Como Alice disse, todo mundo está do lado de fora. A música está alta. Algumas pessoas estão na piscina, outros jogando beer pong e alguns comendo churrasco ou se pegando.
— Oi, Bia. Como está depois de ontem? – alguém pergunta.
— Bem, mas poderia estar melhor. – a luz do sol está começando a me deixar mal, passo direto por algumas pessoas e me deito no sofá em frente à casa. Alice senta no colo de bruno e nós ficamos conversando por um bom tempo até que Lucas chega e senta no sofá colocando minhas pernas no seu colo.
— Dormiram bem? – ele para todos nós, mas sei que a na verdade a pergunta foi mais para mim.
Idiota. Ele e seus joguinhos de provocações.
— Mal, muito mal. – Alice responde.
— Pelo estado em que você estava ontem a noite, não é uma nenhuma surpresa. – Bruno comenta e recebe um olhar afiado da sua namorada. — Mas o importante é que você se divertiu muito, meu amor.
Esperto e rápido.
— É, aproveitei mesmo.
Ficamos em silêncio por um segundo então todos eles olham para mim. — O que foi?
— Dormiu bem, bia? – hoje seus olhos estão como um dia quente de verão com um céu sem nuvens. — Muito bem. E você?
Ele não tem tempo de responder, pois Gustavo chega perto de nós junto dos nossos amigos. Ele está com uma cerveja na mão, os cabelos escuros bagunçados e sem camisa mostrando o quão em forma está. — Quem teve uma noite boa foi Anderson. Até pegou a bia. – ele comenta.
Caramba, agora que eu lembrei. Ontem eu o beijei ele.
Todo mundo começa a rir inclusive Anderson e eu.
— Diz aí, Bia, como foi ser o primeiro beijo dele. – alguém diz, mas Anderson se intromete antes de eu responder. — Ah, vão se fuder. Eu não pego geral porque eu não quero.
-— Ahan, a gente sabe. – Gustavo bebe um gole da sua cerveja que em seguida é tomada dele por Manoela. Ele não diz nada apenas sorri pra ela. Um sorriso tímido que é retribuído.
O que rolou ontem nessa festa?
— Bom, o beijo foi bom. – digo sem ninguém esperar. Todo mundo começa a rir e gritar, menos Lucas que está com a cara fechada. Cutuco ele com o meu pé e ele me olha com um leve sorriso nos lábios ao me ver sorrindo pra ele. Um sorriso bem forçado pelo o que percebo.
Anderson é bem bonito. Tem cabelos cacheados e um pouco longo. Com olhos verde claro e algumas sardas. Ele é alto e não é tão forte como Lucas, mas ainda assim é forte. E tem lindos cílios de boneca.
— Obrigada, Bia. – Anderson diz. — Inclusive se quiser recordar o beijo qualquer dia. Só falar. – ele fica a centímetros do meu rosto. Se fossemos nós beijar agora, seria fácil.
— Então, foi bom, mas não quero obrigada. – tiro o óculos e levanto. — Quem quer jogar uma partida de beer pong comigo e com Alice? Vem Alice.
Bruno é o primeiro a dizer que vai e arrasta Lucas consigo. Isso vai ser bom.
Estamos quase começando quando mais gente se aproxima pra ver o jogo. Todos focados em quem vai ganhar, mas de repente o foco vai todo para mim quando Ingrid fala: — Bia, essa é a camisa de Lucas?
Ela tinha que perceber a droga da camisa?
— Sim é dele.
— E o que você está fazendo com a camisa dele?
Todo mundo olha pra nós dois esperando por uma resposta.
— Nenhum motivo em especial, ela só estava jogada lá e eu peguei. Não é? – olho pra Lucas. — Sim, é. Inclusive nem pense em ficar com ela.
Não sei se ele falou sério, mas com certeza não vai mais ver essa camisa.
— Vai, Bia. Eu apostei alto em vocês. – diz Anderson. Ele sabe que sou boa, já joguei com ele e a sua derrota foi feia.
Não faz tanto tempo que começamos a jogar e nossa disputa está bem acirrada. Estamos jogando com vodca ao invés de cerveja. Não gosto de cerveja, nunca gostei.
A primeira rodada foi dos meninos, assim como a segunda. Mas a terceira foi nossa. Todo mundo está apostando, a maioria nos meninos e é por isso que vão perder feio a aposta.
Eles não são ruins, são o oposto disso, mas eu sou melhor.
Falta cinco copos pra nós e dois pra eles. — Alice, não erra
— Certo.
Ela se prepara e joga a bolinha que cai em câmera lenta bem dentro de um dos copos dos meninos, fazendo Bruno beber mais uma vez.
Vamos ganhar esse jogo.
Chega minha vez e como previsto a bolinha vai direto em dos copos e então Lucas bebe o líquido sem fazer careta. Alice e eu continuamos assim, com jogadas perfeitas até que eu acerto o último copo dos nossos adversários e todo mundo grita. Uns comemorando e outros com raiva do dinheiro que perderam.
Eu abraço Alice e quando nos soltamos comemoramos tomando os nossos últimos dois copos de vodca.
— Eu sabia. Isso foi dinheiro fácil, Bia. – Anderson me abraça. — Aqui está o seu dinheiro dos shots de ontem. Você é maravilhosa, garota.
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Admito que te amo
Novela JuvenilEla não quer um relacionamento e ele muito menos. Foram criados juntos desde sempre, mas isso não quer dizer que se gostam. Provocações aqui, brigas ali, o tempo passou e nada mudou. Pelo menos não até o seu aniversário que até então não era grande...