Capítulo 49

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Leonardo 💦

Sentei ao lado da minha mulher e baguncei os cabelos dela. Não sei o motivo de fazer isso, mas me arrependo muito.

Juliana me olhou com uma cara de ódio, que eu encolhi.

Leonardo: Desculpa, não sei porque fiz isso. Não me mata, eu te amo, amor. - ela riu e eu respirei aliviado.

Juliana: Só não vou te bater agora por consideração a sua mãe. - falou baixo no meu ouvido. - Mais tarde conversamos melhor. - beijou a minha bochecha e bebeu o último gole de cerveja do seu copo.

Sorri de lado.

Essa mulher é perigosa, mas é minha! E se tem uma coisa que não me arrependo é de ter admitido o que sinto por essa loira.

Ao lado dela me sinto completo, feliz, apaixonado. E essa é a melhor sensação que já senti, papo reto!

Lara: Que foi, Pérola? - escutei minha mãe perguntar. - Filha, você tá mais branca que papel. - meu pai se levantou logo e foi até ela. - Fala, Pérola! - disse já nervosa.

Henry chegou e ficou atrás da Pérola, com uma expressão parecida. Engoli o seco e olhei apreensivo pra ele.

BN: Que porra aconteceu, Henry? - ele abriu a boca, mas não saiu nada.

Tito: Vão falar ou não? - falou sério e levou a mão até a cintura, onde estava a arma.

Entendo completamente essa ação do Tito, porque foi o que todos nós fizemos. E ele já estava ficando nervoso.

Apesar do Tito ser visto sempre como um cara durão, sério e, por alguns até sem sentimentos, ele se preocupa muito com todos.

Tudo que aconteceu com a Aly, com o Rael e morte do vovô, foi demais para ele, para todos nós, mas ele se sentiu mais culpado por isso. Outra dessa, e não sei se iríamos resistir e se ele vai aguentar.

Laura: Filho...

Pérola: A Ali... - engoliu o seco. - Aline.

RK: Aline? - olhou para o meu pai, que retribuiu o olhar. - Que droga vocês fumaram?

Marcos: Quem é Aline? - escutei ele perguntar baixo para Aly.

Lara: Essa mulher está morta, Pérola. - falou com a voz trêmula. - Morta.

Aline: É ai que você se engana, minha querida Lara.

Parece que o sangue do rosto da minha mãe se esvaziou. Ela ficou branca e precisou segurar no meu pai para não perder o equilíbrio.

Olhei para a Lívia, que observava atentamente aquela mulher. Olhei também e não precisei de muito tempo para saber o que a minha irmã estava pensando. A semelhança delas duas.

Tito: Que bagunça é essa? Quem deixou você entrar? Fora da minha casa!

Aline: Impaciente como sempre, não é, Renan? - Tito travou o maxilar. - Raick. - falou sorrindo. - Bom te ver. Ainda anda por ai atrás de novinhas do asfalto? - meu tio revirou os olhos.

RK: Grande jogada, Aline. Se fingir de morta para não ter que assumir o papel de mãe e fugir com seu amante, qual é mesmo o nome dele? VG. - sorriu sínico.

Aline: Foi você, não foi? - meu tio fez uma cara de desentendio.

RK: Eu o que, maluca?

Aline: Que matou ele. Matou ele e me deixou sem marido, sem casa, deixou meu filho sem pai. - apontou para o meu tio. - Você queria me matar também, mas não conseguiu. Admite, Raick.

Crias da FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora