- Desculpa! - Falei nervoso.- Eu hein. - Ele fechou a cara e subiu o morro acelerando feito um louco.
Eu to de pijama, correndo no meio da rua, pelo menos não tem ninguém, preciso ficar em algum lugar, mais não vou pra casa da Jojo, ela já faz de mais por mim.
Lembrei da chave da boca e lembrei que não fica ninguém lá, bom, pelo menos eu acho que não fica ninguém.
Corri de volta pra casa e entrei pela janela do meu quarto, peguei a chave sem fazer barulho e depois sai correndo novamente.
Subi o morro já exausto e abri a porta da boca, respirei aliviado por ter chegado salvo aqui e fui entrando no escuro mesmo, senti algo gélido sobre a minha nuca e meu corpo se arrepiou por completo.
- Tá fazendo o quê aqui? - Ouvi e me arrepiei pelo tom da voz.
Ele acendeu a luz e eu me surpreendi.
- Tá fazendo o que aqui? - Perguntei também.
Ele me encarou surpreso pela pergunta
- Eu perguntei primeiro, isso aqui é meu. - Falou e eu fiz careta.
Ele me olhou de cima abaixo reparando no meu pijama e parou o olhar em meus lábios, Abusado.
(Que pijama bosta ksks, Sorry foi o único que achei)
Estralei os dedos fazendo ele voltar a me olhar.
- Meu rosto é aqui. - Falei e ele riu.
- Tanto faz, ta fazendo o quê aqui com essa roupa? - Falou.
- Meu pai... - Tentei explicar, suspirei. - Ele chegou drogado e quis me bater, Sorriso me deu uma das chaves daqui e eu achei que pudesse ficar só pra não ter que ir até a casa da Joalin. - Respondi.
- Porque tu ainda não pipocou a cara do teu pai? - Falou revirando os olhos e se encostando na mesa da entrada da boca.
- Porque ele é meu pai?! - Disse como se fosse óbvio.
- Idai? - Falou me encarando.
- Se você não tem sentimentos não julgue quem tem. - Falei e ele me encarou sério.
Ele se levantou da mesa e foi se aproximando, a medida que ele vinha eu ia chegando pra trás, bati as costas na parede nessa brincadeira.
Ele olhou em meus olhos me fazendo prestar atenção em cada detalhe do seu rosto, o que tem de grosso tem de gostoso, pelo amor de Deus.
- Eu tenho sentimentos. - Falou olhando nos meus olhos.
Encarei seus lábios e depois voltei a olhar seu rosto.
- Não devia sair a noite... - Falou me olhando. - Sozinho... - Mordeu os lábios e me olhou dos pés a cabeça. - Com essa roupa. - Cheirou meu pescoço colocando as mãos em volta do meu corpo.
Suspirei enquanto ele beijava meu pescoço me deixando totalmente sem chão.
Logo vi a merda que eu tava fazendo.
- Não. - Empurrei seu peito fazendo ele se afastar.
- Qual foi fio? - Olhou pra mim.
- Você tem uma mulher. - Disse.
- Eu terminei. - Respondeu vindo novamente até mim.
- Tá atrás de brinquedinho então vai atrás de outro, ta me achando com cara de boneco inflável? - Perguntei olhando pra ele que riu.
- Você com certeza é mais gostoso que um boneco inflável. - Ele disse me prendendo na parede novamente.
- Desencana. - Falei e ele sorriu.
- Ninguém nunca nega fogo pra mim. - Falou apertando a minha cintura e me olhando nos olhos.
- Tudo tem uma primeira vez nė. - Falei me afastando e sentando no sofá, ele sorriu meio de lado.
- Tu vai dormir ai? - Perguntou me olhando.
- Não volto pra casa hoje, meu pai ta drogado demais. - Falei meio decepcionado por ter que falar aquilo do meu próprio pai.
- Bora lá pra casa, minha cama é mais confortável que esse sofá. - Sorriu safado e fiz careta.
- Não força. - Falei e ele riu.
- To falando sério pow, tira onda comigo não, to sendo legal e você ai, fazendo esse cu doce. - Ficou sério.
- Quem me garante que você não vai me prender no seu quarto e me fazer de escravo sexual? - Falei e ele riu malicioso.
- Não me dá idéia. - Falou e eu encarei ele dando um sorrisinho mesmo que sem querer.
Caboo
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Chief's suit - Nosh (concluída)
FanfictionSinopse Noah Urrea é um garoto comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai um bêbado e drogado Desde pequeno ele aprendeu a se cuidar sozinho, Nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar. "Eu posso controlar a minha vida, eu es...