Capítulo 59

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Rael 🔫

Sai da boca junto com o Henry e fui para a casa dos meus pais. Era aniversário da minha avó e como ela ainda estava sentinda pela morte do meu avô, não quis festa.

Mas minha mãe falou que essa data não poderia passar em branco. Junto com a tia Lara, fez um almoço e depois teria um churrasco.

Quase ninguém tava no clima de festa. Depois do Ptk ter aparecido aqui e ter dito aquelas coisas para o Léo, ele ficou maluco. Foi atrás da Juliana no dia seguinte, mas ela não quis conversar. Mas ele conversou com a mãe dela, que falou que a Juliana tava bem, mas não poderia ter estresse algum por ainda não ter completado um mês de gravidez.

Falando em gravidez, tá cada vez mais complicado de aguentar a mudança de humor da Lívia. Eu amo aquela mulher, mas todo dia ela quer arrumar uma briga diferente. Isso cansa, desgasta um relacionamento que estava indo perfeitamente bem.

Henry: Tá pensando em que? - perguntou.

Rael: Nada, mano. Só em algumas coisas que aconteceram.

Henry: Tem ideia de quem esteja fazendo isso?

Encarei ele antes de abrir a porta de casa. Há alguns dias atrás, umas das nossas mercadorias foram pegas, ninguém sabe como. Nenhum dos motoristas sabem dizer como foi que aconteceu. Vinham várias encomendas para nós e apenas uma delas foi apreendida. Sorte que não veio nenhum bota pra cima de nós.

Henry ficou com paranóia de que foi alguém de dentro que fez isso e que está ao nosso lado na boca, até porque só quem sabia dessa encomenda era nós daqui do Alemão, especialmente só os da boca principal.

Rael: Não, mas fica mec, vamos descobrir logo. - ele assentiu.

Tínhamos que achar o culpado logo. Nem contei ainda ao meu pai sobre essa porra porque o prejuízo para nós foi grande. A nossa maior mercadoria de armas foi pega e perdemos muito dinheiro com isso.

Abri a porta de casa e algumas pessoas já haviam chegado. Cumprimentei todo mundo e sai para a área da piscina. Lívia tava sentada em uma cadeira de praia, passando mão na barriga.

Fui até ela beijando sua testa e beijei a barriga dela também, que já estava com um volume maior.

Olhei para frente e percebi que meu pai e meus tios estavam conversando afastados. Meu pai falava alguma coisa e o RK negava, assim como o BN. Menor só escutava e olhava para o nada.

Lívia: Tá tudo bem? - levantou o óculos de sol e me encarou.

Rael: Claro, porque não estaria? - deu de ombros.

Lívia: Sua cara não parece boa. - colocou o óculos de sol no rosto de novo e se deitou.

Rael: Não tem porque se preocupar.

Lívia: Você pode compartilhar os problemas comigo. Sou sua mulher, temos que dividir as frustrações, assim como compartilharmos a felicidade. - falou.

Dei graças a Deus que o humor dela tava ótimo.

Rael: É um problema que aconteceu na boca. - me aproximei dela e comecei a falar baixo. - A nossa maior mercadoria foi pega pelos policiais e isso nos custou muita grana. Quase ninguém sabia disso e o Henry acha que alguém do nosso lado está envolvido.

Lívia: E você não acha isso também? - me olhou.

Rael: Acho. Só nós da boca sabia disso. - vi meu pai se aproximar de nós. - Muda de assunto.

Lívia: Estou com fome. - se sentou. - Será que já está pronto o almoço? E que calor é esse? Meu Deus! Amor, vamos tomar um banho de piscina? Quer saber, vou comer primeiro. - se levantou. - Vem, amor. - pegou na minha mão, eu ri e me levantei.

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