quinquagésimo quinto capítulo

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GABRIEL
Colocaram alguma tipo de entorpecente da bebida dessa mulher, não é possível.

Bianca já estava no palco, fazendo o que? Fodendo meu psicológico.

Dividia o palco a amiga, Ludmila. Tocava um breja funk e ela não economizava seus passinhos do TikTok que se eu tentasse um me embolava todo.

É RUIM NO AMOR, MAS É BOA NA CAMA. — Ela cantou quando a Ludmila colocou o microfone pra ela.

— E é Bia? — Lud perguntou.

Não dá corda Ludmila, não dá …

— É o que dizem né? — Ela falou gargalhando.

Filha da puta. Você é ruim aonde Bianca? Quer me foder?

— Tô vendo quase uma fumacinha saindo da sua cabeça, Gabi. Respira fundo, não que você tenha algo haver com isso... mas deixa a Bianca curtir de boa. — Camila estava do meu lado e eu olhei pra a loira e depois a morena no palco.

Bianca estava rebolando, estava de costas pra onde eu estava, a saia dela que tinha uma fenda enorme na perna direita, já estava mais torta, por conta do vento e do tanto que essa filha da puta, desgraçada ficava mexendo o quadril e a bunda.

— Não vou atrapalhar nada. — respondi depois de retornar meu raciocínio e a Camila riu baixinho e me chamou de sonso. — Ih, qual foi, Camila? Vou chamar o Daniel!

— Calma. — ela tava gargalhando da minha cara e eu bufei, estressado.

Mas o errado da história era eu mesmo, sempre foi assim. Não ia ser agora que iria mudar, até que eu tô me esforçando ainda pra fazer as coisas de um jeito certo.

— Ga, podemos ir já? — Joana chegou na minha frente, passando os braços na minha cintura e eu baixei o olhar pra ela.

— Já quer ir?

— São quase quatro da manhã, tô cansada.

Tinha nem uma hora direito que havíamos chegado ali. Puta merda. Ela estava tentando me convencer mas meu olhar mudou de rota e pegou na Bianca que estava aos beijos com um cara e eu quis estourar o copo quando vi que era o Yuri Alberto.

Olha que filha da puta, mais um que eu vou ter que arrebentar dentro de campo.

Eu vou te levar e voltar pra ficar aqui com os caras. Não tô afim de dormir agora. — olhei a Joana e ela estava bocejando.

— Tudo bem, amor. — concordou e eu até iria questionar mas deixei de lado.

Ela já tinha comentando antes que viu a Bianca ficando com algumas pessoas e até mesmo me disse um pouco da conversa que rolou entre as duas, mais cedo no hotel. Pelo o que eu tinha entendido, ela não estava achando que a Bianca fosse uma ameaça a essa altura do jogo.

Fiz o caminho até o hotel em tempo recorde, subi com a Joana até o quarto que ela estava, já que no outro eu reservei para dormir sozinho com a Maya, caso ela quisesse ficar comigo.

— Você vai demorar lá, Gabi? — ela estava se despindo no banheiro e eu apareci na porta, tomando água de uma garrafinha que peguei do frigobar.

— Não sei Jô, os caras estavam falando de uma resenha agora de manhã... talvez eu vá também.

Ela só assentiu.

Esse era o bom, ela não ficava no meu pé por nada. Eu pudia curtir numa boa e pra ela sempre tava tudo tranquilo, tudo certo.

BIANCA
Acho que a minha sina era essa: Jogadores de futebol.

E esses caras eram excepcionais não só em campo com as pernas, como costumavam ser muito bons no beijo e na pegada.

Mas... sempre tem um mas.

O melhor deles sabemos bem quem é.

— BIANCA! — escutei o berro da Dhiovanna e eu já tinha saído do laço daquele jogador. — Meu Deus, você tá impossível porra!

— Foi só uns beijinhos, Dhiovanna! Nada demais. — dei de ombros e peguei o copo dela, virando o gin de uma vez só. — Eu acho que estou um pouco bêbada.

— Ah, você acha? — ela erguia as sobrancelhas e eu assenti dando risada. — Faz um quatro.

— Ó. — fiz quatro dedos de pé que ela gargalhou.

— Com a perna, sua louca.

Tentei, seis vezes e nenhuma deu certo e na última eu caí sentada no chão, gargalhando.

Dhiovanna começou a falar que era melhor irmos embora, mas eu fugi dela quando ouvi o Novinho me chamando e me mostrou algumas bananinhas.

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