Amy

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Amy tenta se aproximar com fúria, mas o homem continua sentado olhando para ela com um sorriso debochado.

Duas mãos seguram o braço dela a impedindo de se aproximar. O segurança que a estava perseguindo finalmente a alcançou.

— Me solta seu idiota! – As palavras saem cheias de raiva da boca de Amy, mas o segurança a ignora completamente.

— Tudo bem Ramon, pode solta-la. – Allan Dickinson, fala para o segurança enquanto se levanta calmamente de sua cadeira.

— Sim Senhor Prefeito. – O segurança diz soltando o braço de Amy.

— Obrigado. – Dickinson sorri gentilmente para o segurança.

Amy observa enquanto o segurança sai da sala e fecha a porta deixando-os sozinhos no gabinete.

— Parece que finalmente você se lembrou do seu velho pai. – Dickinson diz voltando a olhar para Amy.

— Não seja ridículo! Eu não vim até aqui para ver você.

— Então porque veio até aqui Amy?

— Não banque o sínico comigo! – Ela grita batendo com as mãos com força na mesa. – Você sabe muito bem que essa é a hipoteca da lanchonete do Eduard. Foi você que mandou executar a hipoteca e isso foi um golpe muito baixo.

— Não seja dramática Amy. – O homem fala calmamente depois de olhar superficialmente para o papel em cima de sua mesa. — São apenas negócios.

— Negócios? – Amy respira profundamente tentando controlar sua irritação. – Eu sei que você odeia aquela parte da cidade, então me explica que tipo de negócios você teria lá?

— De certo aquele estabelecimento não serve pra muita coisa, mas eu tinha certeza que você viria até aqui interceder pelo seu amigo. – Ele fala sorrindo.

— Você é inacreditável. – Amy diz andando pela sala, ela sabe que seu pai não fez isso somente para vê-la. – O que você pretende com tudo isso?

— Eu só queria te ver minha filha, eu e sua mãe sentimos a sua falta. Você ignora nossas ligações, as mensagens e qualquer tipo de aproximação da nossa parte. Você age como se não existíssemos e isso nos deixa profundamente tristes. – Dickinson diz com a mesma expressão de quando ele faz seus discursos, aquela expressão de quem só tem boas intenções para oferecer. E Amy não consegue acreditar em uma única palavra.

— É incrível a capacidade que você tem de se fazer parecer uma vitima, eu poderia até acreditar se eu não te conhecesse.

— Eu não estou me fazendo de vitima Amy, você não pode julgar um pai por querer ter sua filha por perto.

— Então você quer que eu acredite que você seria capaz de tirar o único estabelecimento de um homem só pra me ver? – Ela finalmente para de andar em círculos pela sala e diz olhando nos olhos do prefeito. – Isso é absurdo demais.

— Isso é pra você entender o quanto estamos desesperados Amy, nós nos preocupamos com você minha filha. Mesmo que você não acredite e prefira imaginar que somos seus inimigos, nós te amamos muito e queremos voltar a ser uma família feliz. — Amy não consegue acreditar no que está ouvindo, seu pai só pode estar de brincadeira.

— O que? – Amy começa a gargalhar. – Me diz quando foi que nós fomos uma família feliz? Você e a mamãe não se amam, pior que isso, você a trata como uma propriedade que você usa em seu benefício sempre que bem entende e o que você mais quer é poder fazer o mesmo comigo. Então me fala porque eu voltaria a fazer parte dessa família?

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora