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Essa é uma boa ideia? Não, mas essa festa não vai rolar na minha casa

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Essa é uma boa ideia? Não, mas essa festa não vai rolar na minha casa.

Vou guiando Lucas durante todo o caminho até finalmente chegamos.

— Que lugar é esse? – pergunta Alice.

Tinha esquecido que nem ela sabia desse lugar.

— Eu vinha aqui com minha mãe e meu pai quando era criança. – digo enquanto saio do carro e andamos um pouco até chegar no lago.

O lugar é lindo. Um pouco no meio do mato, mas lindo. Árvores ficam ao redor de um espaço com grama verdinha e o lago a nossa frente é grande e tem a água clarinha.

Está calor o que é pra ótimo pra ocasião.

Todo mundo começa a se aproximar e trazer suas bebidas. Não demora muito até que todos já estejam totalmente animados. Pessoas passam de um lado pra o outro, conversando, rindo e bebendo.

Espera... Aquilo é... Não. Sim, trouxeram um barril de cerveja

Em que momento?

Essa festa com certeza não devia acontecer na minha casa.

Chego perto dos meus amigos e pra minha surpresa, Lucas me entrega um copo cheio. — Obrigada. – pego–o e bebo um gole. Vodca com alguma coisa de cereja.

O que ele está fazendo?

Tomo todo o líquido de uma vez só.

— Acho que todo mundo está gostando da festa. – diz Alice.

— Estão, embora essa festa nem devesse estar acontecendo. Só aconteceu por sua causa.

— Você não vai esquecer isso tão cedo, não é?

— Não, mesmo. – digo enquanto começo a tirar minha blusa e meu short, ficando apenas de calcinha e sutiã.

— O que você tá fazendo? – pergunta ela.

— Vou nadar. Sou a única ou mais alguém vai?

— Eu vou. – diz Lucas tirando toda a sua roupa.

Acho que não é uma boa ideia. O que ele tá fazendo, agindo como se nada tivesse acontecido?

Esse garoto quer me enlouquecer.

Nós dois entramos na água e ela está maravilhosa. Pessoas ao nosso redor pulam de uma pedra enorme e caem direto numa parte mais funda do lago, alguns apostam corrida, outros jogam algum jogo, risadas, gritos, álcool, pegação... É, acho que estão gostando.

Eu não nado tão bem, então peguei uma boia que encontrei largada e só saio da água quando começa a escurecer. Se bem que nem demorou tanto já que chegamos um pouco tarde aqui. Faz muito tempo que eu não vinha aqui, tinha até esquecido do frio que faz quando começa a escurecer.

Ando o mais rápido que posso até perto de Alice e quando finalmente chego, alguém coloca uma toalha encima de mim. — Valeu, eu estava precisan...

— De nada. – Lucas fala.

Estou totalmente perdida. A dias atrás não estávamos nem nos falando e agora ele está sendo... Legal? Se ele continuar assim vou acabar enlouquecer de vez.

— Quer carne, Bia. – pergunta Bruno.

— Ahm, sim. Quero, valeu. – respondo pegando o prato com carne e farofa.

Como foi que essa festa passou de uma festa por acaso pra uma festa no lago com churrasco? Em que momento resolveram trazer uma churrasqueira pra cá.

Já fizeram até uma fogueira enorme, acho que pra iluminar o local e ninguém sair por aí enfiando a cara no chão, que só agora eu vi. Ninguém nem sabia que iríamos vim pra aqui e do nada a festa está nesse nível. Com churrasco.

Adolescentes não tem limites.

Me conforta ainda mas saber que essa festa não está acontecendo na minha casa.

Me sento sobre uma toalha e começo a comer e beber com eles. Ok, tenho que admitir que está ótimo. Essa festa está melhor do que eu imaginei.

— Já, Bia? Está mastigando pelo menos? – Alice pergunta quando eu termino de comer

— Pra sua informação eu mastiguei. E eu estava pensando, será que ia ter churrasco na festa que você decidiu fazer na minha casa?

— Quanto tempo mais isso vai durar?

— Não sei. – digo e ela sorri.

Eu a amo e não estou com raiva pela festa, mas não vou dizer isso a ela. Pelo menos não agora

— Aqui, Bia. Seu prato está abastecido novamente. – Bruno me entrega o prato e eu abro um sorriso enorme.

— Obrigado. Isso está muito bom. E essa farofa, maravilhosa. Quem fez? – pergunto ao enfiar mais um pouco de carne na boca.

— Eu. – diz Lucas sentando ao meu lado com o seu sorriso perfeito e com sua barriga perfeita, assim como o seu cabelo, olhos...

Puta que me pariu.

É sério Beatriz? É sério?

Espera, em que momento ele fez essa droga de farofa?

— Ok, vamos conversar. – digo pra ele.

— Sério? – ele ergue uma sobrancelha.

— Sério.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora