Ela não quer um relacionamento e ele muito menos. Foram criados juntos desde sempre, mas isso não quer dizer que se gostam. Provocações aqui, brigas ali, o tempo passou e nada mudou. Pelo menos não até o seu aniversário que até então não era grande...
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Alimentada e com as forças renovada agora vem o último cômodo pra limpar, meu quarto. Mas com certeza, sozinha eu não vou.
— Bom, até logo galera. Estou indo pro meu quarto, vamos Lucas.
— Assim, do nada? – dar pra escutar a milícia na sua voz o que não deixa claro se ele está falando sério ou não. — Sabe que não pode usar o meu corpo sempre que te der na telha, não é?
— Como assim sempre que quiser? – Bruno nos questiona com um sorriso no rosto enquanto nos examina pronto para pegar qualquer reação que entregue o que ele quer saber.
Acho que nunca vi alguém curioso como ele.
— Ha ha ha, muito engraçado. – ignoro a pergunta de Bruno torcendo para que nem ele e nem Alice perceba que tenho algo a esconder. — Anda, vamos arrumar o nosso quarto. Se bem que você podia dormir em um dos outros três, só por hoje.
Ele rir com deboche e levanta vindo na minha direção. — Nada disso, linda. Você vai ter que me aturar até a gente ir embora.
Finjo que vou vomitar por causa do seu comentário, mas não posso deixar de admitir que gostei de ele ter me chamado assim. O acompanho até o quarto já pensando nas prováveis brigas que teremos. Espero que a gente não se mate. E que ele não seja um idiota.
Até que o quarto não está tão ruim, coloco Lucas para varrer o chão e passar pano em seguida enquanto eu lavo o banheiro. Horas depois o quarto está limpinho e cheiroso. Todas as minhas coisas foram jogadas dentro do guarda roupa entretanto a mala dele continua jogada no chão perto da cama ainda fechada. Ele é muito preguiçoso para tirar as coisas e jogar no guarda roupa assim como eu fiz. Se bem que está mais bagunçado do que se estivesse na minha mala.
Quando vejo já está tarde da noite e eu estou muito cansada. Pego meu pijama e minha nécessaire antes de entrar no banheiro. Estou precisando urgentemente de um banho.
Graças aos céus, o chuveiro tem água quente o que facilita bastante já que está frio.
Entro debaixo do chuveiro e deixo a água levar toda a sujeira acumulada desse dia de faxina. Relaxo totalmente e depois de alguns bons minutos, saio do banheiro.
Não sei se aqui faz mais frio ou calor, mas no momento está um pouco frio. Em todo caso trouxe um lençol grosso.
Visto meu 'pijama' que no caso é apenas um blusão e seco meus longos cabelos loiros. Em seguida pego minha escova e vou até a pia e então ouço uma batida na porta.
— Que foi?
— Já terminou? – pergunta um Lucas impaciente.
Que cara chato, será que não pode esperar um pouco?
— Vou só terminar de escovar os dentes e já saio.
Ele não responde nada, mas antes que possa começar a escovar os dentes ele entra no banheiro.
Droga, esqueci de trancar a porta.
— Mas que merda você está fazendo?
— Estou indo tomar banho. Você estava demorando e eu estou cansado, quero ir dormir. – diz ele enquanto começa a tirar a roupa. Quando ele tira a última peça é impossível não olhar pra ele, mas tão rápido como olhei eu também viro o rosto.
Porra.
A única coisa que passa na minha cabeça é: que corpo perfeito. Com todos aqueles gominhos e curvas definidas.
— Droga, Lucas! Eu ainda estou aqui.
— Pode continuar, não tem problema. – olho pra ele incrédula não me importando nem um pouco que esteja pelado e depois volto a escovar os dente. — Escuta, já tomou banho? – pergunta.
— Sim, por quê?
— Sério? Bem, se quiser tomar outro pode vim. – um sorriso convencido aparece no seu rosto.
Reviro os olhos e limpo minha boca cheia de pasta. — Não valeu, você não daria conta de tomar banho comigo. – saio do banheiro e o deixo sozinho.
Puta merda. O que foi isso? Eu prometi a mim mesma que nunca mais ficaria com ele, mas ainda assim a vontade que tive de entrar naquele box foi inexplicável.
Só de nos imaginar no banheiro o frio que eu estava antes some completamente. Estou até com calor.
Coloco minhas coisas no guarda– roupa e começo a ajeitar a cama pronta pra deitar. Pego meu lençol enorme e fofinho e finalmente me deito na cama.
Até que ela é confortável.
Minutos depois estou quase dormindo quando sinto um corpo deitando ao meu lado. Abro os olhos e dou de cara com lindos olh... Quer dizer, dou de cara com Lucas me olhando.
Fecho os olhos novamente e viro para o outro lado. Até que ele me chama. — Bia?
Suspiro. — Que foi?
— É, será que eu posso me cobrir com o seu lençol?
Só pode estar brincando.
— Não, cadê o seu?
— Eu meio que não trouxe.
Me viro ficando de barriga pra cima e suspiro novamente. — Não pode pedir um a Alice?
— Talvez ela tenha dito para que eu trouxesse um e dito também que não traria nenhum outro porque caso eu esquecesse o meu, iria me foder e ela iria gostar disso.
E conhecendo ela como eu a conheço ela realmente não trouxe a porra do lençol. — Pode Lucas, mas me deixa dormir e fica bem longe de mim. Pode ser?
— Claro, mas tem certeza que não quer dormir abraçada comigo? Você parece ter gostado disso mais cedo quando dormiu no meu colo.
— Isso nunca vai acontecer e se acontecer então é porque eu estou louca e devo ser internada. Agora dorme. – dou um pedaço do meu lençol a ele que chega mais perto de mim fazendo minha não tocar na sua barriga.
A puxo rapidamente e percebo que ele sorri com isso.
