vigésimo quinto capítulo

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BIANCA
Gabriel me soltou quando três das meninas que estavam com ele começaram a me tietar, falando sobre o meu trabalho, minhas maquiagens e que eram minhas seguidoras.

Claro que eu atendi a todas elas, percebendo de longe o olhar do Gabriel em cima de mim, Pedro que estava junto da gente – alguma coisa dele e a Ana estarem num rolinho, foi cumprimentar o amigo e estavam falando algo no ouvido dele, que o fez desviar a atenção de mim e sair andando pra outro lado do camarote.

Terminei ali e fui para onde eu ficaria com meus amigos e o crush da Ana Júlia.

Me sentei e Theo ajeitou um puff que tinha ali agora que eu esticasse as pernas, coloquei elas lá e fiquei curtinho o show numa boa. Lud já tinha cantado Amor difícil, Te amar demais, Tô de boa e tava começando os arranjos musicais de Não é por maldade quando ela percebeu a minha presença ali.

— Gente! Hoje temos uma gravidinha aqui, muito especial... — Lud comentou assim que me viu no lugar que ela tinha reservado pra mim e eu sorrir, joguei beijos. — Tá linda Bi, que barrigão!

— Obrigada amor! Arrasa! — Joguei beijos e ela me deu uma piscadela e voltou a cantar.

Por onde passei, deixei corações partidos
Não tente me entender porque eu não faço sentido
Um pouco fora da lei e nem bato bem da cabeça
Eu vou embora antes que eu te enlouqueça
Foi foda, gostoso, enquanto durou
Mas é que eu não nasci pra entender o danado do amor
Nem é por você, tenho medo das histórias que ouvi
Que ele já causou

Eu estava curtindo numa boa até meu olhar bater onde Gabriel estava. Ele estava próximo bem de onde estava antes quando me parou na passagem e tinha uma ruiva falando com ele, ele estava até dando um sorrisinho e ela estava com a mão no ombro dele e a outra segurando um copo com bebida.

Aquilo me fez lembrar de que quando eu o conheci, meu cabelo tinha aquele mesmo tom. Talvez um pouco mais escuro, não tava conseguindo enxergar exatamente por conta dos jogos de luzes do lugar.

Meu estômago embrulhou de pensar na possibilidade dele tá saindo com aquela mulher e eu sequei a garrafinha de água numa golada só. Ele bateu o olhar no meu e eu tive que desviar para não deixar minha razão de lado e agir na emoção.

Não demorou mais que cinco minutos para ele vir até onde eu estava. Falou alguma coisa com o Pedro e se agachou na minha frente.

— O que aconteceu?

— Não aconteceu nada, pode voltar lá e continuar a conversa com aquela ruiva. — disparei a falar e desviei o olhar do rosto dele quando comecei a ver um sorrisinho cínico surgir em sua boca. — Vai, Gabriel!

— Você tá com ciúmes, meu amor?

— Vai se foder! — xinguei ainda sem olhar pra ele e só o escutei rir, ele beijou meu rosto e saiu andando de lá.

Eu estava puta, muito puta mesmo. Me irritei de verdade e não queria que ele tivesse percebido, mas é eu e minha boca grande.

— Amiga, tá tudo bem?

— Você se importa se o Theo me levar embora? Prefiro ir pra casa, não quero ficar mais aqui. — Falei com a Júlia e ela suspirou, olhou lá onde o Gabriel estava e voltou o olhar pra mim.

— Quer mesmo ir?

— Quero. — falei meio falha, mas ela já tinha entendido o que tava acontecendo.

— Vou falar com o Theo. — ela fez um carinho no meu rosto e se afastou, eu me ajeitei, guardando meu celular na bolsinha e logo meu amigo apareceu.

Não disse nada, ele sabia bem o porquê de eu querer encerrar a noite e não iria falar nada para não acabamos discutindo. Ou talvez, só acreditou mesmo em alguma desculpa que a Júlia deu. Já que ele estava a todo momento no caminho para o meu apartamento perguntando se estava tudo bem.

— Tá tudo bem mesmo? — Theo me perguntou pela terceira vez, desde que eu saí do banheiro já usando um pijama.

— Tudo certo, só quero dormir mesmo... Pode voltar pra lá, a Ana já tá me enchendo de mensagens perguntando se você desistiu. — Beijei seu rosto e ele suspirou, assentiu se dando por vencido.

— Pelo amor de Deus, me liga nem que seja por um espirro que você dê.

Ele arregalou os olhos porque eu espirrei bem quando ele terminou de falar.

— Meu Deus, calma. A criança não vai sair rolando pernas abaixo. — eu comentei dando risada e ele acabou rindo, mas de nervoso.

— Tá, ok. Eu vou, mas me liga. Ouviu?

— Maya, seu padrinho é tão chato. Porra... — eu resmunguei fazendo um carinho na barriga e ele veio me dar um beijo na testa e depois fez um carinho na minha barriga.

Théo saiu do meu quarto depois de me fazer prometer que ligaria se sentisse algum incômodo, se ele soubesse que meu incômodo tinha nome, sobre nome e uma barba muito bem da desenhada em volta de uma boca vermelhinha.

Eu ri sozinha, como eu pudia ser tão rendida ainda num cara que meteu foi é chifre pra todo canto da minha cabeça.

Ouvi umas batidas na porta e não acreditei que o Theo tinha desistido do show.

— Vai embora, Theo!

— Tá de roupa? — Gabriel entrou no quarto tampando os olhos e uma das mãos estava segurando uma barca  que de longe eu sentia um cheirinho gostoso de churrasco. — Se não tiver também, não tem problema. Eu já vi tudo isso aí.

— O que você tá fazendo aqui, Gabriel Barbosa?

— Almeida... você esqueceu do Almeida. — ele apontou pra mim e veio se sentar na ponta da minha cama. — Vim atrás de você, achei você esquisita saindo lá do show.

— Eu tô ótima. — menti e sorri amarelo para ele.

— Mentirosa e ciumenta!

— Cala a boca, vai embora.
— chutei a coxa dele e ele nem ligou.

— Não vou, trouxe isso pra vocês. — destampou a barca e o cheiro do churrasco preencheu o quarto, meu estômago quase pulou de alegria. Era o meu prato preferido.

— Não quero.

— Mas a Maya quer, não é princesa do pai? — ele veio colocando a mão na minha barriga e foi instantâneo, como em todas as vezes que ele só precisa chamar a princesa que ela começa a me chutar.

— Aí, GABRIEL!  — resmunguei sentindo os chutinhos nas minhas costelas e ele deu risada. — Me dá isso.

Peguei a barca, botando mais próxima de mim e comecei a comer. Ele sentou do meu lado e tava pegando também.

— Não era de nós duas?

— Tô ajudando a Maya. — ele comentou de boca cheia e saiu de dentro do quarto.

Voltou depois com um copão de refrigerante e um de suco, obviamente não me deixou beber o refrigerante.

Depois que eu me dei por satisfeita, levantei dali, escovei meus dentes e voltei para a cama, Gabriel tava catando toda a bagunça que fizemos e saiu do quarto. Voltou um tempo depois com uma garrafinha de água e bebeu da mesma, fechou e deixou na minha cômoda.

— O que você tá fazendo? — perguntei olhando ele tirar o tênis e puxar a blusa para fora do corpo.

— Vou dormir com a minha filha.

— Sua filha ainda se encontra dentro do meu corpo, Gabriel.

— Eu faço esse esforço de dormir com a rabugenta da sua mãe, viu, vida? — ele me ignorou e beijou minha barriga. Pelo jeito eu não iria dormir de jeito nenhum, a menina tava fazendo a festa dentro de mim.

se tiver gente reclamando, eu excluo essa bosta!
achei essa parte final do Gabriel o auge da fofisse e cara de pau! 🤣😍

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