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Derrotada é a palavra que melhor me descreve agora

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Derrotada é a palavra que melhor me descreve agora.

Arrumei tudo da festa junto com Alice e no final tenho que admitir, está tudo uma graça. Nem parece que eu ajudei.

Alice colocou algumas fitas numa parede fazendo tipo um painel e na frente tem uma mesa pro bolo, que um dos nossos amigos está trazendo. A piscina está cheia de alguns balões e boias e em frente ao sofá no lado de fora tem outra mesa para o beer pong.

Está tudo lindo, a festa vai ser na varanda da casa que fica em frente à piscina. Tudo ficou pronto rápido e nem parece que levamos a manhã inteira pra terminar.

Acabamos não almoçando por não ter tempo. Queríamos terminar tudo antes dos nossos amigos chegassem. Eles nem chegaram ainda e já estão prontos para um churrasco, pelo menos foi o que Manoela disse na mensagem que me mandou.

Jogados no sofá em frente à casa estamos todos conversando enquanto o pessoal não chega. — Vai Lucas, admite que você gostava de Elisa no primeiro ano e levou um fora. – diz Bruno implicando com Lucas.

Como foi que a conversa chegou a nesse assunto?

— Dois anos atrás? Claro que não. Eu gostava de outra garota, mas ela não me dava bola de jeito nenhum. Acho até que ela me odiava.

Com os garotos falando assim parece até que foi ontem que começamos o ensino médio. Fico feliz que esse é o nosso último ano, mas tenho certeza que sentirei saudades. Agora a única coisa que eu posso fazer é aproveitar essas mini férias antes que as aulas voltem.

— Então quem era essa garota que te odiava? – pergunto deixando minha curiosidade tomar conta de mim, mas antes que ele possa responder escuto gritos. Gritos, música alta, buzinas e pessoas chamando os nossos nomes.

É, eles chegaram.

O pessoal vai chegando e já vem me abraçando e desejando feliz aniversário. Alguns já com latas de cerveja na mão, outros compartilhando alguma garrafa de destilado.

Adoram uma bagunça.

— Ahhhhhh, gata. Que saudade eu estava de você, feliz aniversário... – diz uma linda garota de olhos e cabelos castanhos. Letícia, uma das nossas amigas mais próximas assim como Ingrid e Manoela.

Nosso pequeno grupo é formado por Alice, Bruno, Lucas, Anderson, Gustavo, Manoela, Ingrid e eu. Nós conhecemos desde sempre e sem nem percebermos nosso grupo estava formado e cheio de gente querendo ser nosso amigo.

Ingrid veio depois, começou a andar com a gente ano passado e pra ser sincera não sei como isso aconteceu. Mas enfim...

Todo mundo chega, algumas pessoas vão direto encontrar um quarto para deixar suas coisas e outras começam o churrasco imediatamente.

Conversamos, comemos, bebemos e assim passamos a tarde inteira sem nem perceber. Só me lembrei do horário quando Alice veio falar comigo pra gente se arrumar.

Desligo o som que estava mais alto do que deveria e digo pra todos ouvirem: — Galera, está quase na hora da festa, então garotas... Vamos ficar mais gatas do que já somos e garotos, tomei banho e troquem de roupa pelo menos tá. – termino rindo, mas acho que os meninos não gostaram tanto assim.

— Ah é, Bia? Então, o que acham de você ser a primeira a tomar banho? – diz Gustavo enquanto os outros garotos riem e concordam.

— Você não ousaria fazer isso...

— Tem certeza? – pergunta Anderson.

— Não, não, não... – quando vejo Anderson já me pegou no colo e pulou comigo dentro da piscina. — AAHHHHHHHH. SEUS IDIOTAS, FILHOS DE UMA PUTA. – começo a xinga- los, mas eles levam na brincadeira e pulam juntos na piscina.

Eu acabo afundando para que ninguém caia encima de mim e quando volto a superfície o som já está alto de novo e tá todo mundo rindo. Inclusive, eu.

Tento afogar Anderson, mas o idiota do Gustavo o ajuda e eu acabo afundando. Passamos mais um bom tempo na piscina até que percebo que se não sair agora daqui ninguém mais vai sair.

Tento me secar antes de entrar, mas não tem jeito. Minha roupa está encharcada e a única solução é tirá- la.

Corro para o meu quarto e assim que entro começo a tirar a roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã. Essa vai ser a festa, tem que ser. Eu estou precisando muito me divertir, penso antes de me assustar com Lucas entrando no quarto.

— Droga, desculpe. Não sabia que estava se trocando. – ele pede, mas não tira os olhos do meu corpo. — Não, tem problema. Vou só pegar minhas coisas e vou tomar banho. – informo.

Ele parece sem palavras e percebo que gosto da reação que lhe causei. Continuo apenas de calcinha e sutiã enquanto passo por ele e pego minhas coisas.

Ele tenta não me olhar, mas não consegue. E sinceramente, eu gosto disso. Gosto muito disso.

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora