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— Está bem, mãe

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— Está bem, mãe. Ok, tudo certo. Não se preocupe, te vejo em alguns dias. – achei que ela nunca iria desligar o telefone, droga agora estamos todos atrasados.

Felizmente meus pais não estão no estado, estão viajando a trabalho como sempre, então na festa vai ser só eu e alguns amigos totalmente sem supervisão. Mas tenho certeza que vai correr tudo certo e também o que pode dar errado?

Volto para o carro e entro atrás junto de Lucas que por algum motivo não quer dirigir o próprio carro então colocou Bruno pra fazer isso por ele. Já não bastou olhar pra cara dele enquanto conversávamos mais cedo, agora vou ter que fazer isso por mais três horas seguidas.

— Então amiga, o que sua mãe disse? – Alice pergunta.

— O de sempre, que lamentava por eles não poderem estar aqui e que eu me cuidasse.

Alice começa a falar alguma coisa, mas não presto muito atenção. Como já esperava estou começando a ficar com sono por não ter dormido muito ontem.

— Eu vou dormir um pouco, não dormi quase nada essa noite. – digo tentando de aconchegar no banco.

— E o que você estava fazendo que foi dormir tarde? – pergunta o filho da puta que estava comigo e sabe muito bem o que aconteceu.

Tudo o que ele quer é me provocar, sei disso pelo sorriso estampada na porra da cara.

— Nada, não estava fazendo nada. Apenas pesadelos que não valem a pena nem lembrar. – pego um dos travesseiros que estamos levando e o coloco atrás da cabeça.

— Tem certeza? – insiste sorrindo ainda mais.

— O que foi que eu perdi? – pergunta Alice desconfiada.

Fico calado então Lucas responde por mim: — Nada, como ela mesma já disse. – o carro fica em silencio por um segundo até que ele fala novamente: — Escuta, se quiser pode deitar a cabeça no meu colo.

Não entendo ele. Uma hora está de boa comigo, depois me trata mal e volta a ser gentil. Esse filho da puta é maluco? E não fui só eu que achei estranho, pois Alice se vira para ter certeza do que escutou enquanto Bruno o olha pelo retrovisor.

— O que foi? Hoje é o seu aniversário, acho que merece que eu seja um pouco legal.

Desde quando ele é legal? Ainda mais comigo?

— Ok, mas não precisa obrigada. Eu estou bem. – respondo e viro para o outro lado, olhando todo o caminho que estamos fazendo.

Adoro viagens de carros, quando era mais nova viajava muito com meus pais. Eu adora ir num lago perto da minha casa, mas agora está tudo mais complicado.

Depois que a empresa da família quase faliu eles tiverem que estar mais presentes lá e ausentes em casa, não os culpo por sempre estarem viajando porque sei que é preciso.

Embora as vezes algumas dessas viagens sejam desnecessárias.

Embora as vezes algumas dessas viagens sejam desnecessárias

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A única coisa ruim de dormir, é acordar. Mas não tem como dormir quando do nada sou sacolejada de um lado pro outro.

— Puta que pariu, meu carro. – ouço alguém sussurrando.

Merda. Não queria ter acordado, mas não tem como dormir mais. Pelo menos dormi bem, achei que quando acordasse iria estar acaba e dolorida por estar toda torta. Porém estou tão confortável que nem tive coragem de abrir os olhos ainda.

Bem, isso e o fato de ter alguém mexendo no meu cabelo. Eu amo quando mexem no meu cabelo.

É muito bom, relaxante.

Mas espera, quem diabos está fazendo isso?

Finalmente abro os olhos e percebo que estou deitada, ainda no carro, mas deitada de um jeito qualquer e com a cabeça no colo de Lucas. A pessoa responsável por estar mexendo no meu cabelo.

O quê?

Mais rápido do que é possível, eu me sento e olho com cara feia pra ele.

— Calma, garota. Teve pesadelo foi?

Bufo. — Sim, sonhei contigo.

— Certo, ela acordou de mal humor. – avisa pra ninguém em especial.

— Na verdade, não. Fiquei de mal humor quando olhei na tua cara. E quem te disse que você podia mexer no meu cabelo?

— Você não parecia achar ruim quando estava sorrindo enquanto dormia.

Sorrio. — Isso, porquê eu não sabia quem era.

— Mas foi você quem pegou minha mão e colocou na sua cabeça. – um sorriso divertido cresce no seu rosto.

O quê?

Será que foi eu mesmo? Não fui eu. Não pode ter sido

Olho feio pra ele e não digo nada, apenas viro o rosto e abro a janela deixando o vento entrar e bagunçar meus cabelos. Em seguida vejo que enfim chegamos na chácara e também vejo uma porteira a qual eu tenho que descer para abrir porquê ninguém mais quis ir.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora