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Está tarde e eu deveria estar dormindo, logo vai amanhecer e ainda tenho coisas pra arrumar

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Está tarde e eu deveria estar dormindo, logo vai amanhecer e ainda tenho coisas pra arrumar.

Deitada na cama com Alice, eu rolo de um lado para o outro. A cada momento eu penso em uma coisa diferente. Minha cabeça está a mil com essa festa.

Talvez se eu tomar um copo de água isso vai passar, o problema é que eu não quero acordar ninguém.

Levanto da cama com muito cuidado e dou leves passos até a porta. Saio do quarto e desço as escadas. O chão está frio, assim como a casa. Se bem que minha roupa não está ajudando muito.

A camisa que estou vestindo é bem larga e comprida, peguei de Marcos um tempo atrás, por baixo da camisa estou apena de calcinha deixando minhas pernas e braços descobertas.

A casa toda está silenciosa, o vento que entra pela janela fazendo as cortinas balançarem e a única luz que ilumina a sala é a da lua, que está linda por sinal. Porém mesmo com essa luz fraca não consigo enxergar muito bem, então ando devagar em direção a cozinha. Se eu bater em algum desses vasos chiques e feios de tia Lúcia, ela me mata.

Estou até indo bem, mas sem querer esbarro em algo.

— Puta que pariu. Que susto. – digo quando uma luz se acende, é uma luz bem fraca provavelmente vindo do led embaixo do armário.

— Que susto digo eu, Bia. Tá maluca? Tá fazendo o que acordada ainda?

É, não bati em algo, mas sim alguém.

Tinha que ser ele.

Droga, não estou com vontade de discutir agora. Só quero beber água e ir dormir. — Achei que não ia dormir em casa, afinal você não deveria estar com sua namorada? – não consegui me segurar.

— Você sabe muito bem que não tenho namorada. E não quero uma.

— Ok, então.

— Você ainda não falou o que está fazendo acordada a essa hora.

— Não é da sua conta. – respondo e tento passar para ir até a geladeira, mas ele fica parado na minha frente. — Caralho, Lucas. Sai da frente.

— E se eu não quiser sair?

Ele está muito próximo de mim, tapando minha passagem. Só pode estar brincando.

Sinto sua respiração perto do meu rosto.

— Vai me beijar ou o quê? – pergunto brincando, mas a resposta que recebo não parece brincadeira. — Sinceramente, eu queria. E você, quer me beijar? – ele se aproxima um pouco mais.

O quê?

Caramba, o que é que ele está fazendo?

Eu nunca nem cogitei a possibilidade de ficar com ele. Ok, talvez já tenha pensado nisso uma ou duas vezes. Mas ainda assim com certeza não seria uma boa ideia

Ele consegue chegar ainda mais perto de mim e só agora vejo que está sem camisa exibindo a boa forma da qual eu nunca havia prestado atenção. Ele é bem forte. Gostos... Para com isso, Bia. É o Lucas, aquele Lucas imbecil.

Ele sorri pra mim. Seus olhos azuis brilham e me olham com algo diferente, não é raiva ou implicância como todos os dias, mas... Desejo, talvez?

Eu estou ficando louca?

Só estando a centímetros de distância é que percebo quão lindos são os seus olhos combinados com seus cabelos claros.

— V-você quer? – gaguejo.

Merda. O que está acontecendo comigo?

Ele coloca uma mão na minha cintura me puxando para junto de si. Tudo acontece rápido e quando vejo ele me virou em um só movimento deixando-me entre ele e o balcão da cozinha americana de Alice.

— É tudo o que eu mais quero agora. – responde encostando sua testa na minha.

Caralho, caralho, caralho. Ele está falando sério ou só tá jogando comigo?

Bem, se está jogando ou não eu não tenho nada a perder. Então por que não?

Olho nos seus olhos e vejo que por um momento sua atenção foi toda para a minha boca enquanto eu sussurro: — Então beija.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora