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Odeio as manhãs

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Odeio as manhãs.

Sinceramente quem as inventou?

Não consigo abrir os olhos e muito menos me levantar. Está tão bom aqui. Quentinho e aconchegante.

Espera aí, que horas são?

Finalmente abro os olhos e tento pegar meu celular que está na cômoda ao lado da cama, mas não consigo. Por quê? Porque Lucas está dormindo mais encima de mim do que na cama.

Droga.

Bem devagar eu o empurro pro lado e consigo me soltar dele. Pego o celular e caralho...

Uma hora.

Como conseguimos dormir tanto?

Pelo visto descontamos o cansado de todos os dias que passamos aqui, hoje.

Droga, droga, droga.

O dono da chácara foi claro e disse que precisávamos sair daqui antes das quatro e ainda temos que arrumar nossas coisas e deixar a casa do jeito que a encontramos.

Merda.

Levanto rápido e chamo Lucas, mas ele não acorda. Isso é hora de dormir igual pedra?

Chamo e nada então como uma pessoa normal dou um tapa na cara dele. Acho que foi mais forte do que eu pretendia, pois ele acorda na mesma hora. Um pouco alterado. — Caralho, que merda é essa? – ele levanta rápido.

— Estamos atrasados e se não cuidarmos agora só chegaremos em casa à noite.

Começo a pegar minhas coisas e jogar encima da cama.

— Você me bateu?

Paro imediatamente. — Talvez?

— Você me bateu. – diz surpreso, mas não com raiva. — Droga, Beatriz. Você me bateu.

— Sim, bati. Desculpa, te compenso depois... – puta que pariu. Não deveria ter dito isso. — Quer dizer... Não recompensar... Só desculpa.

— Não. Você disse que ia me recompensar, então vai. E eu vou cobrar. – ele levanta e vem até mim, seu olhar afiado passando por todo o meu corpo que está apenas com a camisa dele. Sinto seu olhar me queimar, mas eu me afasto. — Ah, Lucas. Esquece isso e cuida. Vou acordar Alice. – saio do quarto o mais rápido que consigo já que nem eu sei o que poderia ter acontecido naquele quarto depois do jeito que ele me olhou. Depois do jeito que senti eu corpo quente e querendo o dele.

Merda.

Bato na porta de Alice. Silêncio total. Bato de novo e de novo até que finalmente ela abre a porta. — Caralho, Bia. O que foi?

— Já viu a hora? – pergunto e ela diz que não. — Então, já é uma hora.

— Merda.

Com isso volto para o meu quarto rápido e já entro no banheiro e começo a tomar banho até que escuto batidas na porta. — Beatriz. Abre a porta.

Porra, cada vez gosto mais do meu nome na sua boca?

— Eu estou tomando banho.

— Eu sei. Abre pra eu tomar banho com você.

— Não se não vamos nos atrasar mais.

— Vai, Beatriz. Só um banho.

Suspiro. — Lucas, nunca é só um banho. Já saio.

Continuo meu banho enquanto ele fala alguma que não entendo por causa do barulho da água. Minutos depois termino e saio do banheiro. — Pronto, garotão. Pode tomar o seu agora.

Ele entra no banheiro com a cara feia e não diz nada. Que ótimo, era só o que faltava.

Me enxugo o mais rápido que consigo e visto um short jeans de cintura alta e uma blusa preta de alcinha. Coloco um chinelo nos pés e saio do quarto.

Alice e Bruno já estão lá em baixo.

— Então, vamos começar? – pergunto.

— Vamos começar. – respondem em uníssono.

Começo a arrumar a cozinha enquanto Bruno limpa a bagunça na sala. Minutos depois Lucas desce e vai ajudar o amigo. Passamos um tempo arrumando e casa e finalmente ela fica pronta.

Nem parece que estivemos aqui.

— Hora de arrumar nossas coisas. Vamos, Bia. – Lucas me chama e eu subo com ele.

Começo a tirar minhas coisas do guarda roupa e a arrumar tudo. Mentira. Na verdade, eu só jogo tudo dentro da mala mesmo. Não tenho tempo de ficar dobrando e arrumando cada peça de roupa.

Lucas faz o mesmo, entretanto o dele meio que já estava tudo dentro da mala. Enquanto ele vai no banheiro pegar os nossos produtos de higiene eu pego a camisa dele de cima da cama e jogo dentro da minha mala.

Eu disse que não ia devolver e até agora não achei a minha, então esse vai ser meu novo pijama.

Ele volta com as coisas e eu jogo tudo junto das outras coisas. Tive que trazer minha mala e mais uma de mão por causa de toda a decoração que Alice e eu trouxemos.

Quando terminamos de arrumar tudo eu vou para o carro. Lucas está até agora sem dizer uma palavra. Será que fiz alguma coisa que ele não gostou?

Bem, problema dele. Se eu fiz era só vim falar comigo.

— Eu não vou dirigir. Toma. – Bruno joga a chave do carro pra Lucas que quase a deixa cair.

— Eu dirijo. – digo animada.

— Não mesmo. Eu dirijo. – Lucas praticamente cospe.

— Mas eu sei dirigir. – retruco.

— Mas você não vai encostar no meu carro.

— Idiota. – tudo bem. Não vou dirigir hoje

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora