Julgamento

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Sem ter o que pensar, sem saber o que fazer Vegeta apenas concordou e seguiu para a porta, cada passo era como se a gravidade puxasse seus pés para baixo e rasgasse suas pernas, cada distância percorrida era como uma batida a mais em seu coração, o ar sumia rapidamente de seus pulmões e parecia que a sala ao redor se comprimia, ele conhecia bem a sensação, era a mesma de quando cavalgava a toda para salvar seu irmão da morte, mas não estava cavalgando e nem salvando seu irmão, estava salvando algo mais precioso, o amor da sua vida, a sua âncora para a humanidade, sua metade, tinha certeza que se não vencesse hoje, suas vidas mudariam para sempre e não seria para algo bom.

As portas para a sala do tribunal estavam rodeadas de fotógrafos e câmeras pois ninguém no mundo havia conseguido colocar Freeza em um tribunal e isso era algo a ser documentado, claro que Vegeta não gostava de holofotes, mas naquele momento era um mal necessário para mostrar ao mundo que ninguém era invencível, ele até podia sentir o gosto da vitória, mas havia aprendido de uma forma amarga que saborear a vitória antes da hora então engoliu o gosto e voltou a caminhar. Os flashes, murmúrios e gritos o desorientavam de seu caminho, entretanto uma pergunta o fez parar e procurar o indivíduo.

-Sr. Vegeta? O senhor vai retomar o controle das empresas Saiyajin? Ou ainda vai deixar o Sr. Freeza dominar sua empresa como faz com sua vida?

Por mais que ele procurasse, o indivíduo não estava mais lá e como um bando de leões os jornalistas o atacaram com perguntas e flashes de fotos, claro que o desconforto era aparente pois os seguranças da sala fizeram uma espécie de parede para que ele pudesse chegar à sala em segurança e sem ser atacado, quando entrou na sala, diferente do lado de fora que era barulhento e ali era calmo e ele até conseguia ouvir o zumbido de uma mosca, era tão quieto e sereno que ele podia tocar seu coração batendo aceleradamente era tão vivido que quase podia tocá-lo, os advogados de Freeza lançaram um olhar similar ao que o caçador lança para sua presa e Freeza estava sorrindo como se toda a situação fosse algo premeditado e essa situação o fez fraquejar um pouco e quase no mesmo instante se lembrou dos motivos que estavam ali, sua mulher e seu filho cujo rosto nunca pode ver e essas lembranças e sensações o encheram de raiva e com essa raiva ele caminhou e se sentou à frente da banca em que o juiz ficaria e começou a ler os papeis que estavam a sua frente e não viu o tempo passar até que um homem de algum lugar pediu para que todos ficassem de pé para receber o juiz Whis, assim que todo o juramento da verdade e justiça foi executado os papeis do caso foram entregues e com uma passada rápida de olhar Whis percebeu rapidamente do que se tratava, respirou fundo e começou o julgamento.

- Iniciamos, neste momento, a instrução do processo aqui no Plenário do Júri. Esta instrução é uma coleta de provas na presença dos Senhores Jurados. Podemos ouvir as testemunhas, caso queiram o Promotor e o Defensor, e também ouvimos, obrigatoriamente, o réu. Existe alguma testemunha doutor?

-Sim, Meritíssimo. Chamo aqui perante todos a testemunha e vítima Bulma Briefs.

Assim que Bulma se levantou ela não se manteve firme para se manter de pé e quase caiu se não fosse segurada.

-Sua cliente está bem para continuar, senhor advogado? - O juiz estava se preocupou, a garota estava pálida com o rosto inchado e uma vermelhidão visível ao redor da pálpebra.

-Senhor Meritíssimo, minha cliente está visivelmente abalada e traumatizada pelas ações do réu para com minha cliente. 

-Existe alguém que possa falar pela sua cliente?

-Senhor, eu trouxe por precaução o psicólogo da minha cliente que vem a acompanhando desde criança até a maturidade. Peço que o deixe testemunha. 

Dentre todos.... Eu escolhi você (REVISÃO ORTOGRÁFICA E TEXTUAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora