Maxuel como se fosse feito de vidro, uma vez perguntou porque faziam isso mais nunca recebeu uma palavra certeira.

Sangue VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora