— Mas que porra é essa? — eu rosnei tomando de volta o celular na mão. Sentia todos os meus músculos começando a tremerem a ponto de que fosse perceptível pra quem estava de fora e foi isso que aconteceu.
— O que houve? — Meu pai se aproximou preocupado e eu estava respirando forte, dei o celular na mão dele e coloquei a cabeça entre as mãos, esfregando tudo como se fosse tirar toda minha tensão num raspar de unhas bruto o suficiente para fazer meu couro arder. — Meu filho...
Ele esticou o celular de volta pra mim e eu só peguei o celular e taquei longe, vendo ele se destroçar todo em vários pedaços.
Minha mãe já estava ali na sala, tinha descido há pouco pra chamar meu pai e e olhava a cena sem entender nada, ouvi meu pai murmurando algo com ela. Explicando o que acontecia e ela levou a mão na boca, por susto e me olhou com os olhos brilhando em desgosto, pena e decepção.
— Caralho, ela não tinha o direito de fazer isso comigo. Não tinha! — esfreguei meu rosto de novo e minha mãe agora de braços cruzados, me encarava.
— Não tinha?
Tomei um ar de volta para dentro de mim, tentando regular o descompasso da minha respiração, levantei catando minhas coisas e a chave do carro e de casa. Saindo dali sem parar pra ouvir mais nenhum sermão.
minutos mais tarde. — 2h40 da manhã
ROSA.
Estava já recolhida no meu quartinho, já que hoje acabei muito tarde de ajeitar toda a casa e era perigoso voltar. Estava deitada, lendo um livro enquanto esperava o sono vir e comecei a ouvir alguns barulhos. De primeiro momento achei que era só impressão minha, por está tão entretida no livro, mas depois o barulho aumentou e eu fiquei um pouco assustada.Levantei da cama, liguei a luz do quarto e sai com o celular já discando para dona Lindalva, para que avisar de um possível roubo e pedir que alguém viesse para cá.
— Alô?
— Desculpa te acordar, mas acho que estão assaltando a casa. — falei baixinho entrando na lavanderia e pegando o esfregão de ferro do limpa fácil, pelo menos alguma coisa eu teria pra me defender se precisasse.
— Que? Como assim Rosa?
— Tem alguma coisa acontecendo na sala... uma barulheira. — continuei sussurrando e me assustei quando vi um jarro voando na direção do corredor e se estilhaçando.
— Filha da puta! — ouvi um grito rouco do Gabriel e engoli a seco. Não estava entendendo nada. Outro vidro voou, em uma das paredes. — Fodida, não podia fazer isso comigo!
— Misericórdia! Gabriel tá quebrando tudo! — exclamei para mãe dele que perguntava o que tava acontecendo e informava que já chamaria a policia. — Não precisa, senhora. É o seu Gabriel quebrando tudo.
Eu andei mais pra frente e dei um suspiro triste quando vi vários dos portas retratos quebrados pelo chão, fotos do casamento, do namorinho dos dois, deles em família. Estava tudo quebrado, jarros de flores e até um quadro lindo, enorme que tinha de uma das fotos dos dois de noivos, estava todo rasgado e dependurado, a pouco pra tombar da parede.
— Meu Deus... O que aconteceu aqui, Gabriel?
Ele se virou rápido, se assustando por poucos segundos. Os olhos vermelhos, o rosto molhado e jogou outro porta retrato contra a parede.
— A sua menina, foi ela. Isso aqui é culpa dela, Rosa.
— Meu filho, se acalma. Você não vai resolver as coisas agindo desse jeito.
BIANCA.
Aquela transa com o Bil, ou melhor Acrebiano se resumiu ali, até trocamos contatos, mas nada mais que isso até o momento.— Você quer que eu vá até lá com você ? — Theo me perguntou e eu neguei.
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Labirinto | GB10
Hayran Kurguporque ela realmente sabe que por mais que pareça que você esteja se divertindo, ou se encontrando por aí, ela sabe que você está mais perdido que qualquer outra pessoa ao seu redor. • todos os direitos reservados. • história original • não autoriz...