Amy

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Amy saiu de casa logo após Taehyung desmaiar em cima dela. Ela precisou fazer bastante esforço para conseguir sair de baixo dele, até se espantou de ele não ter acordado depois dela sacoleja-lo tanto.

Por um tempo, Amy ficou sentada no chão olhando para Taehyung e ficou pensando em todas as regras que ela quebrou numa única noite. Ela disse o seu nome verdadeiro, falou sobre sua família, o trouxe para casa, dormiu com ele e o pior de tudo é que ela nem estava tão bêbada para poder culpa na tequila.

Amy não faz ideia do porque esse mauricinho despertou seu interesse, ele parece ser do tipo moralista e religioso que vive julgando todos ao seu redor como se fosse o próprio Deus. O típico homem de Tulsa que ela detesta, mas apesar disso tudo ela acha ele sexy, não um sexy comum, tem alguma coisa em Taehyung que faz Amy ferver por dentro, ela jamais sentiu isso por ninguém antes.

Talvez ela tenha bebido mais do que o normal e o álcool esteja no controle de seus pensamentos agora, na verdade ela torce pra ser isso. Amanhã ela estará com a pior ressaca do mundo e saberá que fez tudo isso porque bebeu mais do que pode controlar. Ela prefere acreditar nisso mesmo sabendo que não é verdade, porque lidar com isso agora será um problema.

O que a tranquiliza é que foi só por essa noite e provavelmente ela nunca mais vai vê-lo novamente.

Amy aproveitou que estava com a chave da lanchonete, tomou um banho quente, vestiu roupas confortáveis e olhou novamente para o homem que estava dormindo tão profundamente em seu sofá.

Taehyung parece ser um bom homem. É um mauricinho metido a certinho, mas parece que ele tenta ser bom no meio dos demônios que o cercam e por isso ele foi traído covardemente. Amy pega seu bloquinho de notas na geladeira e escreve:

"Espero que consiga resolver os seus problemas. Amy."

Ela arranca a folha e coloca em cima da mesinha que fica em frente ao sofá e vai embora.

Quando Amy chega à lanchonete, vai direto para o estoque e dorme em cima de alguns sacos de farinha como já fez outras dezenas de vezes quando não conseguia caminhar até sua casa ou simplesmente estava tão bêbada que não sabia como chegar em casa.

Amy acorda com o toque do celular. É Eduard, ele está na frente da lanchonete esperando ela chegar.

— Olha só, parece que alguém não conseguiu chegar em casa ontem a noite. – Eduard fala assim que Amy abre a porta.

— Na verdade eu vim pra fugir de casa. – Amy percebe o quanto essas palavras soam estranhas assim que termina de pronuncia-las.

— Eu vou precisar de mais detalhes sobre isso. – Eduard entra e coloca seu casaco em cima do balcão.

— Ontem foi uma noite atípica..., eu levei um homem pra minha casa... — Amy fala baixinho.

— O que? Eu ouvi direito? – Eduard parece tão surpreso quanto ela. – Parece que finamente a insensível Amy está gostando de alguém. Quem é o rapaz de sorte? – Ele se senta em um dos bancos altos perto do balcão dando total atenção a história de Amy.

— Não seja ridículo Eduard. Ele é apenas um idiota que nunca havia tomado um porre na vida, você acredita? Não aguentou algumas doses de tequila e desmaiou no bar. Eu não fazia ideia de onde ele morava e ele não tinha condições de dizer, aí acabei levando ele para casa. – Amy fala tentando fazer parecer que foi algo sem importância.

— E por isso você fugiu?

— É claro que não. Acontece que nós conversamos um pouco e acabamos dormindo juntos.

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora