Amy

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Amy sai o mais rápido possível do hotel onde Taehyung está morando.

— Que porra! Eu sabia que não deveria ter escutado o que Eduard diz. Estava tudo muito perfeito pra ser verdade, eu deveria ter desconfiado. —Ela fala sozinha enquanto caminha depressa pelas ruas do centro de Tulsa.

Taehyung é assessor do prefeito, ele é a droga de um politico de merda. Porque ele tinha que ser a porra de um assessor do prefeito?

Não importa, ele trabalha na prefeitura e isso já é motivo suficiente para mantê-lo distante.

Depois de andar por um quarteirão Amy consegue pegar um táxi e durante todo o caminho ela não consegue parar de pensar no que quase aconteceu.

Ela estava baixando a guarda, finalmente ela iria tentar confiar em alguém e resolveu fazer isso logo com um politico. Amy sente os pelos do seu corpo se arrepiarem só por imaginar o que poderia ter acontecido se ela deixasse essa história ir adiante.

Amy finalmente chega em casa e tira a roupa jogando as peças pelo caminho até o banheiro, ela entra em baixo do chuveiro.

A cabeça latejando e os pensamentos acelerados, talvez um banho ajude a melhorar. Sentir a água quente cair sobre corpo é relaxante e ela permanece ali com os olhos fechados, concentrada somente na sensação que a água proporciona. Ela permanece assim por alguns minutos antes de lavar os cabelos e o corpo.

Amy termina o banho e desliga o chuveiro, enrola uma toalha em seus cabelos e outra em volta do corpo e vai para o quarto se jogar na cama.

Ela percebe que não foi uma boa ideia deitar na cama assim que sente o cheiro amadeirado do perfume de Taehyung no travesseiro.

O perfume dele faz Amy se lembrar do que aconteceu mais cedo no parque, ao pôr do sol.

Os olhos de Taehyung tão escuros quanto o céu na madrugada, a sensação do toque dele em sua pele e o beijo..., aquele beijo foi doce..., foi intenso e inesperado.

Aquele beijo foi inexplicavelmente prazeroso, tão prazeroso quanto comer um chocolate em dias de TPM e o que mais assusta Amy, é o fato dela não ter bebido nada durante o dia inteiro e mesmo assim quis beija-lo.

Esse não é o tipo de sentimento com o qual Amy está acostumada, não é esse tipo de sentimento que ela procura.

— Que porra você tá fazendo Amy? – Ela pega o maldito travesseiro com o cheiro do Taehyung e arremessa contra a parede.

O melhor a fazer é ficar bem longe de tudo isso, ela não quer pensar em nada disso porque sabe perfeitamente onde isso pode levar e Amy não está disposta a se apaixonar por ninguém.

Não novamente!

Nenhum relacionamento que ela conhece foi bem sucedido, começando pelo dos seus pais e passando pela sua própria experiência com Kevin.

Nada que venha da paixão pode trazer coisas boas. Amy sabe disso desde o dia em que chegou alguns dias mais cedo do colégio interno para fazer uma surpresa aos pais.

Ela tinha quinze anos e resolveu entrar de fininho pelos fundos e foi direto para o escritório do pai com a intenção de surpreendê-lo, mas a única surpresa que teve foi ver seu pai transando com a secretária em cima da mesa.

E essa nem foi a pior parte, quando ela finalmente tomou coragem para contar para a mãe o que tinha visto, não foi uma expressão de surpresa que ela viu no rosto dela, não houve nem mesmo uma expressão de tristeza. Sua mãe apenas disse:

PS: Não me ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora