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— Eu acho que você deveria falar com ele

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— Eu acho que você deveria falar com ele. – diz Alice enquanto folheia uma revista.

— Não sei, não. Não temos o que falar.

— É claro que tem. Você gosta dele, ele gosta de você. Porque tem que ser sempre tão difícil entre vocês dois?

Deito na minha cama e suspiro. — Não sei. Mas é assim. Eu tenho outras coisas pra pensar também, já esqueceu que as aulas estou chegando ao fim. Temos tanta coisa pra ver antes de eu decidir qualquer coisa. Ainda tem os meus pais que não voltaram desde a última viagem deles. Sinceramente, eu não sei se quero mais um problema.

— Uma hora ou outra essa história vai ter que ser resolvida.

— Será? Tenho certeza que posso adiar isso mais um pouquinho. Mas me conta como está indo toda à preparação da formatura.

— Não preciso dizer nada a você. Esqueceu que não sou só eu quem está organizando?

Merda. Verdade, eu também estou. Embora não tenha participado muito ultimamente.

— Que droga. – digo ao me levantar. — Estou com fome, vamos pedir alguma coisa?

Ela me olha e não demora muito pra rir de mim. — Você está sempre com fome. Eu peço a comida e você escolhe um filme pra gente assistir.

Quem nunca está?

Esse é um dos meus programas favoritos. Comer e ver um filme com a minha melhor amiga. Nós duas descemos pra sala e eu me sento no sofá enquanto ela mexe no telefone.

A semana passou rápido junto com as aulas ultimamente. Nem dá pra acreditar que é uma sexta à tarde e não estamos nos arrumando pra alguma festa.

Sempre estamos numa festa. Eu não acharia ruim estar em uma agora.

Acho que ultimamente todo mundo anda ocupado e preocupado com o fim das aulas, afinal é o último ano. Todos os pais estão mais presentes e no pé de todo mundo.

Depois de demorar quase vinte minutos pra fazer o pedido Alice finalmente vem e senta do meu lado.

— O que você pediu?

— Pizza. – ela diz e pisca rápido. Sinal de que está escondendo alguma coisa.

— Alice o que você fez?

Ela não responde e nem tem como, pois, a campainha toca e eu me levanto pra ver quem é.

Puta que pariu.

Não, não, não, não, não.

Saio pra fora e vejo a quantidade de carros na rua.

Como assim?

— Merda. – ela diz chocada. — Desculpa, amiga. Eu chamei só a nossa galera, que chamou outra galera e que chamou outra galera.

— Puta que pariu.

As pessoas começam a descer dos carros e estou tão perplexa que não sei em que momento Bruno e Lucas chegaram perto de nós.

— O que tá acontecendo? – pergunta Lucas, próximo demais de mim.

— ALICE, SUA FILHA DA PUTA. – grito.

Anderson chega perto de nós junto com Gustavo, Manoela e Letícia. — É aqui que vai ser festa?

— Não, não é mesmo. – digo.

— Como assim? Alice disse pra gente vim pra cá. – Manoela diz e eu só consigo olhar pra Alice pronta para apertar o seu lindo pescocinho.

— É, só que eu chamei vocês e não todo mundo.

— Alice, se tem festa todo mundo vai. – diz Gustavo.

Droga.

— Não podemos fazer a festa aqui. Não posso, meus pais vão me matar.

— Eles nem estão em casa. Alice já nos disse. – Letícia diz.

Mais um item a adicionar a lista de motivos para matar minha melhor amiga.

— Sim, mas os pais de Alice estão. E se eles mesmos não acabarem com a festa, vão avisar os meus pais.

Anderson chega mais perto e me olha. — Escuta. Não tem como a gente mandar todas essas pessoas de volta pra suas casas. Hoje é sexta e eles querem festa.

— Desculpa, mas essa festa não vai rolar na minha casa.

— Você não está entendendo, Bia. Eles vão nos massacrar. Todo mundo saiu de casa pra ir a uma festa e agora temos que dar essa festa a eles. Se a gente não fizer isso, não vamos mais em nenhuma. – ele faz uma pausa e diz: — Não importa onde essa festa vai rolar, mas ela vai ter que acontecer.

Caralho.

— Ok, ok... – o que eu vou fazer? Pra onde vou levar todas essas pessoas? Merda. Mais algumas pessoas se aproximam. Já sei, é claro. Já sei. — Eu conheço um lugar. Um lago, quem não gosta de uma festa na piscina.

— Mas você acabou de dizer que era num lago. – Anderson parece prestes a perder a paciência que nem tem.

— Bom, tudo tem água, não é? – começo a rir nervosa. — E quem não quiser ir então que vá pra casa. Alice, como nós vamos?

— Não sei. Você quem teve a ideia de mudar a festa.

— Mas foi você quem queria fazer na minha casa, sua maluca. – a fuzilo com um olhar.

— Eu levo vocês. – Lucas diz.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora