35° Capítulo - Flagrante

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Naruto arregalou os olhos e engoliu em seco ao ver que no monitor do computador de Kakuzu, o vice-diretor da prisão, estavam ele e Sasuke.

- Eu posso saber o que você estava fazendo tão próximo de um detento? – O homem perguntou.

- E-eu... – As palavras sumiram, o ar faltou de seus pulmões, o sangue gelou.

Haviam sido pegos em flagrante.

- Aliás, não precisa dizer, eu sei o que você estava fazendo. – O homem cruzou os braços. - Você sabe que isso é antiético, não sabe?

O loiro abaixou a cabeça, não sabia o que dizer. Não havia o que falar que pudesse amenizar o seu erro, era nítido que ele era o rosto da filmagem, não adiantava negar. Só perderia o pouco de dignidade que lhe restava e confiança do vice-diretor se tentasse enganá-lo.

- E também tem ciência de que na Akatsuki nós prezamos pelo profissionalismo, e não queremos funcionários insubordinados.

- Senhor, eu... – Engoliu em seco e tentou se pronunciar, não negaria, mas também não podia ficar calado. Era homem o suficiente para arcar com as consequências de sua atitude impensada.

Independentemente do que acontecesse, se sentia orgulhoso por ter passado na seleção e entrado em uma prisão de nome tão importante. Se fosse afastado ou transferido não se desanimaria por isso, mas até que qualquer veredicto lhe fosse imposto, não se desesperaria.

Quando adentrou aquela cela em seu último turno da noite, tinha consciência de que estava sendo estupidamente inconsequente e irracional. E mesmo depois de passar o dia de folga inteiro refletindo sobre o ocorrido, não conseguia se arrepender. O loiro respirou fundo e se preparou para responder, não tinha como se desculpar, mas aceitaria as medidas cabíveis.

- Mas sabe, Naruto... – Kakuzu se levantou e se aproximou dele, do outro lado da mesa. – Você é um moleque esperto, que aprende rápido. Eu gosto de você.

Naruto franziu o cenho, confuso.

- Gosto de ter pessoas espertas como amigas. Eu quero ser seu amigo, você quer ser meu amigo?

- H-huh? - O policial não soube responder.

- E você sabe, amigos se ajudam nas horas difíceis. Eu posso me esquecer daquela filmagem, porque eu sei que não irá se repetir já que você é um bom garoto. Honesto e direito. – Disse, com honestidade.

- É sério?

- Mas é claro! – Ele apoiou a mão em seu ombro. – E já que amigos se ajudam, eu faço um favor pra você e você faz um favor pra mim.

- Um favor? – O Uzumaki teve um pressentimento ruim.

- É. Você sabe que eu me importo muito com as finanças, sou um homem controlado e precavido. Mas você sabe, não é? Dinheiro nunca é demais.

- Dinheiro? Mas eu não tenho... – Desceu o olhar para os próprios pés.

- Como eu disse, você é um garoto esperto, talvez tenha outro amigo que possa ajudá-lo.

Ele suspirou e meneou a cabeça em negação.

- Você também pode cobrar pelos serviços extras que prestou.

- O q-quê?!

- Você sabe que há homens muito ricos aqui, e você tem uma boa relação com os detentos. Poderia cobrar por sua "hospitalidade". Principalmente daquele que está te deixando em sérios problemas.

- Você... está falando do... você teria colhões de pedir dinheiro a ele? – O policial arregalou os olhos e deu um passo para longe.

O homem rosnou enraivecido.

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