AINDA NA FESTA. 3H00
Estava zonza e bêbada, me taquei no sofá que tinha ali no canto da minha sala, fechei os olhos, os apertando com força como se pudesse desembaçar minha vista assim. Estava quase cochilando quando a porta da minha sala foi batida e a chave se balançou. Pulei de susto e encontrei o Gabriel encostado nela.
— O que você pensa que tá fazendo aqui?
— me sentei no sofá e ajeitei meu vestido que tinha se embolado nas coxas e quase aparecia minha calcinha, me ergui dali e parei encostada na minha mesa.— Vim pegar um ar.
— Dentro de uma sala fechada? Volta pra festa, Gabriel... eu só vim trocar de salto e esperar um pouco do álcool passar pra ir embora. — eu gesticulei e ele se virou de volta para a porta, mas não saiu. A trancou e se virou rindo, sacudindo a chave. — Abre essa merda, agora!
— Vem aqui pegar!
— Gabriel, abre essa porta, não tô brincando. — eu apontei e ele continuou rindo, eu fui pra perto tentando tomar a chave, mas eu já estava descalça, mais baixa que ele e ele erguia o braço e ficava mexendo de um lado a outro para dificultar mais ainda.
— Você é tão baixa, Bianca.
— Gabriel, para! Abre isso, eu vou ir embora.
— Não vai. Você tá linda porra, me deixa só aproveitar você. Só um beijo.
— Eu não quero! Quero que você abra a porta, por favor. — eu pulei e quase tomei a chave ele, ele se desviou de mim e correu para perto da mesa.
— Vai ter que pegar! — era simples: só teria que enfiar a mão na calça dele, pois era lá que ele havia guardado a chave.
— Gabriel...— eu choraminguei quase batendo o pé no chão, de birra e ele deu um sorrisinho sonso. — Por favor!
— Tô parado, vem cá, pega! — me desafiou e botou as mãos no próprio quadril.
Eu mordi meu próprio lábio, passei a mão por meu cabelo ajeitando os fios como dava e suspirei.
— Bora Bê, quero ir embora também.
— Você é um karma na minha vida, de verdade.
Ele deu uma risada baixa e eu tomei coragem de ir mais perto, ele continuava com as mãos sobre os próprios quadris, mas foi só eu me juntar mais perto para que ele começasse a fazer graça com a minha cara. Ele inclinou o corpo, inalou o perfume que chegava por toda a parte superior do meu corpo, senti a boca raspando no meu ombro desnudo e prendi minha respiração por dois segundos.
— Muito cheirosa... sempre, sempre muito cheirosa. — falou baixo, sereno e eu precisei respirar fundo quando ele tirou um dos braços de seu corpo para passar em volta do meu quadril, me mantendo ali, sempre pressionar nele. — Você quer a chave? — A outra mão estava no meu queixo, erguendo meu rosto e deslizou para o meu cabelo, jogando para trás do ombro e fazendo um carinho no meu rosto.— Quer?
— Eu... — Ô inferno, como que eu fujo daqui, será que iria doer muito dar uma joelhada nele? — Me devolve a minha chave.
— Eu vou devolver, você só precisa esperar um pouquinho. — e estava ali, com o rosto quase grudando no meu, a boca perto da minha mandíbula, a mão também presa nesse mesmo ponto. — Só vou pegar uma coisa que eu também quero.
— Pa...ra.
Fechei os olhos quando senti ele beijar a minha mandíbula, a boca subiu, raspou na minha e a mão que estava lá no meu quadril me apertou. Me corpo inteiro reagiu na mesma hora se arrepiando. Qual é, ninguém é de ferro.
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Labirinto | GB10
Fiksi Penggemarporque ela realmente sabe que por mais que pareça que você esteja se divertindo, ou se encontrando por aí, ela sabe que você está mais perdido que qualquer outra pessoa ao seu redor. • todos os direitos reservados. • história original • não autoriz...