Amy

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Amy chega cedo à lanchonete, ela tem consciência de que sua aparência está mais esquisita do que o habitual, o lápis preto ao redor dos olhos está borrado, seus cabelos estão presos num coque desgrenhado e suas roupas estão amassadas, mas sua cabeça está doendo demais para que ela possa importar.

A verdade é que ela gostaria de ficar em casa se entupindo de analgésicos e vodka, mas ela já ignorou Eduard demais, ontem ele ligou dezenas de vezes e ela não atendeu.

— Nossa! Hoje você caprichou no visual. – Kelly fala assim que Amy entra na cozinha da lanchonete.

— Tive uma noite difícil. – Amy responde com certa impaciência.

— Deu pra perceber. – Kelly fala com um sorrisinho. – Eduard está te esperando no escritório e a cara dele não está muito boa.

— Não imaginei que estaria. – Amy diz antes de sair.

Ela vai até o escritório e respira fundo antes de entrar sem bater na porta.

— Não me diga que você fez alguma besteira. – Eduard está sentado em sua cadeira, sua testa franzida e o maxilar rígido.

Amy sabe que ele está irritado.

— Eu só fiz o que eu deveria. – Ela diz baixo.

— Isso não era problema seu Amy, eu iria resolver tudo com o banco como eu sempre fiz. – Eduard esbraveja.

— Você está errado Eduard, eu tenho tudo a ver com isso. Era tudo um plano do meu pai. – Amy se senta de frente para Eduard.

— Do que você está falando? – Eduard se ajeita na cadeira.

— Ele é mais esperto do que eu pensei. – As palavras saem pesadas, cheias de raiva. – Meu pai vai se lançar como candidato a governador de Oklahoma e precisa exibir a família perfeita para conseguir votos. Parece que já estavam rolando fofocas sobre o sumiço da filha do prefeito e ele não iria permitir que isso pudesse ser usado contra ele. E ele jogou muito bem, ele sabia que me atrairia se mexesse com você.

— Meu Deus, Amy! Eu não deveria ter te contado nada..., você não deveria ter ido Até lá.

— E você acha que isso o teria impedido? Ele teria vindo me procurar ou faria com que eu soubesse o que estava acontecendo.

— E o que ele quer de você? – A expressão de ira que está no rosto de Eduard assusta Amy.

— Ele quer que eu compareça aos jantares e viagens de campanha, resumindo ele quer que eu finja ser a bonequinha de porcelana que ele sempre quis.

— Você deveria ter recusado Amy. – Eduard segura a mão de Amy.

— Não! – Amy fala irritada. – Eu jamais deixaria ele fazer isso com você, não depois de tudo o que você fez por mim.

— Você sabe que não me deve nada Amy. – Eduard parece ofendido.

— Eu devo tudo a você Eduard..., e você sabe disso. – Amy segura à mão de Eduard com firmeza e o olha nos olhos.

— Eu não quero que ele consiga te ferir novamente Amy. – Eduard diz aflito. – Eu jamais me perdoaria se isso acontecesse.

— E eu não me perdoaria se você perdesse a lanchonete por minha causa, não é justo que você sofra por minha causa.

— Eu não me importo em sofrer por você Amy.

— Eu sei. – Amy o interrompe. – E é por isso que eu jamais vou permitir isso.

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora