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💜A casa de Eduard não é distante da lanchonete e não demora até que Amy chegue a rua onde ele mora.
Uma movimentação estranha faz o coração de Amy acelerar. Um carro de polícia e algumas pessoas estão paradas em frente à casa de Eduard.
Amy sai do carro e se aproxima das pessoas que olham curiosas.
— Eu ouvi os tiros. — Amy escuta uma mulher falar.
— Acho que foi um assalto. — Uma outra voz responde.
Amy se aproxima da casa devagar, o gramado está remexido em algumas partes e vasos de plantas quebrados estão pelo caminho. A porta parece ter sido arrombada e uma fita de isolamento está bloqueando a passagem.
Tudo parece estar em câmera lenta e Amy nem se dá conta quando o policial a aborda, ele diz alguma coisa que ela não consegue ouvir.
Amy só consegue se concentrar em uma única coisa, no lençol branco que está cobrindo alguma coisa no chão da sala.
— Eduard. — Ela escuta a própria voz apesar de não sentir sua boca se mover.
Ninguém precisou dizer pra ela saber quem esta debaixo daquele lençol.
— Eduard. — Amy fala mais uma vez antes dos joelhos falharem e ela senti-los tombar no chão.
— Eduard! — Ela grita na esperança de que ele apareça em algum lugar para dizer que tudo aquilo é um engano, que ele está bem e vai preparar um café forte para animá-la.
Mas o silêncio é devastador e a dor consome o peito de Amy como álcool em brasa. Ela tenta se aproximar do corpo estendido no chão, mas os policiais a impedem.
— Eduard! — Amy continua a gritar em meio aos soluços de choro e desespero.
— Amy! — A voz de Taehyung surge em meio ao caos. Ele está ao lado dela e a abraça. — Amy, olhe pra mim! Não veja isso.
— Eu não cheguei a tempo..., eu não consegui ajudá-lo! Eu não consegui! Ele se foi! Ele se foi..., se foi... — Amy fala entre soluços altos e desesperados, mas sua voz vai perdendo força e sua vista escurecendo aos poucos.
— Amy, você está bem? Amy? Olhe pra mim! Amy? — É a última coisa que Amy escuta antes de perder completamente os sentidos.
***
As memórias daquele dia são distantes e confusas, Amy não se lembra de muita coisa, só de ter acordado no hospital achando que tudo aquilo tinha sido apenas um sonho.A dor é tão devastadora que Amy não conseguiu chorar, nem mesmo quando esteve no funeral de Eduard. As lágrimas simplesmente não chegaram. Parecia que seu corpo estava todo anestesiado.
Taehyung cuidou de tudo para ela, desde os detalhes da investigação policial, o funeral e mantendo os jornalistas longe.
Amy assistiu a todo o funeral calada, poucas pessoas compareceram, somente os funcionários e alguns clientes cativos. Todos a cumprimentavam, mas ela continuou calada mesmo sabendo que o correto era que ela tivesse dito algumas palavras, contado sobre como conheceu Eduard, compartilhado momentos engraçados e dito que ele foi o pai que ela jamais teve. Mas fazer um discurso fúnebre tornaria a partida de Eduard concreta e Amy não estava preparada para encarar a realidade.
Amy está morando no mesmo quarto de hotel em que Taehyung morou quando se divorciou. Ele finalmente conseguiu alugar um apartamento e como Amy se recusa a estar sobre o mesmo teto que os pais, ele a deixou ficar lá por enquanto.
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PS: Não me ame!
FanfictionTaehyung é o tipo de homem que ela detesta: um advogado de sucesso pacato, conservador e religioso que sonha em construir uma família. Amy é o tipo de mulher que ele sempre julgou: decidida e impulsiva, ela não se importa com o que as pessoas dizem...