décimo quinto capítulo

3.4K 196 29
                                    

AINDA NA FESTA. 3H00

Estava zonza e bêbada, me taquei no sofá que tinha ali no canto da minha sala, fechei os olhos, os apertando com força como se pudesse desembaçar minha vista assim. Estava quase cochilando quando a porta da minha sala foi batida e a chave se balançou. Pulei de susto e encontrei o Gabriel encostado nela.

— O que você pensa que tá fazendo aqui?
— me sentei no sofá e ajeitei meu vestido que tinha se embolado nas coxas e quase aparecia minha calcinha, me ergui dali e parei encostada na minha mesa.

— Vim pegar um ar.

— Dentro de uma sala fechada? Volta pra festa, Gabriel... eu só vim trocar de salto e esperar um pouco do álcool passar pra ir embora. — eu gesticulei e ele se virou de volta para a porta, mas não saiu. A trancou e se virou rindo, sacudindo a chave. — Abre essa merda, agora!

— Vem aqui pegar!

— Gabriel, abre essa porta, não tô brincando. — eu apontei e ele continuou rindo, eu fui pra perto tentando tomar a chave, mas eu já estava descalça, mais baixa que ele e ele erguia o braço e ficava mexendo de um lado a outro para dificultar mais ainda.

— Você é tão baixa, Bianca.

— Gabriel, para! Abre isso, eu vou ir embora.

— Não vai. Você tá linda porra, me deixa só aproveitar você. Só um beijo.

— Eu não quero! Quero que você abra a porta, por favor. — eu pulei e quase tomei a chave ele, ele se desviou de mim e correu para perto da mesa.

— Vai ter que pegar! — era simples: só teria que enfiar a mão na calça dele, pois era lá que ele havia guardado a chave.

— Gabriel...— eu choraminguei quase batendo o pé no chão, de birra e ele deu um sorrisinho sonso. — Por favor!

— Tô parado, vem cá, pega! — me desafiou e botou as mãos no próprio quadril.

Eu mordi meu próprio lábio, passei a mão por meu cabelo ajeitando os fios como dava e suspirei.

— Bora Bê, quero ir embora também.

— Você é um karma na minha vida, de verdade.

Ele deu uma risada baixa e eu tomei coragem de ir mais perto, ele continuava com as mãos sobre os próprios quadris, mas foi só eu me juntar mais perto para que ele começasse a fazer graça com a minha cara. Ele inclinou o corpo, inalou o perfume que chegava por toda a parte superior do meu corpo, senti a boca raspando no meu ombro desnudo e prendi minha respiração por dois segundos.

— Muito cheirosa... sempre, sempre muito cheirosa. — falou baixo, sereno e eu precisei respirar fundo quando ele tirou um dos braços de seu corpo para passar em volta do meu quadril, me mantendo ali, sempre pressionar nele. — Você quer a chave? — A outra mão estava no meu queixo, erguendo meu rosto e deslizou para o meu cabelo, jogando para trás do ombro e fazendo um carinho no meu rosto.— Quer?

— Eu... — Ô inferno, como que eu fujo daqui, será que iria doer muito dar uma joelhada nele? — Me devolve a minha chave.

— Eu vou devolver, você só precisa esperar um pouquinho. — e estava ali, com o rosto quase grudando no meu, a boca perto da minha mandíbula, a mão também presa nesse mesmo ponto. — Só vou pegar uma coisa que eu também quero.

— Pa...ra.

Fechei os olhos quando senti ele beijar a minha mandíbula, a boca subiu, raspou na minha e a mão que estava lá no meu quadril me apertou. Me corpo inteiro reagiu na mesma hora se arrepiando. Qual é, ninguém é de ferro.

Labirinto | GB10Onde histórias criam vida. Descubra agora