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Acho que vim pra cá com Lucas era tudo o que eu precisava

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Acho que vim pra cá com Lucas era tudo o que eu precisava. Um tempo longe de todos os meus problemas. E admitir algo que devia ter admitido a muito tempo, mas era orgulhosa demais pra isso.

Posso definir a noite de ontem com apenas uma palavra: perfeita. É claro que finalmente conversamos, e muito, sobre tudo. No fim das contas decidimos deixar as coisas acontecerem.

Eu ainda tenho que conversar com os meus pais quando chegar em casa, só espero que eles não tenham ido embora novamente. A nossa formatura é daqui a algumas semanas, Lucas tem quase certeza da sua viagem de um ano e eu sinceramente não sei o que quero fazer.

As pessoas dizem pra nós preparar pro futuro, estudar pra depois vim a faculdade e o trabalho. Mas e se eu não souber o que quero fazer? Eu não posso fazer algo de que não gosto ou vou me arrepender, afinal é pro resto da minha vida. E também não quero sair pulando de faculdade em faculdade, começar uma coisa e parar antes de terminar.

Ou eu começo e término, ou pra que eu comecei?

Talvez eu esteja sendo hipócrita, mas... Enfim, vai ser apenas perda de tempo sendo que eu poderia estar fazendo muitas outras coisas. Eu realmente não sei o que fazer, mas acho que...

— Bom dia, linda! – Lucas me puxa pro seu abraço.

— Bom dia! – me aconchego nele. — Nós meio que estamos atrasados.

Ele me empurra ficando encima de mim. — É sério? – pergunta e eu digo que sim com um sorriso no rosto. — Eu acho que não tem problemas se a gente se atrasar mais dez minutos, o que você acha?

Passo a mão no seu rosto e o beijo. — É, acho que não tem problema. Mas que tal começar esses dez minutos embaixo do chuveiro?

Ele sorri e rápido tira o lençol de cima de nós dois enquanto me pega no colo e me leva em direção ao banheiro.

Os dois sorrindo como idiotas.

Termino de vestir a saia e o cropped, que Lucas comprou, e arrumo meu cabelo

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Termino de vestir a saia e o cropped, que Lucas comprou, e arrumo meu cabelo. Ele já arrumou as nossas coisas e levou pro carro.

— Pronta?

Sorrio olhando pro garoto que me deixa maluca. — Pronta.

Saímos do apartamento e vamos direto pro elevador. Ele passa o braço pelo meu pescoço e eu passo o meu pela sua cintura. Como sempre lindo, com uma camisa básica preta, um short claro, seu tênis de sempre e um óculos escuros que eu não sei de onde ele tirou.

— Eu tenho que entregar a chave a uma garota. – ele diz e dar um beijo no topo na cabeça.

— Que garota?

— Esqueci o nome dela. Só sei que ela vai estar esperando lá embaixo, acho que ela é cunhada do meu primo. Sei lá.

Quando finalmente chegamos e o elevador abre damos de cara com uma garota linda de cabelos cacheados e pele bronzeada

— Lucas? – ela pergunta surpresa.

— Sim, você é a amiga de Dylan?

— Sim, sou eu. Eu estava indo encontrar vocês agora pra dizer pra deixarem a chave no apartamento do meu namorado. Vocês já estão indo?

Ela é parece simpática.

— Estamos, aqui a chave. – ele a entrega o pequeno objeto.

— Vocês têm certeza que não querem ficar e aproveitar mais um pouco? Daqui a pouco estou indo pra praia junto do meu namorado, minha irmã e a namorada. E depois vamos conhecer um lugar incrível que abriu aqui perto.

Sorrio pra ela. — Não podemos. Nós temos que ir. – digo.

— Ah, que pena. Bom, quando quiserem aparecer sabem onde me encontrar. Eu me chamo Marina.

— Claro, qualquer dia aparecemos novamente. Essa é Beatriz, minha namorada.

Namorada? Como assim namorada?

Nos despedimos de Marina e vamos para a garagem em direção ao seu carro. Lucas abre a porta pra mim, mas eu dou a volta. — Eu dirijo. – digo.

Ele me olha desconfiado. — Não acho uma boa ideia.

— Eu dirijo. – estreito o olhar e repito.

— Tudo bem. – diz e entra no carro.

Minutos depois já estamos voltando pra casa.

Nossa, esse carro é maravilhoso. Eu disse que iria dirigir ele um dia e olha só. É claro que eu não disse a Lucas que não tenho tirei minha carteira de habilitação, ainda. Mas ela vai sair e pelo menos já é um treino, certo?

Não tem muitos carros na estrada, um ou dois perdidos entre nós. Quanto será que esse carro corre? Coloco um pouco mais de força no acelerador e, caralho. Corre muito.

— Bia... – Lucas me repreende me olhando assustado. — Não faz isso.

Sorrio olhando pra ele. — Você está com medo?

— Olha pra frente. E não é medo, é só que não temos pressa de chegar em casa.

Olho ao nosso redor e não vejo carro nenhum, então acelero novamente. — BEATRIZ... – ele grita e eu diminuo a velocidade. — Como foi que você conseguiu tirar a carteira de habilitação?

Droga.

Se eu não responder nada, ele esquece. — Bia?

É, acho que não esquece. — Não posso ficar conversando, preciso me concentrar na estrada.

— Beatriz...

— Eu, bem... Não tirei, ainda.

Ele fica parado me olhando, acho que buguei o garoto. — Para o carro.

— Não, relaxa. Eu sei dirigir, só não tenho a carteira ainda.

— Beatriz!

— Lucas!

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora