SON OF MOON |ABO

28• Peculiar

Jungkook

Faz exatamente dois dias que Jimin foi para Busan, por mais que eu quisesse que ele ficasse, se eu interferisse iria rolar um guerra, sei que Jimin não quer isso e confesso que também não, mesmo sabendo que seu irmão iria adorar sair no soco comigo.

Estou focando no trabalho e Nari, essa que me olha desconfiada de toda minha demostração de afeto.

- Tá doente ?

- Não... Porquê?

- Nunca foi de me colocar pra dormi.

- Fiz muito isso, até seus quatro anos. Você que não me quis mais por perto.

Estávamos em seu quarto, dispensei a babá hoje.

- E você não fez a mínima questão de saber o motivo. - Cruzou o braços.

Adorável.

- Achei que era porque já se sentia grandinha demais, mas você sempre pedia para Jimin te pôr para dormir. Porque?

- Porque ele fazia isso de coração, ele gosta de mim. Não me vê como obrigação.

Ok, por essa eu não esperava.

- Não te vejo assim, Nari.

- Vê sim, eu sei. Eu sinto ! Você só usa os Domingos como desculpa para você se sentir melhor! Porque durante a semana quase não fala comigo. - Sua voz era de alguém magoada.

- Eu não sou do tipo carinhoso, mas eu me esforço para você. Sabe disso! Só recebi carinho até os meus onze anos. Não sei mais como é ser tratado de tão forma.

Ela me olhou espantada. Abriu a boca, porém, nada saía.

- Eu tento. Nari, mas você também não colabora. Eu vim avisar que vou te tirar do balé e pedi a Lalisa para te ensinar a lutar. - Me levantei da cadeira que estava ao lado da sua cama.

- Sério? - assenti. - porque?

- Você odeia balé, prefere luta. Um passarinho me contou.

- Essa passarinho tem cabelos preto e branco? - Sorriu fofa. - Pode me dar um celular pra eu poder sempre falar com esse passarinho? Sabe como é,né...Quero poder namorar com quinze anos.

Aregalei meus olhos.

- O QUÊ?

- Calma, tô brincando. - suspirei aliviado. - Talvez dezeseis.

- Nari!

- Ok, parei. Mas eu sei que você começou antes disso!- apontou o indicador em minha direção.

- Vou ter uma seria conversa com o Sid. Bom, boa noite. - Antes que eu alcance a porta ele gritou para eu esperar. - O que foi ?

- Boa noite, lobinho. - abraçou minhas pernas, era só até aí que ela alcançava.

Há tempos que ela não me chamava assim, quando ela era novinha tinha muita dificuldade para dormir, então, uma noite eu me transformei e pus ela para dormir, lobinho foi a primeira palavra que ela disse.

- Até amanhã.

Saí depois de por ela de volta na cama e beijar sua bochecha, mesmo ela falando que não precisa mais por ela para dormir. Eu sempre ia tarde da noite ver como ela estava, jeitava o lençol e beijar sua testa.

É essa minha forma de falar que amo e me importo com a pessoa. São algumas ações.

Segui para a academia aqui de casa. Passo a noite acordado desde que Jimin se foi. E esse é o melhor jeito pra me distrair.