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— Oi – respondo ao garoto alto, de olhos castanhos e cabelos escuros a minha frente que rápido entra na minha casa e me abraça ao mesmo tempo em que me beija

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— Oi – respondo ao garoto alto, de olhos castanhos e cabelos escuros a minha frente que rápido entra na minha casa e me abraça ao mesmo tempo em que me beija.

Me solto dele surpresa por sua reação ao me ver. — O que você está fazendo aqui, Marcos?

Puta que pariu. Esses dias com Lucas me fizeram esquecer totalmente dele.

— Vim te ver. A propósito, feliz aniversário.

— Obrigada. – é a única coisa que consigo dizer.

O que ele está fazendo aqui? Achei que só nos encontraríamos depois de amanhã na festa de volta as aulas.

— Escuta... Que bom que você chegou de viagem, mas eu estava querendo ficar... – sou interrompida pela campainha novamente.

Quem pode ser agora? Merda. Só falta os meus pais chegarem.

Abro a porta que Marcos fez o favor de fechar antes de me beijar e...

Caralho.

Não, não, não. Puta merda, é sério que isso está acontecendo?

— Oi, Bia. Eu sei que você disse que queria ficar sozinha, mas eu estava pensando que podíamos pedir comida e... – Lucas começa a falar rápido demais, mas para assim que ouve Marcos falar: — Quem é, Bia?

É sério? Isso tinha que acontecer agora?

Ele puxa ainda mais a porta e fica atrás de mim olhando pra um Lucas totalmente confuso na minha frente. — Lucas? Tá fazendo o que aqui? – passa o braço ao redor da minha cintura atraindo a atenção de Lucas para o leve aperto que me dá.

— Ah, eu? É... Eu... Eu estou sendo um idiota do caralho. Na verdade, estou indo embora. – ele sai furioso.

— Espera, Lucas... – solto o braço de marcos entretanto é inútil chamar, quando vejo ele já está dentro do carro e saindo pela rua numa velocidade que só pode estar maluco.

Merda.

— De quem é essa camisa?

Caralho, é sério que ele está preocupado com a minha camisa?

— Marcos. Não quero ser chata, mas eu acabei de chegar em casa, estou muito cansada e só quero deitar na minha cama.

Ele chega perto e me abraça novamente. — Ótimo, eu também só quero deitar e ficar abraçadinho com você. Podemos até ver uma daquelas séries que você gosta.

Me solto dele. — Não, você não está entendendo. Eu disse que quero e eu vou, mas sozinha.

Ele parece surpreso. — Sério, Bia? Eu acabei de chegar de viagem. Faz dias que não nos vemos e você quer ir dormir sozinha? Achei que estava morrendo de saudades de mim. Mas você não está nem aí pro seu namorado.

Oi? Namorado?

Solto uma risada. — Calma, vamos com calma. Primeiro que sim, eu quero ficar sozinha, dormir sozinha e fazer o que eu quiser fazer sozinha. Segundo que você se adiantou um pouco não? Não somos namorados.

— Eu sei, mas só falta eu pedir. E eu vou, eu só... – ele começa a falar, mas eu o interrompo: — Devagar. Espera um pouco. Eu nunca disse que queria namorar. Quando começamos a ficar eu fui bem clara com você que queria uma coisa sem compromisso e você concordou.

— Eu sei, mas já faz um tempo e... – ele pega minha mão, mas eu a puxo e novamente o interrompo: — Marcos, por favor. Vai embora da minha casa, como eu já disse quero ficar sozinha.

— Está falando sério, bia? Eu não estou acreditando nisso.

— Pois pode acreditar.

Seu rosto muda de sereno para cheio de raiva enquanto ele sai pisando duro.

Fecho a porta e subo pro meu quarto às pressas. Deitada na minha cama só penso na cara que Lucas fez quando viu Marcos aqui e como provavelmente isso ainda vai dar uma merda grande.

Não sei o que vai acontecer daqui em diante, mas também não estou preocupada. Não agora quando só penso em dormir e os meus olhos estão tão pesados que se fecham sem eu nem perceber.

O cansaço ganha mais de mim a cada momento. A cama me puxa e o quentinho do meu lençol me faz esquecer os problemas e assim eu durmo.

É, dormi. Não tanto quanto gostaria pois do nada escuto um barulho na casa.

Puta que pariu.

E se for um ladrão?

Não, não pode ser. Na verdade existe uma chance, mas não vai ser. Por precaução pego alguma coisa que não reconheço bem no escuro e abro a porta do quarto devagar.

Tento não fazer nenhum barulho, com passos leves e lentos. Desço a escada mais quieta do que nos dias em que cheguei tarde em casa depois de ir escondida dos meus pais pra uma festa.

O barulho vem da cozinha.

Vou andando devagar até que vejo uma silhueta sentada numa das banquetas do balcão. Chego cada vez mais perto e acendo a luz antes de gritar e correr na direção da pessoa.

— Ahhhhhh, seu filho da puta...

A pessoa me pega rápido e me abraça esmagando os meus braços no peito.

Isso poderia dar muita merda? Poderia.

Eu pensei na hora? Não pensei.

Mas pelo menos ainda estou viva.

Não estou?

Admito que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora