BIANCA | 25 de dezembro de 2025
Naquela madrugada eu ainda demorei muito para dormir e quando consegui, foi só um cochilo pois logo o celular despertou e eu precisava organizar as coisas para ir para o aeroporto e embarcar junto da Maya e a família Barbosa. Não sabia se Gabriel iria com a gente no jatinho que eu fretei, mas se quisesse, poderia. Mesmo que a namorada fosse junto. E acabamos indo mesmo, ele não disse nada quando levantou, nem me olhou em instante nenhum e desde aquele dia, foi como se aquela confissão dele não tivesse existido.
— Mãe, vou lá rápido no Gabriel levar a Maya, ele disse que alguns familiares dele está lá e trouxeram presente. — Eu comentei com minha mãe, despertando de uma vez do que tomava minha mente. — O Theo também vai comigo vai comigo...
— Não demorem muito, tô ajeitando alguma coisa almoço.
— Acho que a Linda nós segura lá pra comer, mãe. Mas pode ficar a vontade se quiser sair também.
— Acho que vou mesmo. — ela sorriu e logo Maya apareceu na sala.
— Mamãe, eu queria todo mundo junto, não queria ficar lá e você aqui. — Ela falou fazendo bico e eu dei uma bitoca.
— Vida, papai tem a família dele e a mamãe a dela. — Eu tentava explicar enquanto íamos indo pro carro.
— E a Maya tem a dela que é todo mundo junto. — Ela falou como fosse óbvio.
— Hmmmm, explica isso agora. — Theo falou rindo.
Ajeitei ela no carro colocando o cinto e entregando a ela a boneca que o padrinho tinha entregado há pouco.
— Dindo, eu amei esse neném. — Ela falou se abraçando a boneca.
— E eu amo você, sabia? — Ele falou rindo e cheirando o pescoço dela.
Maya era amor onde ela passava, claro que como qualquer criança tinha seus momentos de birras, choros sem motivos e respostas na ponta da língua.
— E eu te amo do tamanho daquela bandeirona que vimos do arco íris. — Ela abriu os braços.
Eu e o Theo tínhamos levado a Maya na última Parada do Orgulho LGBTQ+ que tinha ocorrido, e ela ficou encantada com o tamanho da bandeira que levou quase um quarteirão.
— Então é bem grandão né? — Ele falou rindo.
— É sim “madrinho”. — Ela falou levando a gente a gargalhar.
Cheguei na casa do Gabi, estava cheia, cheguei e atenção foi voltada a mim, conhecia todos ali e tinha um carinho imenso por todos.
Fiz questão de descer do carro e ir cumprimentando um por um.
— Bianca, vem aqui comer, diz aquele salpicão que você ama. — Lindalva me chamou. — Vem Theo...
— Eu já comi feito um leitão de ontem pra hoje, mas quero. — Ele falou passando minha frente e indo.
Vi o Gabi descendo as escadas com a Joana, cheio de carinho. Eu já saber que rolava mesmo o namoro deles, não era algo que me incomodava tanto, e é até mesmo melhor, ele iria focar um pouco nesse relacionamento e me deixar mais a vontade de pra viver também.
— Am... Bia. — Eu percebi o que ele iria falar e ri de lado.
— Feliz Natal, Gabriel. — Falei indo até ele e abraçando. — Maya tá lá fora já abrindo presente.
— Ah, vou pegar o dela que eu comprei lá encima. — Joana falou e eu cumprimentei ela apenas balançando a cabeça.
— Lembrei de você com o salpicão que minha mãe fez.
— Ela também lembrou de mim, já me chamou pra comer. — Falei rindo. — O Theo que tá lá, atacando.
— E sua família? Vieram né? Vi nos seus storys.
— Veio, vim só deixar a Maya e vou voltar. Não quero demorar muito... — expliquei sem deixar transparecer que eu tava um pouco agoniada ali.
Vi a Joana descer com um embrulho em mãos, chamei pela Maya que veio correndo, mas antes cumprimentou o pai.
— Dengo, você tá lindona de vermelho. — Ouvi ele falando pra ela fazendo poses.
— Ela é tão você. Queria eu ter a autoestima da Maya. — Falei rindo.
— Maya, olha o presente que comprei pra você. — Joana chamou atenção dela e eu vi a Maya receber o embrulho, agradecer e sentar no sofá pra abrir.
Se tratava de um brinquedo educativo, eu amava da isso de presente a Maya, mesmo ela não gostando, mas esse que a Joana comprou parecia bem mais infantil do que precisava. O brinquedo tinha as vogais, era pra Maya encaixar nas letras que correspondia.
— Ah, legal. — Maya falou sem nenhuma empolgação, jogando o brinquedo pro lado dela que estava no sofá.
— Já que você vai dormir aqui, mais tarde ou amanhã pela manhã nós brincamos. — Ela falou com a Maya e eu observava.
— Eu não quero vê letras tia, tô de férias.
Ela falou debochando, eu controlei o riso, porém o Gabriel gargalhou.
— Mas é sempre bom ficar se exercitando. — Joana falou olhando pra Maya que revirou os olhos.
— Maya...
Eu repreendi ela, Joana saiu e pareceu está bem chateada.
— Maya, não gostei do que você fez. — Falei firme com ela que estava bicuda. — Tira esse bico da boca mocinha, foi feio, presente a gente agradece, as pessoas dão pra te fazer feliz.
— Não gostei, não pedi e não me fez feliz. — Ela pontuou tudo e eu estava espantada com a forma dela falar.
— MAYA! — Falei seria e abaixando na frente dela. — Não responde mais assim, entendeu?
Eu falava com ela que tinha os braços cruzados e meio que revirava os olhos.
— Eu tô falando pra você não fazer. — Falei firme mais uma fez e ela me encarou, sabendo que eu estava falando muito sério.
— Dengo? — Ela falou chorosa olhando pro Gabriel.
— Não, não tira ela dai Gabriel, ela vai ficar aqui sentada pensando no que ela fez.
— Vem Bia, comer… — Linda apareceu do meu lado. — O que houve?
A Maya chorava baixinho, e lutava contra esse choro, ela odiava chorar na frente da gente quando a gente brigava com ela. A tromba era imensa, os olhos vermelhinhos brilhavam devido a estarem cheios de lágrimas.
— Me respondeu. — Falei olhando a Linda.
— Hm, tá com uma língua bem afiadinha mesmo, me dá casa resposta… mas eu sei a quem ela puxou. — Linda falou encarando o Gabriel que estava puticimo por eu está repreendendo a Maya.
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CHEGA O FINAL DA FANFIC, MAS NAO CHEGA 21h45. chega logo pelo amor de Deuuuuuuuuuuus
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Labirinto | GB10
Fanficporque ela realmente sabe que por mais que pareça que você esteja se divertindo, ou se encontrando por aí, ela sabe que você está mais perdido que qualquer outra pessoa ao seu redor. • todos os direitos reservados. • história original • não autoriz...