Amy

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Que merda foi essa?

É a única coisa em que Amy consegue pensar depois de ver Taehyung começar a chorar como uma criancinha e logo depois cair como um saco de batatas bem diante de seus olhos. Puta merda! Eu matei o homem de tanto beber. Ela pensa desesperada.

De todas as merdas que Amy já fez na vida, essa é a pior de todas. Ela sabe que precisa fazer alguma coisa rápida, as pessoas estão começando a se juntar em volta deles curiosas e ela odeia esse tipo de atenção. Ela precisa tira-lo dali, mas sozinha ela jamais conseguiria, Taehyung é um homem grande e forte.

— Me ajudem a leva-lo para o banheiro. – Ela grita para dois homens que estão na frente dela.

Os homens pegam Taehyung pelo braço, o arrastam para dentro do banheiro e o colocam sentado num dos vasos sanitário próximo a pia e saem. Amy abre a camisa dele para que ele possa respirar melhor, depois vai até a pia, abre uma das torneiras e enche as mãos com um pouco de água gelada.

Ela taca a água que está em suas mãos no rosto de Taehyung e repete isso mais três vezes antes dele finalmente reagir.

— Taehyung. – Ela chama, mas ele ameaça dormir novamente.

— TAEHYUNG! – Ela grita e ele abre os olhos mais uma vez. – Taehyung você está me escutando?

— Michelle? – A voz dele está embolada e lenta.

— Eu não sou a safada da Michelle. Sou a Amy, lembra? Estávamos bebendo no bar.

— Amy, a menina esquisita? – Taehyung pergunta sorrindo. – Porque você falou mal da minha mulher?

— Porque ela é uma safada, mas isso não vem ao caso agora. Preciso que você tente se levantar para irmos embora. – A única coisa que Amy deseja é coloca-lo num táxi e manda-lo para casa.

Beber com ele foi uma péssima ideia.

— Eu consigo, vamos embora! – Taehyung fala decidido, mais quando se levanta, cai imediatamente.

— Tenta de novo, eu te ajudo dessa vez. – Ela apoia um dos braços dele em seu ombro para que ele possa se levantar.

Com um pouco de esforço ela consegue ajuda-lo a ficar de pé, eles caminham lentamente até a porta do banheiro e passam pela multidão de gente que se espreme dentro do pequeno bar e finalmente consegue chegar até a saída.

Amy faz sinal para um dos Táxis que está parado em frente à boate e com a ajuda do motorista ela coloca Taehyung no banco de trás do carro e ela entra logo em seguida.

— Para onde vamos? – O motorista pergunta.

— Vou para Erie Ave, 52. Onde eu devo mandar ele te deixar Taehyung?

— Eu não sei. – Taehyung responde com a voz embolada.

— Como assim não sabe? Você deve ter algum endereço.

— Eu costumava morar na Delaware, mas eu saí de casa hoje. – Amy havia esquecido da história triste que Taehyung contou mais cedo.

Ele provavelmente saiu de casa e foi correndo afogar as magoas antes mesmo de procurar um hotel. Ela não quer criar nenhum tipo de vinculo e muito menos deseja se tornar amiga dele, mas ela conhece muito bem a dor de ser traída e vê-lo chorando daquele jeito no bar a fez sentir pena daquele homem.

— Nos deixe na Erie Ave, por favor. — Ela diz ao motorista.

Ela jamais levou qualquer outro homem para o seu apartamento, assim é mais fácil para despista-los depois, mas hoje ela abrirá essa exceção.

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora