Capítulo 67

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Rael 🔫

Minhas mãos suaram e meu corpo todo tremeu. Eu não estava acreditando no que estava vendo.
Não era possível que aquilo estava acontecendo e justo com as pessoas que não tem nada a ver com isso.

Olhei para o meu tio RK, que estava com uma cara assustada e chorando desesperado. Ele tentou correr na direção, mas o Érico impediu. Ele estava do mesmo jeito do pai, chorando, mas não desesperado.

No meu lado esquerdo tava o Henry, que colocou as mãos na cabeça e puxou os cabelos com força. Marcos só observava o fogo e eles irem embora.

Miguel estava ao lado do irmão, fazendo a mesma coisa, assim como o Guilherme também estava. Ptk foi na direção deles também, mas foi impedido pelo PH e pelo fogo que estava começando a se espalhar mais.

Rock e seus vapores, estavam do meu lado direito, apenas observando também, não havia mais o que fazer naquele momento.

Cai de joelhos no chão sem forças para suportar ver aquilo. Meu pai, que havia chegado com o Tubarão e o DG, me levantou do chão.

Menor e BN vieram também. Disseram que apesar de saber que daríamos conta, acharam bom vir, mas preferia que não.

Breno estava caído no chão desacordado e baleado. Meu padrinho, o Ícaro, estava ferido em dois lugares no braço e no peito, mas não estava desacordado, só a respiração estava fraca.

Todos nós estávamos feridos, mas os que mais estavam eram eles dois.

RK: Precisamos ir atrás deles. - gritou olhando para o meu pai.

Tito: Não podemos...

RK: Não podemos o caralho, Renan! - gritou e de aproximou do meu pai. - Meus sobrinhos estão na mão deles, seu neto está com eles, porra! Meu irmão está na beira da morte e não podemos, Renan? Mas se fossem seus sobrinhos e seu irmão nós poderíamos, não era, Renan? - cuspiu as palavras.

Tito: Olha o seu estado, Raick! Não podemos ir porque estamos todos feridos, sem armamento e sem reforço. É suicídio, caralho! - empurrou o RK. - Nós vamos fazer de tudo para tirar eles de lá o mais rápido possível. E eles são meus sobrinhos sim! São filhos da irmã da minha mulher, portanto são meus sobrinhos. Além disso a Lívia é minha nora e como você disse, meu neto está lá. - tremi só de imaginar o que podem fazer. - Fica frio, caralho.

Guilherme: Menor tá perdendo muito sangue. - avisou. - Cadê esses filhos da mãe que não chegam? - falou entre os dentes.

Só escutei um barulho de carro vindo. Eram eles. Todos respiraram aliviado, mas eu não.

Alan: Pai. - gritou assim que saiu do carro. - Pai, por favor. - se abaixou onde o Menor estava sentado. - Tenta... tenta ficar aqui.

Touro: Vamos, não temos tempo. A invasão no morro foi contida, mas ainda tem coisas pra fazer. - falou.

Nós todos entramos nos carros e seguimos viagem. Como o Miguel, Henry e o Alan são ficha limpa, puderam levar o BN e o Menor para um hospital particular.

Nós seguimos para o Vidigal. O morro que o Touro falou é o Alemão. Foi invadido e não tinha ninguém no comando. Nem imagino como esteja por lá.

Não estava mais aguentando todo aperto no meu coração. Meus olhos pesaram mais e mais. Acabei fechando eles totalmente.

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Horas antes....

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