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Tranquilidade

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Tranquilidade. Uma coisa que não tinha prestado atenção, mas eu estava querendo.

Não, estava precisando. Principalmente depois desses últimos dois dias. Muita coisa aconteceu. Coisas que eu não estava preparada e nunca nem sonhei que aconteceria.

— Aqui, Bia. Seu bolo. – Lucas me entrega um prato com uma fatia de bolo.

Me ajeito no sofá ficando sentada e pego o prato enquanto ele senta e coloca minhas pernas no seu colo. Fico olhando para ele, surpresa por ele está sendo tão legal e por um momento penso que seu rosto ficou vermelho. — O que foi?

Não respondo, apenas sorrio. Alice percebe meu sorriso pra ele e tosse ao se remexer no colo do namorado.

— Tem certeza que essa cadeira vai aguentar vocês dois?

Ela me mostra do dedo do meio. — Nem vem, Beatriz. – adoro implicar com ela. — Me conta, gostou da sua festa? – ela pergunta.

— Sim. Gostei muito e tenho certeza que vai ser difícil dessa ser superada.

— Eu também gostei. – diz Lucas pegando o prato que estava até agora parado na minha mão. — Achei que seria horrível, principalmente por estar com vocês duas, mas foi legal. – ele come um pedaço do meu bolo e depois começa a me dar o bolo na boca. Pego a primeira garfada e olho pra Alice e Bruno. Todos nós estamos confusos com o que ele está fazendo.

— O que foi?

— Nada! – dizemos em uníssono.

Começamos a rir e ele continua sem entender o porquê. — O que vamos fazer quando voltarmos? – pergunta.

— Não sei. – Alice responde.

Ele continua me dando o bolo até que ele acaba. — Queria mais. – faço biquinho para todo mundo, assim um deles vai buscar mais pra mim.

Aproveitadora? Jamais. Preguiçosa? Talvez um pouco.

— Caralho, Beatriz. Você já comeu duas fatias.

— E com essa vai ser três. Quer me regular agora, Lucas? O bolo é meu. Inclusive quase ninguém comeu então eu posso comer o quanto quiser.

— Todo mundo estava mais interessado na bebida.

— Isso é verdade. – concordo com Bruno.

Lucas levanta e entra na casa voltando minutos depois com uma fatia de bolo maior do que estava esperando.

Acho que pareço confusa. — Que foi? Você não queria bolo. Então eu trouxe. E já trouxe muito pra não ter que ir pegar mais depois.

— Eu não falei nada. Mas continuando... Vou levar o que sobrou pra minha casa e passar a semana comendo bolo. – eles riem de mim, mas não imaginam que estou falando super sério.

E assim passamos a tarde. Conversando, rindo e comendo. Até que a noite chega e eu não aguento. Preciso dormir um pouco.

— Gente, eu vou tomar um banho e tirar esse biquíni. – levanto e começo a andar em direção a porta da casa. — Hoje eu durmo cedo. Estou tão cansada.

Entro dentro da casa, mas volto quando escuto Alice falando: — Não vai nem jantar?

— Certo. Vou tomar um banho demorado, venho jantar e depois vou dormir.

Saio de lá ouvindo o som de suas risadas.

Cada degrau da escada parece uma eternidade. Subo um e a escada cria mais dois. Finalmente chego no corredor que leva ao meu quarto e só agora percebo que eu trouxe a camisa de Lucas comigo. Ainda bem que ela secou.

Depois que me lavei e tirei toda aquela tinta, aproveitei e a lavei. Vou dormi com ela hoje de novo e talvez todos os dias se eu não encontrar a minha.

Pego minhas coisas no guarda-roupa e entro no banheiro. Merda. Meu cabelo está horrível. Preciso lavar ele urgentemente e essa porra de shampoo caro que Alice me fez comprar vai ter que tirar o roxo do meu cabelo.

Ligo o chuveiro e começo a tomar meu banho. Passo o shampoo no meu cabelo e... Caralho. Fico parada embaixo do chuveiro com os olhos fechados, pois meus olhos começam a arder demais.

Merda.

Estava tão concentrada no meu banho que não percebi quando Lucas entrou no banheiro. Puta que pariu. Que mania ele tem de fazer isso. Parece que anda flutuando.

— Oi, Beatriz. – diz e em seguida sua voz fica num tom de preocupação. — O que foi?

— Coloquei shampoo no olho, mas já tirei. Está fazendo o que aqui?

Me viro e fico cara a cara com ele. Puta que pariu, ele está pelado.

— Bom, você disse que estava cansada e que só ia jantar e ir dormir. – sorrio pra ele, já sabendo o que ele vai dizer. — Então eu pensei que como eu sou um cavalheiro e não quero atrapalhar o seu sono, a gente podia aproveitar e tomar banho juntos.

Não aguento e começo a rir dele.

Cavalheiro? Desde quando ele é cavalheiro?

— Ok, ok. Um banho juntos? Será? – passo os braços pelo seu pescoço e ele passa os seus pela minha cintura.

— Só um banho.

— Lucas?

— O quê?

— Nada. Mas já que quer tomar um banho comigo então me ajuda a terminar de lavar meu cabelo. – o sorriso que ele estava antes, some. — Você falou só um banho.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora