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Sentada num dos sofás, estou quase bêbada

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Sentada num dos sofás, estou quase bêbada.

O meu pequeno joguinho com Vitória acabou com ela bebendo os seis copos, seguidos, e depois vomitando tudo. Pelo menos é o que está todo mundo comentando. Depois que eu a fiz beber os seis, fui até ela e fiquei parada na sua frente. O sorriso que me dava enquanto alisava Lucas no sofá, não apareceu depois do terceiro copo.

No caso, não apareceu mais nenhum.

Enquanto eu olhava sorrindo pra ela pude ver o fogo nos seus olhos, a raiva e então eu disse: — Acho que não era um joguinho tão idiota assim, não é? – e saí. Depois disso só escutei algumas pessoas gritando, como sempre.

De volta a sala com meus amigos continuamos a beber.

As vezes vejo Lucas me olhando, mas ele logo vira o rosto quando nossos olhares se cruzam.

Estou quase indo lá quando alguém me chama. — Oi, Bia. – diz Marcos vindo me beijar, mas eu viro o rosto e ele beija minha bochecha.

— Oi, Marcos.

— Como você está?

— Bem. Será que podemos conversar?

— Claro.

Levanto e vamos juntos até o andar de cima. Paramos no corredor e eu espero que umas garotas passem pra poder começar, porém ele é mais rápido. — Eu realmente queria me desculpar com você... – ele começa e eu logo o interrompo.

— Escuta, Marcos. Não precisa se desculpar. Olha só, eu sei que já faz um tempo que ficamos e eu realmente estava gostando. – eu estou fazendo certo? É assim que se termina uma coisa que nem existe, não é? — Você é um cara legal e merece mais do que eu posso te dar. Sinto muito, não, na verdade não sinto. Mas não podemos mais ficar. Podemos ser amigos se você quiser, mas nada mais que isso.

Eu fui bem, não é? Daqui pra frente vai ser legal e vamos ser amigos, certo? Tem que ser afinal ele só se precipitou e também não queria algo tão sério assim e, espera. Ele está... É impressão minha ou tem lágrimas nos olhos dele?

Merda.

— É sério?

— Sim, muito sério.

— Caralho, Bia. Você... Você... – ele simplesmente para o que ia dizer e vai embora. Continuo lá parada tentando entender o que aconteceu aqui, mas sinceramente eu não entendo.

Volto lá pra baixo e bebo mais algumas doses juntos com Alice e Bruno.

Ok, agora eu acho que estou bêbada.

Se passa um tempo e eu não volto mais a ver Marcos, será que ele foi embora?

Bom, ficar aqui rondando nele é que eu não vou.

Começa a tocar uma música muito legal. Eu acho que é legal, pra ser sincera eu só quero dançar. Levanto do sofá que estava e entro no meio da pista improvisada, que nada mais é do que a sala cheia de adolescentes bêbados.

Começo a dançar conforme a música. Ela está me guiando.

Um cara se aproxima e começa a dançar comigo, eu não o conheço. Mas caralho, ele é muito gato. Começamos a dançar juntos. Ele coloca as mãos na minha cintura e eu coloco os braços no seu pescoço.

Sua mão sobe e desce na minha pele.

Isso é bom.

Me aproximo ainda mais dele e sinto um leve cheiro de cigarro e um perfume amadeirado.

Droga. Ele é lindo. Ou será que é apenas a bebida falando alto?

Não sei, só sei que eu o beijo.

Um beijo lento e bom. Não tão bom quanto o de Lucas. O beijo dele não tem explicação.

Nossos lábios se afastam e ele sorri pra mim. Quando vou perguntar seu nome alguém me puxa e manda o garoto embora. - Seu filho da puta. Tá maluco me puxando assim?

Quando viro encontro um lindo par de olhos azuis.

Lucas.

Ele me puxa, novamente, pra uma parte com menos pessoas e não solta minha mão. - Você deve estar bêbada já que estava beijando aquele idiota.

— Não é da sua conta se estou bêbada ou não. – digo e começo a rir em seguida. — Eu acho você muito engraçado, sabia?

— Não, não sabia.

— Você é mesmo muito engraçado. Primeiro estamos bem, aí você vê Marcos na minha casa e surta. Até aí ok, não é grande coisa. Mas então, você aparece bêbado na minha casa fala várias coisas e no outro dia some. Desde então, está me evitando. Mas espera, você vai e manda o colar por Alice e volta a me evitar novamente. Então me vê beijando alguém e surta novamente? Qual é a sua?

Ele parece furioso, seu peito sobe e desce totalmente irregular. Quase consigo ver fumaça saindo das orelhas. — Você disse que não sabia o que era isso que está acontecendo entre nós dois e que era preciso de tempo pra gente descobrir, por isso eu me afastei e dei o seu tempo pois eu sei muito bem o que é isso. Agora só falta você descobrir.

— Eu não disse que queria um tempo.

— Eu queria conversar com você hoje sobre tudo isso, mas eu te vi subindo com aquele imbecil do Marcos e depois beijando aquele cara. Obviamente você não está nem aí pra nós dois.

Ele é idiota?

— É sério? Não existe nós dois, nunca existiu nós. Então não venha me cobrar uma coisa que não pode cobrar.

— Tem razão, não existe nós, mas se você quisesse mesmo teria ficado comigo. – ele joga na minha cara.

Estou surpresa e sem perceber falo um pouco alto demais. — Como é? Ficamos quantas vezes? Duas e você queria que eu fosse correndo atrás pedindo pra ficar contigo pra sempre?

— Você sabe que foram bem mais que isso. E sim, eu queria que você tivesse chegado em mim e dito que queria ficar comigo, porra. – ele grita.

— E por que você não fez isso e veio atrás de mim? Deve ser porquê o seu ego é tão grande que não te deixa ser o tipo de cara que vem atrás. Só quer ter garotas idiotas e sem amor próprio correndo atrás de você.

A nossa briga acabou ficando mais acalorada do que eu tinha percebido. Nós estávamos gritando. Lucas me olha possesso de raiva, mas antes que ele possa dizer mais alguma coisa, Marcos chega perto de nós. — Tá tudo bem, Bia.

— Tá sim, não está vendo? Agora se manda daqui. – Lucas grita.

Merda.

— Vou sair, sim. Vem, Bia. Vamos embora. – ele pega minha mão e me puxa, mas Lucas segura minha outra mão e também me puxa.

Merda.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora