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— E se fossemos ao shopping? – pergunta minha melhor amiga ao levantar do sofá

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— E se fossemos ao shopping? – pergunta minha melhor amiga ao levantar do sofá.

Suspiro. — Não sei. Não estou muito afim.

— Vamos. Vai ser divertido, eu tenho certeza.

Tudo que eu queria agora era não fazer nada. Só ficar jogada em um canto da casa de Alice, mas ela não consegue ficar parada por muito tempo.

— Tudo bem então. Chamo um Uber?

— Não. Lucas está aqui e sem fazer nada. – reviro os olhos.

Ela sabe que Lucas e eu não nos damos muito bem, no máximo ficamos implicando um com o outro. Se bem que isso vai irritar ele. — Ele não vai querer ir.

— Relaxa, eu dou um jeito.

Ela sempre dá um jeito. Eu só espero que esse jeito não envolva uma briga dos dois e que eu não tenha que me meter no meio.

— Tudo bem. – digo e vamos direto para o quarto dela nos arrumar. No seu closet procuro alguma coisa pra vestir que seja melhor que a que estou agora. Está uma bagunça aqui e demora um pouco até que ache algo. Na verdade, o problema é que nossas roupas estão todas misturadas.

Sim. Eu tenho roupas aqui na casa dela e ela na minha. Muitas na minha casa, aliás.

Como meus pais viajam muito eu passo muito tempo aqui. Odeio ficar sozinha. A não ser que eu esteja muito cansada e querendo dormir. Gosto da casa de Alice, mas quando estou muito cansada prefiro a minha. Mil vezes a minha.

Aqui é legal o problema é que tem muita gente e barulho. Bom, pelo menos pra mim que vivo acostuma a estar sozinha, uma casa com quatro pessoas é muita gente.

Mas realmente amo ficar na casa dela e como ninguém da casa reclama eu não tenho motivos pra ir embora. Ninguém exceto Lucas, mas o idiota não conta.

Fomos praticamente criados todos juntos, nossas famílias são bem próximas o que deve explicar o fato de ninguém me expulsar.

Dez minutos depois estamos as duas prontas.

Morro de preguiça de me arrumar, por isso coloco a primeira coisa que encontro. Um short jeans de cintura alta, um cropped branco de renda e por fim coloco um tênis preto que nunca sai do pé.

Em frente ao espelho observo meus cabelos loiros e comprido, olhos claros e a boca carnuda e rosada. Pra mim estou ótima assim.

Alice por outro lado capricha mais ao usar uma saia preta de couro, um cropped cor de não sei o que, tênis branco e uma bolsa. Que por sinal é horrível, mas é de alguma marca que ela ama. Além disso, também está com óculos escuros e uma pulseira prata com pequenas luas.

Eu tenho uma igual. A dela foi presente meu. Nós as temos a muitos anos e não tem um significado especial, eu apenas gosto da lua e gostei das pulseiras no momento em que as vi.

Minha amiga é linda e fica ainda mais bonita em qualquer roupa que usar. Seus lindos e negros cabelos compridos chegam até abaixo do seio e seus olhos grandes e castanhos estão em perfeito contraste com a maquiagem clara que escolheu. Acho que o que mais gosto nela é o tom escuro da sua pele que no momento está brilhando por causa de alguma coisa que ela passou.

A parte mais fácil já foi, estamos prontas. Agora vem a parte difícil: fazer Lucas nos levar.

Ele até que é legal quando quer ser, mas mesmo sendo praticamente criados juntos não somos tão amigos. Gostamos mesmo é de implicar um com o outro e fazemos isso desde o momento em que nos conhecemos.

Eu já tentei ser amiga dele e no fim não deu em nada. Ele é bipolar. Eu nunca sei quando vai ser legal ou um idiota.

— Pronta? – pergunto a Alice que responde que sim e nós saímos do quarto.

Ok. Ela está crente que ele vai nos levar, mas não sei, não.

Paradas em frente ao quarto dele estou prestes a bater na porta quando ouço um barulho.

— Tá escutando isso? – sussurro.

— Sim, mas não pode ser o que parece. – ela sorri desacreditada. — Mamãe vai ficar puta da vida quando souber disso.

Ele só pode estar brincando, não é possível. Ele sabe que horas são? Pelo visto não.

O barulho aumenta e nos colamos o ouvido na porta pra ter certeza. Eca, gostaria de não ter feito isso. Tem uma garota gemendo o nome dele.

Isso é bem a sua cara.

— E agora? – questiono minha amiga.

— Vamos bater na porta, claro. Lucas sabe muito bem que minha mãe detesta quando ele traz garotas aqui sem avisar.

— É sério?

— Claro. Agora bate.

Ela está brincando né? Por que eu devo bater na porta e não ela?

Digo que não, mas ela é insistente. — Pensa só, ele vai ficar puto quando a gente interromper seja lá o que ele está fazendo aí dentro.

Ela tem razão, ele vai ficar com muita raiva. Mas vale a pena? Não, entretanto crio coragem e bato firme na porta. E só depois de bater é que penso que se ele ficar com raiva aí é que não vai mesmo levar a gente.

Você disse que não tinha ninguém em casa. – escuto a garota falando.

Não tinha, só Alice e Bia.

Alice bate novamente, dessa vez um pouco forte demais e em segundos ele abre a porta aparecendo apenas de calça jeans e com o cabelo todo bagunçado.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora