Amy

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Taehyung está sentado na cama com uma expressão preocupada.

"Puta que pariu, ele acordou". Essa é a única coisa que Amy consegue pensar agora, sua cabeça gira e o seu coração martela no peito como um tambor.

— Você está acordado? – Amy pergunta tentando disfarçar o susto.

— Acordei e notei que você não estava no quarto, então eu levantei e percebi que você também não estava no apartamento. Fiquei preocupado. – Taehyung se levanta da cama e se aproxima.

— Pois é..., eu não consegui dormir, aí eu resolvi dar uma volta. – Amy diz sem olhar nos olhos de Taehyung, por alguma razão é muito difícil ter que mentir para ele.

— Você poderia ter me chamado, eu iria com você. – Taehyung ajeita uma mecha do cabelo de Amy atrás da orelha e sorri carinhosamente.

É um sorriso tão terno e sincero que Amy começa a se perguntar se ele soubesse de toda a verdade, ele a ajudaria? Se ele soubesse quem é Allan Dickinson de verdade, ele o defenderia?

— Taehyung... – Por um momento ela quer contar toda a verdade, talvez ele a ajude e talvez ele consiga desbloquear o computador. – Eu preciso te contar uma coisa.

— Pode me contar o que quiser Amy.

— Eu..., é que... – Amy tenta reunir as palavras, mas ela começa a vacilar.

Contar tudo para Taehyung seria um grande passo para um relacionamento sério com ele e ela não sabe se quer revirar todos esses sentimentos que moram dentro dela, seria um caminho sem volta.

— Pode se abrir Amy, não tenha medo. – Taehyung a encoraja a falar.

— Eu peguei o seu carro. – Amy entrega as chaves que estavam em seu bolso, é melhor mantê-lo longe dessa história. – E eu fumei lá dentro.

— Você fumou dentro do meu carro? – Taehyung começa a sorrir aliviado. – Era isso que você queria me contar?

— Eu achei que você iria ficar irritado por eu ter fumado no seu carro.

— Não tem problema Amy, se você tivesse pedido eu emprestaria o carro. – Taehyung acaricia seu rosto.

— Taehyung, você confia no meu pai? Você acha que ele é uma boa pessoa? – Amy pergunta na esperança de que ele vacile em sua resposta.

— Allan é um grande homem, ele sempre se mostrou honesto e justo. É claro que eu confio nele. – Pela resposta Amy sabe que fez a escolha certa em não contar nada para Taehyung, ele tem uma devoção cega pelo seu pai. Talvez ele nem acreditaria em tudo o que Amy contasse.

— Você é um idiota ingênuo Kim Taehyung.

— Por que você diz isso Amy?

— Porque você não deveria confiar nele. Você não o conhece de verdade.

— Seu pai nunca me deu motivos para que eu desconfiasse dele, por isso confio nele. Da mesma forma que confio em você Amy.

— Você também não deveria confiar em mim Kim Taehyung.

—Mas eu confio. – Taehyung puxa Amy para seus braços, os olhos fixos nos dela e a única coisa que Amy consegue pensar é que ela também confia nele com todo o coração.

— Você é um idiota ingênuo Kim Taehyung. – Ela diz antes de beija-lo.

***

Nos dias seguintes Amy tentou de todas as formas conseguir a senha para desbloquear o computador de seu pai, ela chegou a ir na casa do prefeito para conversar com a mãe e tentar conseguir alguma pista que a ajudasse a desvendar a senha, mas nada deu certo.

Com certeza deve haver muitas coisas importantes ali dentro e ela não vai desistir tão facilmente.

Os dias passaram rapidamente. Hoje é dia quinze, o grande jantar do anuncio da candidatura de Allan Dickinson chegou e Amy está mais uma vez de frente para o espelho sem reconhecer a imagem que vê no espelho.

Seu pai foi generoso e mandou fazer um lindo vestido preto exclusivamente para Amy e mandou uma maquiadora e uma cabelereira para o seu apartamento logo pela manhã. Com certeza ele quer que tudo esteja perfeito.

Amy está pronta esperando que o motorista da família venha busca-la, Allan Dickinson quer que ela chegue na casa do presidente do partido junto com ele e sua mãe.

Eles vão juntos como uma linda família feliz e pensar que ela vai passar horas sorrindo e acenando para aquela gente hipócrita, revira o estomago dela.

Mas dessa vez ela vai preparada, ela tomou dois copos de uísque só para relaxar e se certificou de que a bolsa seria do tamanho adequado para ela levar seu cantil com bebida e seus cigarros. Esse será o seu kit emergencial.

Para a sua sorte Taehyung também estará lá, da ultima vez isso foi a única coisa que a ajudou a sobreviver no meio daquela gente.

Nos últimos dias Amy só falou com o Taehyung por telefone, ele esteve ocupado com o inicio da campanha e com algumas situações estranhas na prefeitura, Taehyung não entrou em detalhes sobre quais seriam essas "Situações estranhas", mas Amy acredita se referir ao computador desaparecido do prefeito.

De qualquer forma, foi bom ele ficar longe durante esse tempo, pois assim ela pode se dedicar a tentar desbloquear o computador.

Logo o interfone toca e Amy sabe que Oswaldo chegou, ela pega a bolsa que combina perfeitamente com o vestido, sai do apartamento e desce as escadas.

— E aí Oswaldo? – Amy diz assim que vê o motorista abrindo a porta do carro.

— A senhorita está muito linda hoje. – Oswaldo diz sorrindo.

— Valeu. – Amy responde entrando no carro.

Quando Oswaldo dá a partida no carro, Amy abre a bolsa, pega um cigarro e acende. Ela aperta o botão para o vidro se abrir e dá um longo trago.

— Senhorita Amy, o senhor Allan não vai gostar de saber que a senhorita fumou no carro.

— E existe alguma coisa que eu faça que o senhor Allan goste? – Amy diz com deboche, mas não quer prejudicar Oswaldo. – Não precisa se preocupar ele só vai saber se você contar, além do mais eu abri o vidro, vou soltar a fumaça lá fora.

— Muito obrigada senhorita. – Oswaldo sorri satisfeito.

Não demora para que o carro entre na propriedade dos seus pai e imediatamente Amy sente as mãos suarem de nervoso, ela mal chegou e já quer poder sair correndo dali.

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Continua....

Música:ON

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora