026

240 21 0
                                    

A casa está uma zona

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A casa está uma zona. Tudo bagunçado, roupas jogadas, copos espalhados pela casa, litros vazios e gente bêbada deitada no sofá. Meus amigos são inimigos do fim, essa palavra não existe no vocabulário deles.

Ou melhor, no nosso vocabulário.

Eles continuam jogando beer pong, mas dessa vez está Alice e Bruno contra Manoela e Gustavo, que estão perdendo feio.

Deixo eles se divertindo enquanto ficam bêbados e subo para o meu quarto. Meu celular descarregou e eu nem me dei conta.

Não encontro ninguém no caminho até o corredor do meu quarto, mas escuto vozes. Sussurros, eu acho. Devagar, ando em direção a esses sussurros e dou de cara com duas pessoas agarradas uma na outra bem na porta do meu quarto.

— Mas quem diria. – digo os interrompendo.

— Bia. Oi, é... Tá fazendo o que aqui? – pergunta Letícia toda tímida. Acho que nunca a vi com vergonha.

— Bem, eu queria entrar no meu quarto entretanto vocês estão bem na porta.

— Ah, é. Desculpa. – pede Anderson.

Quem imaginaria Letícia e Anderson juntos.

— Não, desculpem eu por interromper. Agora vocês sabiam que temos vários quartos na casa? Eu até emprestaria o meu, mas eu prefiro que minha cama seja usada apenas por mim.

— Para, Bia. Não estava acontecendo nada demais. Não é Anderson?

— Sim, quer dizer não. Não aconteceu nada.

— Tudo bem. Se vocês estão dizendo. Mas será que podem me dar licença? Eu gostaria muito de entrar no meu quarto.

— Tudo bem, nós já estávamos indo embora. Direto pra outro quarto, não é? – Anderson diz sorrindo e leva um tapa.

— Não, não estávamos.

Eles vão embora discutindo, mas Anderson não para de rir enquanto Letícia fica vermelha e começa a bater nele novamente.

Eu realmente gosto desse casal, eles ficam bonitos juntos e não é de hoje que eu vejo Anderson olhando diferente pra ela, mas nunca pensei que fosse acontecer alguma coisa entre eles.

Sorrio lembrando das suas caras quando me viram.

Entro no meu quarto e coloco meu celular para carregar. Quando estou prestes a sair, Lucas aparece na minha frente. — Eu estava doido pra fazer uma coisa.

— Que coisa? – pergunto sem entender nada então ele chega mais perto e me puxa pela cintura antes de me beijar.

Um beijo calmo, mas com desejo. Suave e cheio de emoções. Um dia calmo prestes a acontecer uma tempestade. Fogo. Fogo nos queimando. Minha pele queima em cada lugar que ele toca. A noite de ontem não saiu da minha cabeça, pelo contrário.

Interrompo nosso beijo sabendo que se continuar eu não vou sair tão cedo desse quarto. — Hum, é melhor a gente voltar antes de darem falta de você.

— E por que só sentiriam falta de mim?

— Porque todo mundo fica de olho em você, pra saber quem é a vítima da vez que você vai conquistar e destruir o coraçãozinho.

Ele me beija na bochecha. — Eles estavam muito interessados em você também. Principalmente depois que você disse o quanto adorou o beijo de Anderson.

Olho nos seus olhos sem falar nada, agora temos uns cinco centímetro de distância.

— Você gostou mesmo?

Franzo o cenho. — O quê?

— Você gostou mesmo de ter ficado com ele?

É sério que ele tá me perguntando isso?

— Não foi ruim. Por que a pergunta?

Ele me ignora. — Gostou mais do que ter ficado comigo?

— Tá maluco, Lucas?

— Eu só estou perguntando.

Continuo sem responder e nem vou. O beijo de Anderson foi bom, mas é claro que não se comparou ao que aconteceu entre mim e ele. Não estou entendendo o porquê de me perguntar isso.

Continuamos nos olhando sem dizer nada até que ele se aproxima de mim pronto para me beijar, mas somos interrompidos. — Bia, tá todo... – Ingrid para na porta do quarto e Lucas se afasta de mim. — Desculpem, eu interrompi alguma coisa.

Droga, sim. Interrompeu, sinto vontade de dizer.

Puta que pariu, tanta gente pra chegar e foi logo ela?

Respiro fundo e finjo que nada aconteceu. — Não, não interrompeu nada. O que foi?

— É que Alice está te chamando na piscina. Vamos?

— Claro, vamos sim.

Ando em direção a porta e estou pronta pra sair do quarto quando ela para. — Você não vem Lucas? Ela quer todo mundo lá embaixo.

— Já, vou. Eu vou só pegar uma coisa que vim buscar e já encontro vocês lá. – ele diz sem tirar os olhos dos meus.

Descemos para a piscina, mas não encontro Alice. Me disseram que ela já vem então fico esperando sentada no sofá.

Espero que Ingrid não saia contando da minha ceninha com Lucas. Não que seja ruim eles acharem que ficamos, eu só não quero ser tachada como o novo joguinho dele. E odeio sair espalhando quem eu pego ou deixo de pegar.

Continuo com meus pensamentos sobre o quanto aquele flagra pode dar merda até que Alice aparece na minha frente com um bolo e uma vela acesa. — Alice. Que isso?

— Eu sei que seu aniversário já passou e a festa também, mas ontem ficamos tão concentrados nas bebidas e... Tudo mais, que esquecemos do bolo. Logo, você não apagou as velas e fez um pedido. Então, vamos fazer agora. – me levanto e ela continua: — Vamos lá, pessoal. Parabéns, pra você...

Olho feio pra ela. Uma das muitas coisas que odeio é que cantem parabéns para mim. Não podíamos partir direto para a parte em que a gente come o bolo?

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora