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Eu tenho plena consciência de que provavelmente tudo isso vai dar em confusão

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Eu tenho plena consciência de que provavelmente tudo isso vai dar em confusão. Realmente não deveríamos estar fazendo isso, não enquanto não nos resolvemos. Porém eu não consigo parar e mesmo ele relutante, sei que também não vai conseguir.

Eu o beijo sem dar tempo para pensar ou falar mais alguma coisa.

Nosso beijo se encaixa perfeitamente. Caralho. Que beijo bom. Acho que é o melhor que eu já tive na vida. Não percebi o quanto eu estava com saudade disso, até agora.

Saudade dele.

Ou talvez eu soubesse, mas não queria admitir.

— Beatriz, espera... – ele sussurra.

— Esperar pra quê? – empurro ele na cama e o beijo novamente.

Ele aperta minha cintura enquanto segura um punhado do meu cabelo. Mordo seu lábio inferior e o puxo devagar. Ele apenas me aperta mais e solta um gemido.

— Eu não tenho certeza se isso é uma boa ideia. – diz já ofegante.

De novo isso de boa ideia, mal ideia.

— Com certeza, não é. – arranho sua pele. — Mas é o que nós dois queremos.

Enquanto o beijo, puxo ele devagar que se senta na cama comigo montada nele. Sem conseguir esperar mais, deixando o desejo tomar conta de mim e do meu corpo eu puxo seu moletom e passo as mãos na sua barriga.

Que barriga, que barriga.

Ele me olha intensamente enquanto seu peito sobe e desce irregular. — Beatriz...

— Lucas... – sorrio pra ele que apenas me deita novamente na cama, mas dessa vez ficando por cima de mim.

Seus beijos se intensificam e descem pelo o meu pescoço onde ele suga tão forte que tenho certeza que vai ficar manchado. Merda, vou ficar igual a última vez. Mas eu quero isso. Quero ele e tudo que ele pode me dar.

Passo os dedos por seus cabelos os bagunçando mais do que já estão. Ele traça uma trilha de beijos pelo meu corpo.

Não sei como, mas ele sabe exatamente onde pegar, onde tocar e onde beijar.

Sem me avisar ele levanta e eu acho que vai embora, mas não. Apenas tira sua roupa o mais rápido que consegue e por uma fração de segundo meu peito aperta quando penso que isso vai terminar mal. Porra, não é hora de pensar nisso.

Eu só tenho que aproveitar, cada minuto, cada beijo, cada toque, pois pode ser o último.

Nos beijamos novamente, mas suave, lento. Sinto todo o carinho que ele quer passar por esse beijo. O empurro pro lado e fico encima dele novamente.

Coloco as mãos no seu peito e fito seus olhos diferentes. Não está igual a todas as outras vezes em que me olha, está diferente. Antes eu só via luxuria e agora...

Ofegantes eu deito encima do seu peito enquanto o mesmo sobe e desce irregular

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Ofegantes eu deito encima do seu peito enquanto o mesmo sobe e desce irregular. Seus dedos passam pelo meu cabelo brincando com uma mecha rebelde enquanto eu tento apenas controlar minha respiração.

— Isso quer dizer que estamos bem novamente? – ele sussurra no meu ouvido.

— Não sei o que isso quer dizer. – digo ao me levantar.

— Vamos fazer tudo de novo?

Hesito por um momento e ele percebe. — Tudo o quê?

— Tudo isso. Não nos dávamos bem, transamos e tudo mudou. Então brigamos novamente, aí agora transamos de novo e vamos ficar bem? Sem uma conversa, sem admitir o que tá rolando? O que vamos fazer, afinal?

Merda, agora não.

Suspiro. — Nada, não precisamos conversar. Podemos apenas deixar as coisas do jeito que estão, sem drama, não precisamos complicar tudo. Nós transamos. Pronto, foi ótimo todas as vezes e pode continuar sendo. Não temos nada pra admitir.

Estou começando a achar que esse é melhor jeito que as coisas podem acabar pra nós dois, sexo e nada mais. Sem cobranças e explicações ou complicações.

Ele me olha surpreso. — É sério Beatriz? – merda, já está com raiva e eu nem fiz nada. — Não temos nada pra admitir, você tem certeza?

Que droga. Tudo o que eu não queria era isso, era todo esse drama idiota, eu não sou assim e não pretendo mudar. Ele sempre agiu da mesma forma que eu, sexo e pronto, porque diabos ele está cobrando tanto agora? Por que está sendo diferente comigo?

Caralho, não dá. Eu não queria conversar com ele por isso. Não quis falar a porra daquela garota por esse motivo, para não passar pro todo esse drama e agora ele vem exatamente o que eu não queria.

— O QUE VOCÊ QUER QUE EU ADMITA, LUCAS? EXATAMENTE O QUÊ? E VOCÊ, O QUE TEM PRA ADMITIR? – grito sem nem perceber.

Surpresa, raiva e tristeza aparecem no seu rosto. — Nada. Não temos, nada. – diz baixinho enquanto começa a sair do meu quarto ainda se vestindo.

Pego minha camisa e a visto antes de sair atrás dele. — Lucas, espera... – desço as escadas rápido e o encontro na cozinha. — Lucas, vamos conversar.

Ele para e me encara. — Agora você quer conversar? Eu achei que a única coisa que você queria era transar comigo. Até agora foi só o que aconteceu, você me usou. Eu esperava isso de qualquer outra garota com quem eu já fiquei, afinal por trás de toda a faixada de garota apaixonada era só isso o que elas queriam, o sexo, mas não admitiam. De você eu nunca esperei.

Merda.

— Desculpe se você está se sentindo assim, não era minha intenção. Eu só...

— NÃO! PARA BEATRIZ! SÓ PARA? – ele abre a porta de trás e saí pra fora, mas para antes de continuar a falar: — Eu realmente gosto de você... Não quer saber? Na verdade, eu acho que te amo e é por isso que não podemos continuar com isso. – fico sem reação alguma para o que ele acabou de dizer. — Só me procura quando você souber o que sente ou quando você estiver pronta pra admitir o que tem tanto medo. – e simples assim ele vai embora.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora