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— Uau

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— Uau. Isso foi bom.

Me sinto até mais relaxada. Porém infelizmente isso logo acaba quando algumas pessoas começam a pular dentro da piscina. Por pouco não caem encima de mim.

Não sei que horas são, mas caralho. Que frio está fazendo.

— Bia, vem. Sai da piscina. – ouço alguém me chamar.

Procuro quem é e encontro um par de olhos azuis.

— Vem. A água está uma delícia.

Ele sorri. — Pelo jeito que você está tremendo eu duvido muito. Anda sai da piscina.

— Nossa como você está chato hoje.

Saio da piscina e ando na direção de Lucas que me enrola com uma toalha e me leva pra dentro da casa.

— Aí, galera. Já tá tarde. Está já amanhecendo e se vocês ainda quiserem churrasco e piscina mais tarde. É melhor irem dormir. – ele informa nem parecendo o garoto que é o último a sair das festas.

Todo mundo odeia o que ele disse, mas tenho que admitir que é verdade. Temos que dormir. O problema é que eu não tenho sono algum.

Vamos direto pro nosso quarto onde Lucas me ajuda a entrar e me pede pra esperar. Fico parada segurando a toalha pra não cair. Ele sai do quarto e quando volta minutos depois eu ainda estou do mesmo jeito. Esperando como ele pediu.

— Onde você foi?

— Fui atrás de Alice, mas ela está mais bêbada que você.

— E pra quê foi atrás dela?

— Pra ela te dar um banho.

— Eu posso tomar banho sozinha. – tento argumentar, mas não funciona e ele solta: — Não pode. Você está bêbada.

— Então, você pode me dar banho.

— Essa com certeza é a pior ideia que você poderia ter.

— Mas você já me viu de calcinha e sutiã, lembra? Eu demorei no quarto de propósito porque sabia que te deixava desconfortável, ou confortável demais, e que não conseguia parar de me olhar.

Ele me olha como se não entendesse nada, mas tem um sorriso divertido na face. — Opa, eu disse besteira?

Ele sorri. — Não, vem. Vamos tomar banho.

— Legal, eu quero tomar banho. – tremo levemente sentindo o frio tomando conta de mim. — Um banho quente, por favor.

Ele me leva pro banheiro e me coloca em baixo do chuveiro ligado onde tira meu vestido.

— Merda, você está sem sutiã. – ele olha pra todo lugar menos para mim, ou pelo menos tenta. — Toma banho, eu vou esperar lá fora.

— Não precisa, pode ficar aqui.

— Estou do outro lado da porta, qualquer coisa me chama. – ele sai me deixando sozinha no banheiro e ignorando o que eu falei.

Tiro minha calcinha e começo a passar o sabonete líquido pelo meu corpo. Caralho, acho que errei e passei shampoo.

Não tem problema, não é? De todo jeito ele vai limpar.

Será que devo passar condicionador também?

Não, acho que não.

Continuo embaixo de chuveiro até que não vejo mais espuma. Em seguida o desligo e saio pra fora do box.

— Lucas? Terminei. – aviso e ele entra imediatamente no banheiro.

— Finalmente... Puta que pariu, bia. Você está pelada. – ele pega uma toalha rápido e me cobre.

— Eu acabei de tomar banho. E você não se importou de ficar pelado na minha frente então eu também não me importo...

— Porque você está bêbada, se você estivesse sóbria não estaria nem tendo essa conversa comigo. Agora se enxuga e veste essa roupa. – ele diz me interrompendo.

Ele vira de costas e eu faço o que ele disse. Visto primeiro a calcinha e quando chega a hora da blusa eu me enrolo com o buraco de passar o braço.

— Lucas, me ajuda.

Ele se vira e começa a rir de mim enquanto me ajuda. De repente o banheiro parece girar, Lucas parece estar se mexendo pra lá e pra cá, meu estômago se remexe dentro de mim, estou tonta... — Lucas, acho que vou... Que vou... Vomitar.

— Vem aqui. – rápido ele abre a tampa da privada e enquanto segura o meu cabelo eu vomito tudo que posso.

O lado bom de eu vomitar é que sei que daqui a pouco, estarei melhor.

Ele fica do meu lado até eu não aguentar mais e em seguida me ajuda a escovar os dentes. Depois me leva até a cama e me ajuda a deitar.

— Dorme tá. Eu vou tomar banho e já venho.

Sinto que estou ficando melhor. Não tão melhor, mas melhor. Pelo menos o quarto não está girando.

Não sei quanto tempo Lucas ficou no banheiro. Só que ainda estou acordada quando ele volta e deita ao meu lado.

— Lucas?

— Hoje o meu nome está doce nessa sua boquinha, não é?

-— Não seja um filho da puta convencido agora. – suspiro ao ver ele rindo. — Posso te pedir uma coisa?

— Pode, claro.

— Me abraça.

Nem eu acredito que estou pedindo isso. Mas agora me lembrei de como foi bom ontem e sinceramente, queria de novo.

Já estou melhor da bebida e tenho plena consciência de que estou sendo uma idiota. Mas por que não ser?

— Você tá bêbada, vai dormir.

— Não estou mais. – ele me olha. — Ok, não estou tanto assim. Sempre melhoro depois que vomito.

Um momento de silencio, um longo suspiro e então: — Tudo bem, então. Vem aqui.

Me aconchegado nele colocando a cabeça no seu peito e uma das minhas pernas encima da dele.

— Obrigada.

— Pelo o que?

— Por cuidar de mim.

Levanto a cabeça e olho bem nos seus olhos azuis e brilhantes como sempre. Normalmente parecem um céu ensolarado, mas agora parecem um noite de tempestade, vejo um misto de emoções neles. Minha atenção desce para a sua boca e sem pensar eu o beijo.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora