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Mal tenho tempo de termina de falar e ele já cola sua boca na minha

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Mal tenho tempo de termina de falar e ele já cola sua boca na minha. Ele me beija cheio de vontade, suas mãos deslizam pelo meu corpo e mesmo estando por cima da minha blusa, isso me causa arrepios e sensações das quais eu nunca imaginei que ele me faria sentir.

Eu o detesto tanto quanto ele me detesta, sempre foi assim entre nós dois. Implicamos, discutimos, brigamos e ficamos de cara feia um pro outro. Eu o odeio e ele a mim e agora estamos nos beijando e, merda, ele beija bem pra caralho.

Seu beijo é cheio de desejo e quando puxa levemente meu cabelo eu agarro sua cintura com força. Nossas línguas se encontram e dançam livremente em nossas bocas, seu hálito é refrescante... Estou ofegante, acho até que esqueci como respira. Suas mãos em mim me fazem esquecer tudo.

Merda.

Só depois de um bom tempo é que interrompemos nosso beijo e enquanto tento respirar sinto seus lábios passando da minha clavícula até o meu pescoço. E partir daí eu não penso em mais nada. Estou completamente entregue ao momento.

Entregue a ele.

Solto um gemido baixo e passo minhas mãos pelo seu cabelo. Sua boca quente suga levemente a pele do meu pescoço, espero que não fique marcado, e então ele volta a me beijar. De um jeito ainda melhor que antes.

Minhas unhas arranham suas costas nuas, provavelmente deixando vermelho e fazendo ele soltar um gemido na minha boca. Seu braço envolve minha cintura e sem muito esforço me coloca sentada no balcão com minhas pernas enroscadas na sua cintura me deixando totalmente atordoada. Mas não tanto quanto quando ele aperta minha cintura com uma mão e a outra está perfeitamente encaixada no meu pescoço me puxando para ainda mais perto dele, se é que isso é possível.

Com certeza é o melhor beijo que eu já tive em toda a minha vida. Está tudo perfeito, muito gostoso e então ele se afasta alguns centímetros apenas para me olhar por um momento. Ofegantes, eu não consigo desviar do seu olhar hipnotizante. Seus olhos parecem o azul do céu em um dia ensolarado. Ele está quente, muito quente e acho que nunca o tinha visto tão lindo como está agora.

Quero falar alguma coisa, qualquer coisa, mas aqueles olhos claros cravados nos meus, suas mãos apertando forte o meu corpo me faz querer mais dele, muito mais. Mal tenho tempo de raciocinar direito antes que sua boca tome conta da minha novamente e assim eu nem sei mais o que ia dizer ou estava pensando.

Passo meus dedos pelo seu cabelo o bagunçando e ele coloca a mão por baixo da minha blusa apertando forte minha cintura. Devagar sinto sua mão baixando até encontrar a barra da minha calcinha, mas para minha decepção ele passa direto por onde eu queria e vai parar na minha coxa que é levemente apertada. — Caralho, Beatriz. Como é que você fica só de blusa e calcinha andando pela casa? – diz interrompendo nosso beijo.

— Eu não achei que iria encontrar alguém. – sussurro, ou pelo menos tento.

— Se eu soubesse que sempre anda assim, teria feito isso a muito tempo.

O que ele quis dizer com isso?

Merda, não consigo raciocinar direto com suas mãos em mim. Não sabia que gostava tanto do seu toque. Ou dos seus beijos. Do seu corpo. Seu olhar encima de mim. Do seu...

E novamente não consigo pensar em nada, pois ele nós beijamos de novo e de novo e de novo enquanto suas mãos passeiam pelo o meu corpo mais uma veze, mas agora indo direto para onde ele tinha pulado antes. Ele sabe que eu queria isso e apenas para me castigar ou me fazer querer ele ainda mais, seus movimentos são lentos. Na verdade, quase parando. Porém depois de todo esse tormento finalmente sua mão desliza pela minha calcinha e sinto seus dedos quentes em mim.

Relaxo imediatamente. Ele sabe o que faz, sabe bem demais. Toca em lugares que me proporciona um prazer que acho que nunca senti antes e acabo soltando um gemido um pouco alto que é abafado pela sua outra mão na minha boca. — Beatriz, você precisa ficar bem quietinha agora, tudo bem? – ele pergunta em um sussurro e eu apenas balanço a cabeça incapaz de falar alguma coisa.

Um pequeno sorriso satisfeito aparece nos seus lábios antes que ele comece a beijar o meu pescoço me fazendo arfar. Sua mão, que antes estava na minha boca, desce e desliza suavemente pela lateral do meu corpo. De repente, o tempo para. É como se estivéssemos em nossa própria bolha, quente e gostosa pra caralho. Tudo está quente, eu estou, ele está, até o ar fica mais quente e difícil de chegar aos meus pulmões. Não consigo respirar e não me importo com isso, não agora, não com ele me tocando assim.

Seu toque é cuidadoso e de um jeito bom. Bom demais, tão bom que não demora pra que eu sinta uma onda de prazer tomando conta do meu corpo. Mais forte que o normal. Ele percebe e olha fixamente para o meu rosto, tento desviar o olhar, mas quando tento ele segura meu queixo com as pontas dos dedos me fazendo olhar para aquele azul vibrante dos seus olhos.

Quem diria que um dia eu estaria nessa situação com ele. Logo com ele. O cara que me odeia e que eu odeio.

Devagar e ainda olhando para mim ele tira a mão da minha calcinha e eu não aguento e encosto minha testa no seu peito enquanto tento me recuperar do que acabou de acontecer. Minha respiração está completamente descontrolada, mal respiro direito.

Ainda de cabeça baixa sinto um leve aperto na minha cintura e um beijo na ponta da minha orelha. Levanto o olhar e encontro um Lucas totalmente diferente do que estou acostumada. Seu semblante está animado, quase feliz eu diria. Ele me beija novamente, diferente de antes, claro. Agora suave, calmo e ainda muito bom.

Está tudo muito bom, bom demais, pelo menos até o momento em que paramos nosso beijo e ele me olha por segundo. Um segundo que parece horas e então sussurra: — Isso foi bom, não foi? – um sorriso convencido aparece no seu rosto. — Admita que foi o melhor que já teve.

Que idiota.

Filho de uma puta.

Desgraçado.

Otário do caralho.

Imbecil.

Mas é claro que eu não vou dar esse gostinho a ele. Mesmo que seja verdade.

— Não seja convencido.

Ele dá o mesmo sorriso de antes. — Não estou sendo convencido, é apenas um fato.

— Não, claro que não está sendo. – reviro os olhos.

Ele me olha por mais um momento, o sorriso ainda maior que antes e dessa vez divertido, os olhos semicerrados e então me desce da bancada e vai embora dizendo: — Feliz aniversário, Beatriz.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora