044

214 15 0
                                    

Como era o esperado, Alice não falou nada sobre o que aconteceu quando eu fui atrás de Lucas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Como era o esperado, Alice não falou nada sobre o que aconteceu quando eu fui atrás de Lucas. O que não quer dizer que ela não sabia o que eu tinha presenciado e eu fico muito grata por ela não ter dito nada, embora o caminho até em casa tenha sido cheio de tensão.

Quando chegamos em casa, ela me chama pra dormir com ela, mas sinceramente no momento eu só quero minha cama. Não dou tempo de ela entrar em casa e já vou em direção a minha, mas paro quando Lucas fala: — Escuta, eu queria te dizer que aquilo que você viu...

— Você não me deve explicações. – o interrompo.

— Eu sei, mas eu quero explicar.

O que ele acha que está fazendo?

— Caralho, Lucas. Não dificulta as coisas. Eu não preciso saber o que aconteceu lá. Você é grandinho, sabe o que faz e não me deve explicações.

Eu estou dificultando as coisas? – ele tem algo no olhar, mas não sei bem o que é. Parece raiva, mas é algo mais.

— Lucas. Vai pra casa, toma um banho, deita e dormi. É o que eu vou fazer.

Continuo andando, mas ele não desiste e vem atrás de mim. — Espera, vamos conversar.

— Aí, me dá um tempo. Só um tempo. Eu só queria ir pra casa, tomar banho e deitar.

— Ok. Tá bom. – ele volta pra casa dele e eu entro na minha.

Sem meus pais aqui a casa é silenciosa. Se eu já não estivesse acostumada com isso, não entraria aqui sozinha.

Nem acendo as luzes, apenas subo pro meu quarto que por sinal está uma zona. Tiro minha roupa e coloca junto das outras sujas, preciso lavar elas urgentemente. Daqui a pouco estou sem roupas pra vestir.

Mas não é só nessas horas que as lavamos? Quando não tem mais nenhuma?

Um tempo depois e de banho tomado, visto a camisa de Lucas e me deito na minha cama fofinha e cheirosa. Estou tão cansada. Só quero dormir. A quem eu quero enganar? Tudo que se passa na minha cabeça agora são as noites que passei com Lucas na chácara.

O calor, o fogo, nos dois suando, sua boca na minha, nossas respirações...

Estou tão concentrada em tudo, no que aconteceu que parece que ele está aqui. Com as mãos na minha cintura.

Merda, já estou sonhando? Acabei de deitar.

Não importa, eu só quero relembrar de tudo e...

— Bia? Está sonhando? – ouço Lucas falar.

— Aaaaaaaa. – grito. — Que merda, seu filho da puta. Seu desgraçado, quer me matar? – começo a dar tapas nele, mas logo ele segura minhas mãos me impedindo de bater mais.

— Desculpa. Eu te chamei e você respondeu, mas depois parecia que não estava me escutando mais.

— O quê? Que horas? Você só pode estar maluco e quem te dei permissão pra entrar aqui? – pergunto puxando minhas mãos do seu agarre.

Ele senta e me puxa pra sentar ao seu lado, finalmente me soltando. Está tão cheiroso.

Acho que faz pouco tempo que tomou banho. Acendo a luz do abajur, que é fraquíssima, e ele está com os cabelos molhados e veste um short e um moletom.

— Antes de entrar no quarto eu bati na porta e te chamei. Achei que podia entrar já que você falou meu nome.

Suspiro. — Você é um idiota. Não deveria nem ter entrado na casa imagina no meu quarto.

— Desculpe, eu não estava conseguindo dormir por isso vim falar com você e... – ele para de falar e me olha antes de continuar: — Essa é a minha camisa?

— Não. – respondo sendo nem um pouco sincera e ele sabe disso.

— Sim, é sim. Eu procurei ela feito doido depois que voltamos da chácara. Por que está usando ela?

Bom, porque até hoje eu não sei onde a minha foi parar e também gosto de sentir o seu cheio que a impregnou e não saiu mais, mesmo eu tendo lavado ela. É, acho que não é uma boa ideia falar isso.

— Não é a sua camisa. – minto novamente, a cara nem treme.

— Beatriz, é a droga da minha camisa.

É, não tem como mentir mais. Suspiro e levanto. — Tudo bem, é a sua camisa e eu já ia te devolver. É só que eu não achei a minha, deve ter ficado na chácara.

Um sorriso malandro aparece no seu rosto. — É, com certeza deve ter ficado lá.

O que ele está escondendo?

— O quê você sabe sobre a minha camisa?

— Nada.

— Lucas.

Ele respira fundo e me olha, o sorriso sumiu. — Talvez eu tenha ficado com ela e a jogado fora.

— O quê? Você é idiota? – como ele pôde pegar algo meu e jogar fora? — Isso é roubo, sabia?

— Que roubo o que, Bia. Você está com aninha camisa, então acho que fizemos uma troca.

— Eu ano quero sua camisa, inclusive, como eu disse, vou te devolver.

— Pode ficar.

— Não quero, aqui, pode pegar. – digo e em um puxão tiro a camisa do meu corpo e jogo na cara dele que permanece parado me olhando.

Não tinha entendido porque dele tanto me olhar até que ele fala: — Bia, você está pelada.

Olho pro meu corpo e, merda, tinha esquecido desse pequeno detalhe. Contudo, gosto da cara que ele está fazendo agora. — Não é nada que você já não tenha visto antes.

Ele pisca um pouco rápido e respira fundo antes de falar: — Podemos conversar?

— Não temos nada pra falar.

— Temos sim e você sabe disso. Eu até tentei te dar um tempo, mas não conseguo.

Na verdade, precisamos conversar mesmo. A nossa última conversa não foi tão legal. — Tudo bem, vamos conversar.

Espero ele falar alguma coisa, mas nada sai da sua boca. — Então, vamos conversar ou não? – pergunto impaciente.

— Vamos, mas será que você pode se cobrir?

Sorrio. — Por quê? Está preocupado com o que pode acontecer se eu continuar nua? – me aproximo dele e o sinto estremecer.

Bia, Bia, Bia. O que você está fazendo, sua idiota? Não já está tudo ferrado?

Se bem que não séria uma mal ideia termos uma última noite juntos e aí depois seríamos amigos ou voltaríamos a nos ignorar.

— Beatriz, não brinca comigo. Você não vai querer fazer isso.

— Quem disse que eu não quero. – me aproximo ainda mais e sussurro em seu ouvido: — É o que eu mais quero no momento.

— Beatriz... Não faz isso, por favor. A gente precisa conversar.

Estamos a centímetros um do outro. Um movimento e nos beijamos.

Apenas um.

— Essa conversa pode esperar, não acha?

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora