O abraço de Bulma fica mais apertado e ela pode sentir a respiração de Gueta se acalmando, sentiu os braços dele apertarem seu corpo mais uma vez e soltar.
-Eu preciso te pedir uma coisa. O pen-drive que você usou para incriminar Freeza, eu preciso dele para colocar o canalha do meu tempo na prisão. - Seu braço coça as lágrimas incomodas de seus olhos secando a trilha que anteriores deixaram. - Eu preciso dele para tentar concertar as coisas no meu mundo.
-Tudo bem. Aqui está. - O pen-drive agora estava com uma corrente que ela depositou em seu pescoço e acariciou. - Salve seu mundo. Salve os que restaram, seja um guerreiro meu filho, seja um defensor das causas que acredita, seja um um saco de pancadas o quanto precisar, mas quando se levantar levante mais forte que eles, levante mais corajoso que eles, levante com intenções de destroçar seus inimigos, levante com a cabeça erguida, faça isso como seu pai fez, seja forte como seu pai, seja teimoso como seu pai e acima de tudo não seja seu pai. Seja um Saiyajin.
-Sim, Assa'taya.
-O que isso significa? - A confusão se espalhou por seu rosto e a vergonha cobriu a de seu filho. - Ei me fala, o que significa Gueta.
-Perguntei ao pai, ele vai saber te responder. - Sem saber como encarar a mulher cujo quis conhecer desde que nasceu uma profunda vergonha tomou seu rosto e a vermelhidão se espalhou para as bochechas e orelhas, afinal, ele somente sabia falar saiyan pelo seu pai e frequentemente não eram palavras faladas de forma carinhosa, mas sim irritada ou desaprovadora. A falta de esperança de conhecê-la e agora que a conheceu foi simplesmente um impulso que ele não pode controlar, seu pai já havia falado que o saiyan atraia saiyan e quando ele encontrasse alguém mais forte que ele seus instintos o tomariam e ele falaria coisas que o deixariam constrangido ou até mesmo envergonhado, agora pode ter a certeza que sua mãe não era alguém forte fisicamente a sua força vinha das palavras e da inteligência que possuía, pela primeira vez ele se sentiu completo, seu lugar era ali nos braços aconchegantes e quentes de sua mãe um refúgio que havia encontrado para tira-lo de seus problemas. Esse pensamento foi interrompido pelo tocar do relógio de seu pulso. - Essa não.
-O que houve?
-Eu, eu não sei. Eu tenho que voltar para casa, meu pai, ele, eu tenho que ir. - O medo e a insegurança estavam presentes na voz tremula do garoto. - Meu pai pode estar com problemas.
-Vai, você precisa salvar seu mundo e seu pai. Antes de tudo, uma foto. - O sorriu que abriu em seus lábios que pela primeira vez naquela semana era sincero. - Seu pai vai precisar disso.
-Tudo bem. - Diante da câmera ele ficou um pouco tímido, porém concordou a foto, antes que saísse ela pegou pelo braço e olhou. - O que foi?
-Você, eu... bom, eu quero gravar um vídeo para o seu pai e bom, eu preciso da câmera para isso.
-Ah sim, claro.
-Eu não vou demorar, vai ser rápido, onde eu encontro você depois daqui?
-Na porta dos fundos, a máquina do tempo está lá, ou carro do tempo, como você preferir.
-Tudo bem.
Não demorou muito para que ela saísse da sala e o acompanhasse para os fundos ao saírem da vista das pessoas ele percebeu que estavam sendo seguidos disfarçadamente ele olhou para trás e viu que seu pai estava os seguindo e seu rosto, seu olhar e até mesmo o jeito de andar estava igual ao de seu pai do seu mundo quando o estava punindo por alguma mentira ou quando fizesse algo que colocasse em risco a operação, precisava conversar com o seu pai e tentar explicar o motivo de estar ali mas não tinha o essencial para fazê-lo, aquilo que determinava a vida ou morte de alguém, a única coisa que se perdia e não se pode recuperar. Tempo.
-Se acontecer qualquer coisa com você eu-
-Não. - O olhar direcionado a ele o fez calar, a porta foi aberta e seu caminhar estava calmo. - Se acontecer qualquer coisa comigo eu levarei nosso segredo, você é meu filho e ninguém vai tirar isso de mim, mesmo que custe minha vida. Dessa vez eu vou te proteger.
Seus olhos azuis brilharam em uma chama que o assustou por um segundo, seu pai já havia falado dessa chama que o atraia para perto dela cada vez mais, puxando e puxando seu corpo sua alma e seu coração, era um porto seguro para todos os desamparados e desabrigados que procuravam por socorro e abrigo, seu pai, um assassino, um lutador, um sobrevivente, um ceifador, um djinn. A palavra o arrepiou todo as lembranças de uma chacina feita por ele quando tiraram sua tia deles, a última parte que o mantinha em sanidade, a memória de seu pai coberto de sangue estraçalhando homens que tinham famílias que sofreriam pelo luto e ficariam com raiva pela morte inesperada, a cena voltou a sua cabeça o djinn arrancando a cabeça e usando a coluna para arrebentar outros homens e destroçando partes do corpo para usar de objetos de ataque ou defesa, a cena revirou o estomago e transformou o doce em sua boca em um amargo tão azedo que precisou engolir o que quer que estivesse em sua garganta.
-Você está bem?
-Sim, eu só vi algo que me lembrou meu pai, quando não estava em seus melhores dias. No meu mundo as irmãs herdeiras da Capsule Corpo são apenas um nome a ser respeitado e uma lembrança do que já existiu, a empresa é apenas um nome para a última linha de defesa que defende a não prática de seres humanos que estão com pena de morte. Por conta disso o pai mudou muito, eu quase não consigo conversar com ele então eu, eu-
-Você queria que ele disse tivesse orgulho de você.
O sentimento irreconhecível que surgiu em seu rosto apertou o seu coração e novamente ela o tomou em seus braços como uma tentativa de consolar o pequeno que parecia tão perdido, uma criança chorosa que precisava desesperadamente de um colo e um abrigo, uma criança que vivenciou tantos traumas e ainda assim consegue sorrir como se nada pudesse o abalar e essa força, essa força de continuar firme enquanto todas as outras desmoronam essa força de vontade, ele herdou dela e ela ficou orgulhosa.
-Eu estou orgulhosa de você. - O sussurro calmo e sereno de sua mãe o fez abraça-la. Não demorou muito para que eles se separassem e tudo o que aconteceu tivesse que acontecer.
-E foi quando você apareceu brigando e insinuando que eu tinha traído você com meu filho! Meu filho Vegeta! Meu filho que em uma linha do tempo está vivo e lutando para proteger o seu mundo porque você surtou e matou todos e ele, nosso filho, meu filho, meu Vegeta V, está tentando concertar isso. Ele fez uma viagem que poderia tê-lo matado o que não matou, ele conseguiu um avanço tecnológico que eu não consegui e ele fez com treze anos. - O caminhar raivoso e a voz incontrolada dela anunciava a raiva e o descontrole, quando existe o descontrole e a raiva e se existe uma pessoa que não fora treinada a única saída era lágrimas e ela deixava as dela correr como um rio sem fim. - Por sua causa, meu filho, meu único filho tem que lutar todos os dias para salvar um mundo que está por um fio, meu filho Vegeta, meu único filho e a única coisa que eu amo mais do que você e você me acusa descaradamente de transar com ele?!
-Você queria que eu pensasse o que? - Ele avança também. - Você mal conseguia falar comigo, com sua irmã ou com seu pai e de repente eu te vejo saindo de uma sala com outra pessoa e milagrosamente você está sorrindo! O que você quer que eu pense Bulma? Você não falava comigo, você não me deixava entrar, você estava me afastando! Você estava me colocando pra fora, você estava me excluindo da sua vida. - Seus passos agressivos e curtos a fizeram recuar e parar na parede novamente. - Você me tirou da sua vida e outra pessoa entra e te faz sorrir como eu fiz, melhor do que eu fiz, então me diga, como eu vou reagir a isso? COMO? - O barulho de sua mão esmagando a parede e sua voz alta a assustaram, entretanto ela não se assustou ou recuou ainda mais, a chama que havia brilhado em seus olhos estava lá novamente a força que vinha de suas palavras o socavam e o colocavam no chão, a chama o consumia vivo e queimava sentimentos ruins que seu coração transbordava. - Não me olhe assim!
-Assim? Assim como? Com raiva? Com raiva de você? Com um sentimento que agora vive dentro de mim, o sentimento de proteger meu filho a todo custo, o sentimento de enfrentar um ninho de cobras venenosas só para pegar uma fruta que ele tem vontade de comer e me atirar na frente de um urso para protegê-lo, eu levaria tiros só para vê-lo sorrir, se ele quisesse o mundo eu daria de bom grado porque ele é meu filho e se protegê-lo significa ficar na sua frente vendo você agir como um ceifador comigo, eu fico, eu fico plantada aqui e você não vai ver nenhum pingo de medo. Por que eu amo meu filho.
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Dentre todos.... Eu escolhi você (REVISÃO ORTOGRÁFICA E TEXTUAL)
RomanceVegeta era um ser criado de uma experiência a qual seu pai havia feito para aumentar sua energia, para que ele fosse um ser superior a toda a raça humana. A sua empresa Sayajin, era apenas uma fachada, pois a sua empresa na verdade era uma base de T...