POV LAUREN
Que engraçado, tomar branquinha do irmão mais velho nessa altura do campeonato, uma mulher quase casada. Meu Deus. Eu vou me casar! Eu vou me casar!
Depois que saímos do hospital, vim totalmente calada. Emburrada ou entristecida?!-Aconteceu alguma coisa lá no hospital? -Camila perguntou e eu a olhei, estávamos dentro do Uber indo para a casa dos Cabello's. -Chris parecia um pouco ner...
-Ele está bem! Não aconteceu nada. -Falei.
-Ah, claro. -Disse seca e voltou a olhar para a janela.
O idiota do Chris tem razão, eu sou patética. Precisava disso? Não precisava.
-Grr...Grr. -Limpei a garganta. -Desculpa.
Camila voltou a me olhar e eu dei um meio sorriso que foi ignorado por ela.
-Ok.
-Ele... ele está irritado comigo, a algum tempo na verdade. -Comecei a falar e olhei para a vista da janela como Camila. - Me disse algumas coisas que na minha cabeça foram cruéis, mas não posso dizer que são mentiras.
-Do que você está falando?
-Hoje eu desmaiei, parece que meu corpo não aguenta uma pressãozinha não é? -Ri em deboche de mim mesma. - Sempre foi assim, estudar para o vestibular, eu surtava sem saber se era oque eu realmente queria; Festas de aniversário, eu surtava por não conseguir fazer a escolha do tema e sempre, sempre Chris estava ali para tomar as decisões por mim.
-Ele é seu irmão mais velho...
-Exatamente, ele precisava só me ajudar mas eu o obrigava a resolver os meus problemas. Foi isso que ele me disse hoje, que passou da hora de eu resolver os meus problemas, tomar as minhas decisões e parar de criar empecilhos na minha vida. Só que ele disse de uma forma mais agressiva e irritada. -Deu um breve sorriso.
-Você está bem com isso? - Colocou a mão em minha coxa.
-Não.
Passei o resto do dia dentro do quarto da Camila, mas desta vez estava incomodada por estar aqui, nesta situação e com esse baixo astral.
Meu coração estava um pouco acelerado com as mil coisas que se passavam na minha mente.***
-Eu não sei, eu gosto de rosas mas são clichês. -Camila opinou.
-Podemos olhar outras flores. -Camila concordou com Sinuhe.
Estávamos na mesa de jantar com algumas revistas de casamento e encartes de tecidos, flores e alguns buquês prontos. Eu por outro lado estava vendo um pôster de pós casamento com um casal no gramado fazendo um lanche enquanto duas crianças brincavam de bola.
-Eu quero fazer o meu próprio buquê. -Camila disse.
-Que clique, quer fazer algo diferente?
-Sim, mãe oque acha?
-Eu acho o máximo, algo moderno. -Respondeu. -Oque você acha Lauren?
Eu continuava olhando o pôster.
"Casal pós casamento, filhos, casa própria e provavelmente profissões de sucesso." Pensei.Sabe quando você vê tudo em câmera lenta? Como se as vozes estivessem bem longe e de algum jeito agitado ao mesmo tempo, o coração acelerado mas em um compasso.. tum tum.......tum tum.... tum...tum...............
-Laur?
E o pulmão? Ele não funciona mais no automático.
-Lauren, você está bem? - Quando percebo novamente a realidade, sinto Camila segurar os meus ombros e Sinuhe puxar meu rosto para olhá-lo. Meu pulmão ardendo como se necessitasse de oxigênio com urgência....e eu? Bem, eu estava hiperventilando.
-Mãe, pegue aquele saco de papel! -Eu ainda respirava com dificuldades e puxava todo o ar possível. -Aqui, segure. Respire aqui dentro, assim!
-Acha que devo chamar o Chris? -Sinuhe perguntou e Camila demorou um pouco para responder.
-Não, ela não vai precisar dele. - Disse e me olhou com uma preocupação diferente.
Camila e Sinuhe guardaram todas as revistas enquanto eu respirava dentro do saco, aos poucos minha respiração foi se normalizando e enfim meu pulmão voltou a funcionar sozinho. Olhei para elas e olhei para as minhas mãos soadas.
Camila se aproximou mais de mim e passou as mãos em meus cabelos de forma gentil, retirou uma gota de suar que insistia escorrer pela lateral da testa.-Quer tomar um banho? - Perguntou em um tom baixo e cuidadoso. Eu concordei com a cabeça e me levantei da cadeira.
Sinuhe não me disse nada, só observava a cena até eu desaparecer dentro do quarto.Isto é mesmo real? Quero dizer, como isso pode estar acontecendo comigo..... de novo?
Tive uma crise de ansiedade no colégio, 7/8 anos de idade.
As crianças brincavam no pequeno parque da escola, enquanto eu estava sentada no balanço e observando.
Não é segredo para ninguém que eu odiava a escola, aquilo era aterrorizante, crianças brincando como os seres mais inocentes e bondosos do mundo, FARÇA! As crianças são cruéis e naquela tempo eu me odiava por ainda ser uma pirralha, o tempo não passava, o sinal não tocava, o relógio não andava. Meninas pulando corda, brincando de boneca e os meninos correndo, chutando e tentando pegar a bola um dos outros.
Olhei para frente e vi dois meninos caminharem em minha direção, eu estava esperando pelo pior, eles me olhavam e riam entre si, se aproximando e sorrindo, naquele momento meu coração estava acelerado e com suor frio nas mãos, olhei para trás e para os lados em busca de refúgio e torcendo para que tivessem outras crianças esperando por eles, mas não havia ninguém, somente eu.
Foi ali, naquele exato momento! Meu pulmão gritando por ar, meu coração descontrolado e aquela imagem dos meninos em câmera lenta. Me recordo que eles entenderam aquela situação e me olharam de forma curiosa, poucos metros de mim eles decidiram parar de andar até mim e assistiram tudo, um deles resolve chamar uma das professoras que então foi chamar o Chris, ele estava em aula do outro lado da escola. Até hoje me pergunto oque eles iriam fazer comigo. Me caçoar? Me bater? Me chamar para brincar? Talvez só estavam rindo por vergonha de vir falar comigo, mas antes de acontecer se passou um filme na minha pequenina cabeça.-Está melhor? -Camila pergunta quando me ver sair do banheiro, ela estava sentada com as mãos na coxa e parecia aflita. Confirmei com a cabeça e um meio sorriso. -Hm.. quer conversar? -Peguei um pequeno frasco de perfume e borrifei em minha camiseta e não respondi a pergunta. Em seguida me sentei na cama ao lado dela. -Talvez seja necessário uma conversa.
-Tudo bem, tem razão. -Falei e a olhei.
-Isso está ficando sério, rápido demais. Não precisa ser assim, você não está sozinha. -Disse e se levantou.
-Eu agradeço muito. -Ela começou a andar para fora do quarto. -Ei! -Me levantei e fui até ela rapidamente, segurei seu rosto em minhas mãos e a beijei, eu a beijei com desejo, com ternura e fiz um carinho em seu rosto com o polegar, Camila respirou fundo como se sentisse tudo que eu queria passar com aquele beijo. -Eu te amo tanto, Camila.
-E eu amo você, minha noiva. -Eu sorri ao ouvi-la dizer isto e me afasto. -Preciso que seja sincera comigo, não quero bater nesta tecla novamente Laur. -Eu concordo abaixando a cabeça. -Você está precisando de ajuda e eu estou aqui para lhe ajudar da forma que eu puder e for preciso.
-Eu sei disso.
-A gente pode ter essa conversa depois. Está bem? -Pergunta segurando minhas mãos.
-Claro.
-Se precisar estarei logo ali.
-Hm... Camz? -Ela levanta a sobrancelha esperando que eu falasse. - Está com você o número daquela terapeuta?
Camila afirma com a cabeça e da um sorriso imenso. Entendi aquilo como se pela primeira vez tivesse feito algo certo.
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Oi meus amores. Ces tão bem?
Primeiramente, muito muito obrigada por estarem sempre aqui mesmo com minhas idas e vindas de FISIOTERAPIA.
Segundamente kkk preciso de uma ajudinha de vcs. Estou em busca de uma fanfic e não acho de jeito nenhum. Aliás pode até ser uma recomendação (se vocês acharem), essa fanfic se trata de uma bombeira(Lauren) que salva uma menina cega( Camila) elas se apaixonam e começa um relacionamento muito legal. Me ajudem a acharrrrr. Me recomendaram mas não sabem o nome e eu também não estou achando mais. Última vez vista no Spirit.
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Fisioterapia
FanfictionOque o destino é capaz de fazer para unir duas garotas que se odeiam depois de tanto tempo? Depois que Camila se forma, um acidente pode mudar completamente a sua vida e inesperadamente com Lauren de volta a Miami o encontro pode não ser tão ag...