Capítulo 54

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Juliana ✨

Entrei em casa e joguei a chave em cima da mesa. Deitei no sofá e coloquei uma minha mão na testa e outro na barriga.

Já estava com algumas semanas que estava muito enjoada e me sentindo muito inchada. Minha menstruação estava atrasada e já desconfiava do motivo.

Mas ainda não contei a ninguém e por enquanto não quero contar. Ainda estou tomando coragem para fazer o teste, que estou adiando a dias.

Apesar de ser algo maravilhoso para algumas, ser mãe não estava nos meus planos e justo agora que estava tudo indo muito bem no trabalho e ia até subir de cargo. Marcos havia falado comigo sobre isso.

Teria que deixar tudo de lado por conta dessa criança. Minha vida iria mudar, não poderia ir trabalhar, tudo iria ficar mais difícil.

Sei que terei apoio daqueles que estão sempre ao meu lado, mas vai ser complicado de qualquer forma.

E ainda tem o Léo. Não sei como vou contar isso pra ele, mas já imagino o surto dele e do meu pai.

Meu pai. Talvez ele desmaie, ou queira matar o Léo, ou me beije e me abrace falando que vai cuidar dessa criança comigo, ou faça tudo isso junto, o que é mais provável.

Ri imaginando a cena mentalmente.

Escutei um barulho na porta e enxuguei minhas lágrimas.

Ptk: Loira, cheguei. - escutei ele jogar a chave na mesa. - Filha? - coloquei as mãos no rosto. - Tava chorando? - perguntou e se sentou ao meu lado. - Giovana, sua filha tá chorando, corre. - gritou.

Minha mãe apareceu na sala com uma expressão de preocupação enorme. Se sentou ao meu lado também e me abraçou.

Gio: Meu amor, o que aconteceu? Você não é de chorar.

E chorei mais ainda nos braços da minha mãe e do meu pai, que logo depois, se juntou ao nosso abraço.

Foram alguns minutos, talvez horas, que se passaram e nós três ficamos ali.

Eu me sentia segura e não estava com aquela sensação de estar perdida. Eu sabia que meus pais estariam comigo e então por isso, contei tudo a eles.

Ptk: Você o que? - se levantou. - Aí meu Deus, acho que minha pressão baixou. - se sentou colocando a mão na testa. - Eu, avô? Que neurose da porra. - riu. - Se o Leonardo aparecer na minha frente eu mato ele. - sorriu pra mim. - Mato.

Gio: Cala a boca, Patrick.

Ptk: Que foi? Vou apenas dar uns murros nele, uns chutes, coisa simples. Talvez ele vá para o hospital, mas vai sobreviver.

Gio: Não brinca com isso, Patrick! Não está vendo como nossa filha tá? - revirou os olhos. - Meu amor, vai ficar tudo bem, a mamãe está aqui com você. - apertou nosso abraço. - E talvez seja alarme falso, filha. Já perdi as contas de quantas vezes aconteceu comigo. - falou.

Juliana: Não sei é esse é o meu caso, mãe. - falei com voz de choro. - Me desculpem por isso.

Gio: Você não tem que pedir desculpas, meu amor. Você já é uma mulher, é de maior, trabalha, já até comprou sua casa. - sorriu. - Você apenas me dá orgulho, Ju.

Juliana: Obrigada, mãe. - sorri pequeno.

Gio: Já quero conhecer meu neto ou neta loirinho de olhos azul. - ri e meu pai revirou os olhos. - Vai dizer que não está feliz pela sua filha, Patrick? O que foi que disse assim que a Juliana nasceu? Que iríamos apoiar e estar com ela em qualquer decisão ou situação, não foi? - ele concordou com a cabeça.

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