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Sabe, agora eu vim perceber que eu não estou vivendo

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Sabe, agora eu vim perceber que eu não estou vivendo. Estou só existindo mesmo. Cansaço não sei mais nem o que é. Já passei dessa fase a um tempo.

Toda a festa acabou, está todo mundo indo arrumar a bagunça em que a casa está. Afinal, não podemos entregar ela com a zona que está agora.

Faz um tempo que cansei da piscina e fiquei deitada na espreguiçadeira. Na verdade, eu dormi. Sim. Eu dormi pegando sol. Ainda bem que tenho uma melhor amiga pra cuidar de mim.

Ela me acordou antes de eu virar um camarão.

Sentada no sofá do lado de fora da casa enquanto como um pedaço generoso de bolo apenas observo cada um fazendo uma coisa diferente.

Acho que Anderson quem ficou com a pior parte, limpando o chão que está cheio de tinta e outras coisas. — Aí, você não vai fazer nada? – ele me olha e ergue a sobrancelha.

— Com certeza. Vou continuar sentada aqui te vendo trabalhar e só no último minuto é que vou fazer minhas tarefas, ainda tenho um dia inteiro aqui. Bolo?

Ele chega perto de mim e come o bolo que eu estava prestes a enfiar na boca.

— Você é abusada, hein, garota. – sorrio e pisco pra ele. Nesse momento nossos amigos chegam perto de nós falando sobre a festa... — Foi ótima. – diz Ingrid e todos concordam. — Mas acho que quem aproveitou mais foi a Bia.

— Sim, aproveitei demais. – lambo um pouquinho de bolo que ficou no garfo.

— Deu pra perceber. – ela murmura.

— Por quê? – pergunto curiosa com sua resposta.

— Bom, por causa de todos esses chupões em você.

Sério? Achei que não ia precisar falar sobre isso.

— Agora que eu reparei. – Letícia entra na conversa. — Você já estava com isso quando a gente chegou?

Começo a morder a ponta do garfo e olho rápido pra Alice que parece tensa, enquanto Lucas age como se nada tivesse acontecido.

Claro que ele agiria assim, adora quando todo mundo sabe a última garota que ele pegou.

Quando vou responder sou interrompida por Ingrid: — Se você estava tentando esconder eles, não conseguiu.

O deu nessa garota ultimamente?

— Não, Ingrid. Pelo contrário. Não estou escondendo nada e muito menos ligo se alguém viu ou deixou de ver.

— Certo. Mas então foi Marcos quem fez isso tudo?

— Com certeza não foi. – Lucas resmunga. Não sei se ele tentou falar baixo e falhou ou se fez de propósito.

E novamente Letícia entra na conversa com sua curiosidade. Porra, Letícia. — Como você sabe?

— Sei apenas de olhar na cara dele e saber que ele não faria isso.

Que desculpa mais esfarrapada. Ele não tinha outra coisa pra dizer não? Qualquer outra coisa.

— Então foi ou não foi o Marcos? Eu achei que vocês estavam juntos.

Droga, Ingrid. Você está chata ultimamente, hein garota

— Não, não foi ele e também não estamos juntos. Ficamos as vezes e só, mas também não importa quem foi. – levanto e começo a ajudar Anderson. — Vamos terminar isso logo ou vocês não saíram daqui hoje.

Merda, Lucas.

Filho da puta. Tudo o que eu menos queria era que alguém soubesse da gente e então ele vai e faz essa palhaçada.

Depois que tudo está arrumado nem parece que demos uma festa aqui, sem contar com hoje e ontem cedo

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Depois que tudo está arrumado nem parece que demos uma festa aqui, sem contar com hoje e ontem cedo. Claro.

Amanhã teremos poucas coisas pra arrumar.

Vou para um dos quartos onde estão Letícia e Manoela e as ajudo a arrumar as malas.

— Garota! Pra que tanta coisa? Você não passou nem dois dias. – pergunto a Letícia.

— Isso é tudo o que eu precisei, Bia. – responde ao se sentar encima da mala enquanto eu tento fecha-lá.

— Está quase... Só mais um pouquinho e... Foi. Consegui fechar. Quer que eu leve lá pra fora?

— Sim, obrigada. Entrega ela a Anderson que ele vai colocar no carro.

Anderson?

— Achei que você tinha vindo no carro com Ingrid.

— E vim, mas vou voltar com o Gustavo, Manoela e Anderson. – olho pra ela e solto um sorriso. — Não me olhe assim, Beatriz. Não é nada demais.

— Se você está dizendo.

Pego as malas dela e vou até onde Anderson está arrumando tudo dentro do carro. A mala está pior do que parecia quando estava lá em cima.

— Meu carro já está lotado. Não dá pra ir mais ninguém comigo.

Como está lotada se só vão quatro pessoas?

— Relaxa. Essa mala é de Letícia.

— O quê? – ele arregala os olhos. — Ela não já deixou uma dentro do carro. Ela trouxe o guarda-roupa?

— Provavelmente. Mas em compensação ela estava gata, não estava?

Ele solta um sorriso de orelha a orelha e diz que sim enquanto suspira.

Sabia.

— Ah, Bia. É sério? Me deixa em paz. Vai embora atrás de quem te deixou toda marcada e me esquece.

Sorrio ainda mais da sua reação e assim já despedimos.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora