quinquagésimo sexto capítulo

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Dhio
Já eram quase seis da manhã quando eu consegui convencer os dois bêbados a vimos embora. Acabei conseguindo pedir um Uber ali e não sei que milagre tinha ocorrido para aquilo, fomos para o hotel onde eu estava hospedada e eu subi com os dois para o meu quarto, que estavam fazendo a maior algazarra.

Onde eu fui me meter, senhor?

— Onde fica o quarto dele? Quero ir lá! — Bianca me perguntava pela milésima vez e eu neguei, empurrando ela pra deitar na cama. — Aí merda!

— Vai dormir porra!

— Tem que dar um banho nela, xerox do gabigol. — Theo me cutucou e eu arfei, de cansaço. Porra, eu também tava bêbada.

— Vamos Bia, me ajuda.

— Eu quero o teu irmão, me deixa em paz.

— Vamos amiga, por favor! — tentei a puxar mas ela estava agarrada no travesseiro e já estava começando a chorar.

— Amiga, você é a cara do seu irmão e ok, mas não é de uma xerox dele que eu preciso! — ela tentou explicar e estava gritando.

Gabriel simplesmente invadiu o quarto.

— Você não fechou? — Theo perguntou rindo.

— Eu amo aquele desgracado, ele acabou minha vida, ele agora tá lá, deitado, comendo aquela mulher sem sal.

— Meu Deus. — Falei rindo enquanto o Gabriel estava perto da cama e a Bianca não fazia ideia.

Theo estava em uma crise de riso, eu tentava fazer a Bianca parar de falar as merdas que ela estava falando.

— Para de chorar, Bianca. — Gabriel falou e na mesma hora a Bia parou.

— Theo, tô com medo de virar… — Ela falou sem olhar pra trás, onde o Gabriel estava.

— Ele tá aí viado, e ouviu tudo. — Theo ria.

— Meu Deus, que caos. — Falei encostando o rosto na mão e assistindo aquela cena.

— Vem cá Bianca. — Gabriel chamou por ela, ele tava sério, bem grosso. — Trabalho do caralho você está dando, pelo amor de Deus.

— Eu não vou com você. — Ela virou encarando ele, a fala saiu toda embolada, mas ainda sim a gente conseguiu entender.

— Vai sim, eu sei o que você quer, eu também quero. — Ele falou agora rindo.

Theo só fazia rir, o que aconteceu com essa bicha? Reage viado!

— Gabriel a Joana… — Eu falei encarando ele que estava perto da Bianca.

— Tá dormindo. — Ele respondeu balançando o ombro.

— Gabriel tá errado… — Eu falei insistindo em não deixar ele fazer merda.

— Eu sou errado Dhiovanna. Não vai dá merda e se der, eu seguro a onda. — ele falou comigo e se aproximou mais da cama. — Bora Bi, lá no quarto eu te dou um banho.

— Bianca, você vai? — Eu falei vendo a Bia levantar e ir rindo.

— Foda-se, na minha hora todo mundo deixou eu ser corna. E teu irmão bem mesmo que aproveitou.

— Mas a Joana... Olha, vai pro caralho vocês tudo. Não vou me meter nisso!

Empurrei os dois pra fora do quarto e fui tentar ajudar o Theo, esse viado vai matar a Bianca amanhã e eu quero bem mesmo está junto pra vê.

GABRIEL
Eu vi eles entrando no elevador quando cheguei no hotel, esperei outro elevador e fui direto para o andar onde a Dhio estava. Só queria ver se tava tudo bem, só que ainda foi melhor do que eu esperava.

Bianca parou no meio do corredor e se inclinou para tirar as sandálias, me entregou e foi andando segurando na saia, para não pisar no pano.

— Onde vamos?

— Para o meu quarto, vem pra cá. — a segurei quando ela tentou andar mais, o elevador abriu e entramos, apertei para subirmos três andar e ela se virou de frente pra mim. — Que foi, amor? 

— Você não vale nada mesmo né e o pior que eu ainda gosto desse caralho de situação.

— Já tá com ressaca moral? Achei que tava lidando com a sua outra personalidade.

— E tá, porque a Bianca não estaria aqui.

— Ah não, é? — passei minha mão no seu rosto tirando os fios de cabelo que estavam caindo pra frente e ela passou os braços no meu quadril, me juntando mais ainda nela. Selei sua boca e a Bia me olhou por trás daqueles cílios. — Eu tenho minhas dúvidas.

— Você é insuportável, me poupe, Gabriel. — ela resmungou e eu gargalhei, cheirei seu pescoço e fiz a barba passar no seu ombro. — Mas é tão gostoso que alguns defeitos dão pra deixar passar.

— Sou mesmo e você tava lá soltinha, não é filha da puta? — subi minha mão nas suas costas e a outra eu segurei no maxilar, fazendo ela parar o rosto na direção do meu.

— Não me pega assim e nem me xinga, sabe que eu fico com tesão e não aceito essas coisas como ofensa. — ela respondeu sonsa pra caralho, molhou a própria boca e eu avancei, beijando ela com força, fazendo a Bianca ir pra trás e encostar nas portas do elevador.

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