Arena

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Os garotos começaram a analisar o corredor, demorou um tempo para que achassem qualquer pista, arranhado ou mecanismo escondido, o ar estava ficando escasso e estavam suando, alguma coisa estava errada, estava muito errada, não era para estarem suado daquela maneira, claro que iria fazer calor, mas não dessa intensidade. Bulma começou a procurar saídas de ar e não estava encontrando, quanto mais corriam para procurar mais rápido o ar desaparecia, as arfadas faziam barulhos e não a deixavam procurar pelas saídas.

- Eu preciso... que fiquem... quietos.

- Fácil para você falar. - Raditz disse.

- Calados! - Rosnou e Vegeta achou bonitinho sua coragem, um gatinho filhote brincando com cachorros adultos.

Bulma se concentrou em sentir o ar e não percebeu que os garotos também fizeram o mesmo, Nappa caminhou para trás e analisou a parede e sutilmente socou a parede, quebrando um mecanismo escondido que fez que a porta abrisse sutilmente, ele puxou a porta e havia um corredor semelhante a esse e dessa vez ele pode ver o final do corredor e sorriu. Seguiram para o corredor atentos, se surpreenderam ao acharem uma arena no final, em cima estava Freeza, luzes apontavam para o meio da arena, Vegeta não deixou que Bulma continuasse e ficasse escondida. Bulma o encarou e se escondeu, os garotos foram para o meio da arena e ouviram palmas, as luzes voltaram-se para o homem com terno branco com um sorriso debochado.

- Parabéns por terem chego até aqui. - Sua voz causava arrepio nas espinhas dos rapazes.

- Freeza, vamos parar com isso, desça aqui e nos encare como homem! - Goku deu um passo a frente e o sorriso do homem cresceu.

- Eu vou descer, mas depois.

Ao redor dos homens vários subordinados apareceram segurando cassetetes, pedaços de madeira, chaves de carros, bastões de beisebol e até mesmo canivetes, os guerreiros sorriram e quando Freeza levantou as mãos, todos os homens foram para cima dos quatro que esperaram até que chegassem em um ponto específico e então retalharam, subordinados com confiança nas habilidades que achavam que serviam de algo provaram servir para nada diante dos homens que lutavam em sincronia, pares lutavam e trocavam a cada segundo, um protegia as costas do outro enquanto atacava e caso houvesse uma brecha outro companheiro a cobria, socos sincronizados e chutes que faziam seus oponentes voarem para longe e caírem desacordados, mas não importava o quanto os garotos lutassem a quantidade de homens que surgia os estava cansando e sabiam que se cansar em uma luta poderia ser sua sentença de morte, então começaram a lutar em pares defensivos e agressivos. O par que cuidava das costas era para defender de uma possível surpresa e os dois da frente atacavam sem receio de serem pegos de surpresa, alteravam os pares de nunca deixavam um companheiro perder um duelo sequer, a luta dos quatro era impecável e não havia brechas para serem exploradas e uma coisa podia ser notada, o sorriso de satisfação de cada guerreiro, que denunciava a emoção de lutar, dos socos trocados, dos músculos sendo esmagados, do sangue, da adrenalina.

Bulma percebeu que o amor dos guerreiros pela luta e principalmente percebeu o quanto eles amavam uma vitória pois jamais viu Vegeta sorrir daquele jeito quando viu o último homem cair, ela já viu muito de seus sorrisos, se é que um levantar da lateral dos lábios pudesse ser chamado de sorriso, aquele garoto com sangue no rosto, mãos e roupas estava sorrindo de maneira indescritível fazendo com que o seu oponente rangesse os dentes, estava chamando Freeza para um duelo, garantindo sua vitória, porque diferente da lagartixa, Vegeta tinha algo para proteger e isso o tornava invencível.

- Matem todos eles!

Bulma se assustou com a quantidade de pessoas que apareceu para cercar os garotos, era um exército, Bulma tirou sua atenção de Freeza por um segundo e ele desapareceu, entrou em pânico, isso tinha que acabar hoje. Se esgueirando no escuro para não ser pega, foi até a escada que dava para o andar de cima, os gritos da batalha atrás faziam com que seu coração batesse mais forte e a ansiedade cobriu sua mente só que logo desapareceu e se tornou o mais puro desespero quando sentiu sua perna ser agarrada a fazendo cair. Gritou de susto e chutou o rapaz para longe, se levantou usando a parede, sua bolsa estava perto para poder pegar o que precisava, o homem estava com um taco com pregos enrolados em um arame na ponta do taco se ele a acertasse as chances de contrair tétano seriam grandes e o machucado também.

- É melhor você ir embora ou vai ver o que é bom para tosse! - Ameaçou.

- Será mesmo? - Deu um passo. - Seus amigos estão ocupados com os meus, então parece que ninguém ira te salvar princesa. - Pegou-a pelo pulso.

- Não encosta em mim! - Tentou resistir puxando seu braço, mas estava presa, a parede contra suas costas era a prova disso.

Bulma notou que ele ia responder, mas uma explosão na garganta a fez gritar, o sangue do homem espirrou em seu rosto e ela notou uma mão atravessando o pescoço e segurando algo que parecia ser suas vertebras, seja para onde ele fosse, inferno ou céu, não saberia como chegou. A mão recuou e Bulma viu olhos vermelhos-escuros encararem o corpo cair e esmagar o que estava segurando.

- Ninguém toca na minha Bulma. - Olhou para ela e viu o medo, só que dessa vez o medo não era dele, mas sim do homem morto, se ela ficasse iria se machucar e talvez ele não pudesse salvá-la, tinha que lutar sem se preocupar ou seria pego. - Corre!

- Vegeta.

- Corre Bulma-

Homens acertaram um golpe nas suas costas, ela olhou para ele que ainda estava ordenando para que corresse, se ela ficasse só iria atrapalhar então é melhor sair do que ser um peso, correu em direção as escadas com as pernas tremendo a fazendo quase cair, se segurou no corrimão e olhou para Vegeta que lutava arrancando cabeças e partes dos corpos de seus adversários e deduziu que se fosse um tempo atrás ela nunca mais olharia na sua cara só que agora ela só... não se importava. Ele precisava matar e se ela tentasse impedir esse instinto, ela provavelmente seria morta também, com ela ele jamais sairia do controle porque ela mandava nele, ele mataria por ela e seria leal somente a ela, então não precisava ter medo apenas... cuidado, a lealdade pode ser uma faca de dois gumes.

Subiu com uma força que não era dela, talvez fosse a conexão deles e por isso ela se sentia mais forte, encontrou um painel com câmeras que mostrava mais homens correndo pelo corredor que eles haviam ficado presos, algum daqueles botões... achou! Apertou um botão e em seguida colocou um código que travou as portas de entrada para a arena, um vulto, na outra câmera ela pode ver Freeza correndo para escapar, ele não vai! Fez um caminho pelas cameras e achou uma bifurcação, havia um caminho mais curto para chegar até ela e ela não hesitou em ir atrás dele. Começou a correr, ela não tinha tempo para avisar então teria que fazer sozinha, as pernas falhavam e estava ofegante, mas ela não podia parar, uma cãibra no musculo da perna a fez falhar na corrida e mancar, estava doendo muito, só que não podia parar, continuou mancando usando a força de suas memórias ruins, das coisas que foi tirada dela e de seu parceiro e principalmente... seu filho. Um encontrão a fez cair e quando olhou para quem era achou Freeza suado e ofegante, ele sorriu e ela se arrepiou e ficou enojada, aquele homem era nojento, era um monstro.

- Quem é você?... Isso não importa, saia da minha frente.

Bulma se levantou abriu os braços e o impediu de passar, o homem não deixou de notar as contrações na perna, ela estava machucada e era sua chance, os saiyajins estavam na sua cola e ela pode ser uma boa isca. Ouviu os saiyajins chegando e ela olhou para eles, usou essa brecha para puxar a garota e a prender com seu braço, no coldre escondido puxou sua eagle branca e roxa e colocou contra os azuis suados do cabelo dela, em resposta os garotos pararam e Vegeta deu um passo a frente.

- Solte ela Freeza. - Rosnou.

Dentre todos.... Eu escolhi você (REVISÃO ORTOGRÁFICA E TEXTUAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora