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Vou ficar maluca

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Vou ficar maluca. Estou falando sério. Ele me deixa doida. E todo aquele papo de que eu tenho de admitir uma coisa e não sei o quê?

Ahhhhh, droga. Fico totalmente perdida quando ele age assim.

Enquanto ele está no banheiro começo a me arrumar, entretanto mal termino de me vestir e Lucas já sai do banho com seus cabelos molhados e bagunçados. Gotículas de águas tocam o seu corpo que está coberto apenas por uma toalha na cintura e que pra mim não faz diferença alguma já que já o vi sem nada.

Meu coração está levemente acelerado. Acho que parei no tempo.

Ele sorri pra mim, provavelmente percebendo o quanto me afeta, e eu volto a me arrumar. Ajeito o cinto da saia e em seguida coloco meu tênis. Deixo meu cabelo secar naturalmente e estou pronta.

Sento na cama e fico à espera de Lucas. -— Onde vamos? – pergunto e ele me aparece só de cueca. — Onde quer ir?

Oh, céus.

Estou começando a achar que ele está fazendo isso de propósito.

Desvio o olhar. — Não sei, nunca estive aqui.

— Podemos conhecer a cidade e depois vamos almoçar.

Sem querer olho novamente na sua direção, entretanto ele já está totalmente vestido. Com uma camisa preta e uma calça jeans.

Ele pega uma mochila pequena, que até agora eu não tinha visto, e começa a colocar várias coisas dentro, inclusive meu biquini novo, então, me entrega e nós descemos até onde está o carro dele.

— O que vamos fazer? – pergunto colocando o sinto de segurança.

— Você quem diz.

— Eu já disse que nunca estive aqui.

— Pense em alguma coisa e vamos vê se dar para fazer ou não, mas tem que ser algo legal, divertido, inesquecível. Algo que marque esse dia.

— Tem certeza que quer uma coisa inesquecível? Talvez eu escolha alguma coisa que você tem medo ou não goste, não sei.

-— Tenho certeza, inesquecível. Eu não tenho medo de nada.

— Está bem. – digo enquanto ele liga o carro e nós saímos.

Ele quer algo inesquecível. Tudo bem, se ele quer algo inesquecível ele vai ter algo inesquecível.

 Tudo bem, se ele quer algo inesquecível ele vai ter algo inesquecível

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— PUTA QUE PARIU, BEATRIZ!!! – Lucas grita.

— Você disse que queria uma coisa divertida e inesquecível.

Nao estou entendendo porque não gostou.

— Eu queria divertido, NÃO SUICIDA. CARALHO. VOCÊ NÃO TEM LIMITES E DEVERIA REVER SEU CONCEITO DE DIVERSÃO.

Sempre gostei de sentir adrenalina correndo no meu corpo, a sensação que ela causa, o frio na barriga. Acho maravilhoso quase tudo que causa isso, quase tudo é claro. O problema é que a maioria dessas coisas são perigosas e eu sempre tive receio de fazer.

Já vi uns dois amigos, que não são tão amigos assim, pularem de paraquedas ou participarem de corridas, mas nunca tive coragem.

Contudo depois que Lucas disse que faríamos o que eu quisesse, eu comecei a pesquisar na internet coisas que tem pra fazer aqui e por acaso tinha um lugar, não tão longe, pra pular de bungee jump.

Na mesma hora que eu vi, pensei: Divertido e nunca vamos esquecer.

E cá estamos. Lucas não aceitou de primeira, mas não foi difícil de convencer ele.

— Só relaxa. Te espero lá embaixo. – tento o acalmar e pulo.

Merda, é alto pra porra.

— CARAAAAAAAAAALHO, ISSO É MARAVILHOOOOOOOOOSO.

Sinto um frio na barriga, meu coração está acelerado quase pulando da minha boca, mal consigo respirar e estou feliz pra caramba.

É uma experiência única e embora parece que estou indo direto pra uma morte certa, a sensação é maravilhosa.

Eu deveria ter feito isso a muito tempo. Foi tudo muito bom, a adrenalina correndo pelo meu corpo, a sensação de felicidade que me invadiu. Até o meu coração querendo sair pela boca, foi uma sensação boa.

Sério, não tenho palavras pra descrever.

Momentos depois de ficar pendurada e balançado de um lado pro outro, alguém me ajuda e eu saio de lá.

Agora é só esperar a vez de Lucas. Ele deveria pular depois de mim. Espero um tempo e nada dele, será que desistiu? Do jeito que ele estava, eu não duvido.

Estou quase indo atrás dele quando ouço uma criança gritando.

Espera, crianças podem ir nisso?

Olho de novo e de novo e depois mais uma vez até que percebo que não é uma criança.

É Lucas.

Meu. Deus.

Ele parece apavorado, está se debatendo de uma maneira que nem consigo explicar. Ouço ele dizendo algumas coisas, mas não entendo nada.

Quando ele finalmente desce do negócio e vem ao meu encontro, eu estou rindo tanto que fico sem ar. — Não diga uma palavra. – adverte em tom de ameaça ao passar por mim e me deixar lá sozinha.

Eu até tentei não rir, mas não consegui depois de ver sua cara.

Eu poderia jurar que vi seus olhos marejados.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora